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Nossa fixação por fotografar comida tem efeito colateral perigoso

Pesquisa aponta relação entre a "geração Instagram" e o aumento do desperdício de alimento

Por Vanessa Barbosa, de Exame.com
Atualizado em 13 fev 2017, 16h03 - Publicado em 13 fev 2017, 16h02

Você é daquelas pessoas que adoram tirar foto de comida e postar nas redes sociais? Se sim, já reparou na quantidade de alimento que você costuma jogar fora no dia a dia? Surpreendentemente, nossa fixação por fotografar guloseimas tem um efeito colateral preocupante: o aumento do desperdício.

Claro que você pode ser exceção, mas razões não faltam para ficar alerta. Segundo uma nova pesquisa feita pelo supermercado britânico Sainsbury com clientes da rede, há um grande gap no comportamento das gerações atual e passadas em relação aos hábitos de cozinhar e consumir alimentos.

Se nossos avós costumavam comprar apenas o essencial e fazer o máximo possível com o que tinham, minimizando assim o desperdício, nós, os jovens e adultos de hoje, seríamos mais propensos a comprar o que não precisamos apenas para testar mais pratos “gourmets” e, eventualmente, postá-los nas redes sociais.

Na pesquisa, quase 70% das pessoas com mais de 65 anos disseram nunca desperdiçar comida, comparado com apenas 17% dos que têm entre 18 e 35 anos.

O resultado das modernas aventuras gastronômicas seria o aumento do desperdício. E há uma explicação para isso: “86% dos entrevistados admitiram comprar ingredientes para uma receita específica, mesmo sabendo que iriam ter dificuldade para usá-los em outro lugar,” diz o relatório da Sainsbury.

Pessoas com menos de 35 anos seriam as mais propensas a adotar esse comportamento, que o relatório atribui à chamada “geração Instagram”.

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Claro que o estudo não apenas culpa as redes sociais, ele cita ainda outros três motivos, bem mais tradicionais, para geração de resíduo alimentar, como a “falta de consciência”, a “falta de planejamento sobre o que comprar” e a falta de orientação suficiente sobre como reduzir o desperdício em casa.

“Foram-se os dias de comer a mesma comida, nos mesmos dias da semana, por várias semanas. A maioria das pessoas hoje, particularmente as gerações mais jovens, exigem variedade. No entanto, com um menu que muda frequentemente, é mais difícil controlar o desperdício e planejar com antecedência”, diz a historiadora e pesquisadora do tema Polly Russell em entrevista ao The Guardian.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Exame.com

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