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Zuckerberg e Stephen Hawking vão mandar milhares de robôs para Alpha Centauri

Laser vai impulsionar sondas até o sistema a quase 200 milhões de km/h

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 13 abr 2016, 14h45

O novo projeto do fundador do Facebook não tem nada a ver com a internet. Mark Zuckerberg quer mandar robôs para a primeira missão interestelar já realizada.

O físico e cosmólogo Stephen Hawking também faz parte da diretoria do projeto, que é chefiado por Yuri Milner, bilionário russo fundador da DST Global, empresa de investimentos que ajudou a financiar alguns dos maiores sucessos da internet, como o Airbnb, o Spotify, o Twitter e o próprio Facebook. Antes de ser um dos empresários mais conhecidos da Rússia, porém, Milner se formou em Física – e talvez isso tenha inspirado sua nova empreitada.

O projeto recebeu o nome de Breakthrough: Starshot e quer mandar sondas para Alpha Centauri, o sistema estelar mais próximo da Terra – e quer fazer isso de um jeito nunca visto antes.

Alpha Centauri fica a 4,3 anos luz daqui. Atualmente, uma sonda como a Voyager, que atravessa o sistema solar, viaja a 1,4 milhões de quilômetros por hora, o que já é muita coisa. Mas para chegar em Alpha Centauri, levaria pelo menos 70 mil anos. Não rola.

É por isso que o trio quer mudar o jeito como as viagens no espaço são feitas até agora. Ao invés de investir em uma sonda superelaborada, eles querem enviar milhares de robôs minúsculos e relativamente baratos para o espaço. Com isso, eles querem garantir que pelo menos um deles chegue lá.

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A ideia é que essas minisondas sejam lançadas ao espaço num foguete e depois aceleradas por um laser emitido aqui da Terra. A Nasa estuda, desde o fim do ano passado, usar lasers de alta potência para aumentar a velocidade das espaçonaves e diminuir o tempo de viagem. O percurso até Marte, por exemplo, que hoje leva seis meses, poderia ser feito em 30 minutos.

Para conseguir levar as sondas até Alpha Centauri, o Starshot precisa construir um laser de pelo menos 100GW. Para chegar a essa potência, seria preciso arranjar lasers ao longo de um quilômetro e meio. Eles teriam que disparar exatamente ao mesmo tempo, convergindo em um único raio que seria mirado em cada uma dos robôs.

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Cada sonda vai ser equipada com um microcomputador, uma câmera e uma bateria radioativa. O peso total de cada uma não deve passar de 1 grama – para ter uma ideia, é mais ou menos quanto pesa um iPhone se você tirar o display e toda a estrutura externa. Além disso, os cientistas precisam encontrar um material que não absorva a energia do laser (ou então o robô seria destruído em segundos). Se tudo isso der certo, com a leveza da sonda e a potência do laser, os robôs devem chegar a 20% da velocidade da luz, a quase 200 milhões de quilômetros por hora.

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Mesmo assim, ainda vai demorar para chegar. Em primeiro lugar, os diretores acham que vão levar 20 anos para poder fazer o primeiro lançamento. Depois disso, uma vez que os robôs já estejam em órbita, o laser precisa dar a propulsão para cada um deles (e ainda não existe tecnologia para mirar com precisão a uma distância tão grande). Cada sonda ainda viajaria por mais 20 anos até chegar a Alpha Centauri. Os dados, fotos e vídeos mandados de lá também só devem chegar aqui depois de quatro anos.

Daqui a 44 anos, é possível que nem mesmo os criadores do projeto estejam aqui para vê-lo ficar pronto. Mas o trio confia no potencial do projeto. “Acredito que o que faz os humanos únicos é a vontade de transcender nossos limites”, falou Stephen Hawking. No momento, Zuckerberg, Hawking e Milner buscam experts que possam colaborar com os desafios da construção do laser e empresas que queiram financiar o Starshot, que já tem um custo estimado de 10 bilhões de dólares.

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