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As letras mais sem sentido da música brasileira

Por Camila Almeida
Atualizado em 31 out 2016, 19h04 - Publicado em 23 set 2015, 21h45

É o manifesto surrealista da canção aleatória, traduzido em versos concretos porém surreais de um nonsense não-arbitrário, escolhido com ilógico e óbvio propósito de aludir a nada. De Tom Zé a Zé Ramalho, de Marisa Monte a Jorge Mautner, só não podia faltar homenagem a Djavan, o mestre maior da disruptura de todos os sentidos.

Alguns trechos para saborear a grandiosidade da insensatez:
 

Chão de Giz – Zé Ramalho

“Agora, pego um caminhão / Na lona, vou a nocaute outra vez / Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar. / Meus vinte anos de boy: That’s over, baby! / Freud explica”. Nem Freud, nem os sheiks árabes.

Guzzy Muzzy – Jorge Mautner

“Será que você tomou / Cachaça com chuchu / Não consegue responder / Guzzy guzzy muzzy, hey you”. Ficou difícil.

Relicário – Nando Reis

“É uma índia com colar / A tarde linda que não quer se pôr / Dançam as ilhas sobre o mar / Sua cartilha tem o A de que cor?” Boa pergunta.

Força Estranha – Caetano Veloso

“A vida é amiga da arte / É a parte que o sol me ensinou / O sol que atravessa essa estrada que nunca passou / Por isso uma força me leva a cantar / Por isso essa força estranha / Por isso é que eu canto, não posso parar / Por isso essa voz tamanha”. Por quê mesmo? Alguém?

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Na Estrada – Marisa Monte

“Sala, sem ela, tem janela / Inclino, em cerca de atenção / Ela vem, e ninguém / Mas ela vem em minha direção”. E a sala, com ela, não tem janela? Cadê o botão para pedir ajuda aos arquitetos?

Swing de Campo Grande – Novos Baianos

“Aqueles que têm uma seta e quatro letras de amor / Por isso onde quer que eu ande / Em qualquer pedaço, eu faço / Um Campo Grande”. Se a carne é de carnaval e o coração é igual, tá tudo bem!

Mas esse papo já tá qualquer coisa. Aceitamos interpretações, elocubrações e insinuações nos comentários. Ouça nossa seleção no Spotify:

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