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Mulheres cientistas recebem metade do dinheiro dos homens para fazer pesquisas

Não é falta de talento ou de inteligência que faz com que as melhores descobertas científicas sejam feitas por homens - é machismo.

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 8 mar 2024, 11h18 - Publicado em 2 out 2015, 17h45

Mulheres representam menos de 25% da força de trabalho nas áreas das ciências, matemática, engenharia e tecnologia. E muita gente justifica esse desequilíbrio dizendo que isso acontece porque elas possuem outras prioridades, como cuidar da casa e dos filhos, ou porque elas não têm aptidão nesses ramos, certo? Errado. Elas têm as mesmas habilidades e vontades, o que falta são oportunidades.

Um novo estudo mostra que mulheres cientistas recebem menos da metade do investimento que seus colegas homens da mesma profissão. Ao longo dos primeiros anos de suas carreiras, eles ganharam em média R$ 3.500.000 para dar o pontapé inicial em seus projetos. Já elas, ficam com menos de R$ 1.400.000. Concorrência desleal, né? Assim, fica difícil para as jovens cientistas alcançarem o mesmo potencial que os homens (e mesmo assim, elas conseguem).

Detalhe: o estudo focou na cidade de Boston, nos Estados Unidos, que possui grandes centros de pesquisa científicas, como a Escola de Medicina de Harvard, o Hospital da Criança de Boston, entre outros. Se essa disparidade é tão grande em um país que ocupa a 20ª posição no ranking de igualdade de gêneros, no Brasil, que fica na 71ª posição, é de se imaginar que a situação tenda a ser bem pior.

Se você ainda não está convencido que as mulheres cientistas realmente sofrem com a desigualdade de gêneros – afinal, elas podem ter recebido menos dinheiro porque não eram tão boas quanto os homens -, aqui vai a prova definitiva. Um outro estudo, realizado em 2012, entregou exatamente o mesmo projeto nas mãos de 127 cientistas. A intenção, supostamente, era achar um jovem pesquisador para ser gerente de laboraório. Metade dos cientistas recebeu o projeto com o nome de um homem e a outra metade com o nome de uma mulher.

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Resultado: os projetos com os nomes femininos receberam notas muito menores que os com nomes masculinos (lembrando que eles eram idênticos). A oferta de salário também variou. Eles receberam propostas que ficavam na média dos R$120.000, comparado aos R$105.000 oferecidos a elas. Não foi coincidência.

A cerveja e o wi-fi foram invenções femininas. Quantas outras coisas será que estamos perdendo por culpa da desigualdade entre homens e mulheres?

Leia mais: 5 situações que mostram o machismo no mundo da ciência

 
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