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Gatinhos filhotes reconhecem a voz da própria mãe

Desde a segunda semana de vida, os gatinhos aprendem uma espécie de "idioma" especial entre a mamãe e a ninhada.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 nov 2016, 15h08 - Publicado em 4 nov 2016, 14h54

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Gatos já nascem bilíngues: fluentes em miau e maternalês. Um novo estudo descobriu que, desde muito cedo, com apenas 2 semanas, os filhotes são capazes de reconhecer com muita precisão a voz de suas mães.

Os cientistas usaram gravações de três mamães gato diferentes. Os pesquisadores conseguiram demonstrar que, quando escutam sua mãe se aproximando, o gatinhos ficam mais alertas por bem mais tempo e tendem a se aproximar dos alto-falantes, na expectativa de a mãe aparecer. Também ficam mais barulhentos: filhotes de gato geralmente se mantém quietinhos enquanto estão sozinhos, e só ficam falantes quando a matriarca está por perto.

Esse processo de reconhecimento é bem mais complexo do que parece. É como se as mães tivessem que desenvolver um idioma que só é compreendido entre elas e os filhotes, e depois precisasse ensiná-los a entender que é ela quem está falando.
Para começar, os pesquisadores observaram que, perto dos seus filhotes, as mães não miam normalmente. Quando estão com a ninhada, elas só ronronam ou emitem um gorjeio engraçado, parecido com o dos pássaros.

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Esse gorjeio é como se fosse uma marca registrada. O miado de duas gatas tende a ser relativamente parecido. Já a análise acústica do gorjeio, chamado de “chirp” em inglês, mostrou que ele é exclusivo de cada mãe.

A teoria dos pesquisadores é de que as mães ensinam seus filhotes a associar esses sons com calor, leite e carinho – ou seja, uma sensação completa de segurança. Tanto que, no teste com as gravações, os gatinhos não ficavam tão animados com o miado da mãe. O importante para eles, mesmo, era o gorjeio maternal.

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Esse idioma mamãe-bebê provavelmente nasceu de uma necessidade evolutiva. Para um mamífero, conseguir reconhecer a mãe é importante por dois motivos: se o filhote tentar mamar na gata errada, no mínimo, vai tomar um safanão. Em segundo lugar, os gatos precisam ficar quietinhos para evitar o ataque de predadores – e por isso, saber identificar a mãe como um sinal de segurança é essencial.

A conclusão dos pesquisadores é que, por pressão evolutiva, as gatas desenvolveram esse gorjeio especificamente para a comunicação com os filhotes. Quando eles ficam mais velhos, continuam entendendo o som como um comunicado para seguir a mãe para fora do ninho. Para os cientistas, essa capacidade de aprender uma linguagem tão cedo na vida é sinal de que as habilidades cognitivas dos gatos são ainda mais impressionantes do que imaginávamos.

Gatinho abraçado pela mamãe

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