Uma força para o coração

Desde janeiro o Instituto do Coração (Incor) dispõe de um novo equipamento auxiliar na luta conta as doenças cardíacas. Trata-se do primeiro dispositivos de assistência ventricular (DAV), ou ventrículo artificial, totalmente criado e desenvolvido na Divisão de Bioengenharia daquele instituto, em São Paulo. Seu uso oferece maiores chances de sobrevida aos doentes. Tanto para os que esperam por um doador, quanto para aqueles que, após uma cirurgia, necessitem de auxílio para o coração voltar a bater normalmente.

O dispositivo substitui os ventrículos – câmaras na parte inferior do coração, responsáveis pelo bombeamento do sangue venoso, pobre em oxigênio, para os pulmões, e do sangue arterial para o restante do organismo. “Ele funciona como um agregado até que o músculo se recupere ou um transplante possa ser realizado”, explica o engenheiro e cardiologista Adolfo Leirner, chefe da equipe que desenvolveu o DAV. Com aproximadamente 8 centímetros de diâmetro e 100 gramas de peso, o aparelho é formado por uma carcaça de epóxi revestida de poliuretano. Uma membrana flexível interna bombeia o sangue. Na verdade, são dois ventrículos que podem ser usados juntos ou separados: isso vai depender da lesão, se do lado direito ou esquerdo, ou de ambos.

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