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Os 5 casos mais perturbadores de torturas praticadas pelos EUA

A CIA diz que fez tudo que fez pela segurança da nação, e que não se arrepende de nada.

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 16 mar 2017, 01h18 - Publicado em 22 out 2015, 20h15

Em seu livro mais recente, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, defendeu a tortura. Cheney foi vice de George W. Bush entre 2000 a 2009, período de maior força da Guerra ao Terror, a empreitada norte-americana contra o terrorismo após o 11 de setembro. Segundo ele, a tortura faz parte da missão dos Estados Unidos, que é garantir a liberdade. No fim de 2014, o Comitê de Inteligência do Senado do país liberou um relatório, que contava com detalhes omitidos pela CIA sobre como eram torturados os suspeitos de terrorismo. Mostramos para você algumas das piores histórias.

Leia mais: Bem-vindo ao inferno, o relato de um prisioneiro em Guantánamo

1. Cortes no pênis e Eminem

Binyam Mohamed foi preso no Paquistão, em 2002, pelas autoridades norte-americanas, acusado de lutar ao lado do Talebã. O etíope, que morava na Inglaterra, foi torturado por 18 meses. Relatou que o seu pênis era frequentemente cortado com uma lâmina de barbear, mas que o pior tipo de tortura era o musical: ele ficou preso em um cubículo completamente escuro, ouvindo a música “The Real Slim Shady“, do Eminem, por 20 dias seguidos. Sem pausa. “Ouvi isso sem parar, por dias e mais dias (…). Muitos enlouqueceram. Eu podia ouvir as pessoas batendo suas cabeças contra as paredes e as portas”, contou.

2. O maior tubo que possuíamos

Entre muitas acusações, Abd al-Rahim al-Nashiri foi apontado como líder do atentado ao USS Cole, que bombardeou um navio da Marinha dos Estados Unidos, em 2000. Ele foi submetido à prática do waterboarding, ou afogamento simulado, em que a pessoa imobilizada é sufocada com um pano e muita água. Além disso, teve comida introduzida no ânus, com “o maior tubo que nós possuíamos“, segundo o relatório do Senado. Os agentes envolveram também a mãe de al-Nashiri na história: diziam que ela seria estuprada na frente dele.

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3. Um olho e 83 afogamentos

Acusado de ser um membro da Al-Qaeda, Abu Zubaydah foi “afogado” com o waterboarding por mais de 83 vezes. Ficou tão exausto que quando o oficial estalava o dedo duas vezes, ele automaticamente se deitava para receber o castigo. Também ficou confinado em uma caixa, com vários insetos. O mais aterrorizante é que Zubaydah tinha dois olhos quando foi capturado. Agora, só possui um. O que aconteceu com o outro, ninguém sabe.

4. Morto de frio

O nome do afegão Gul Rahman foi mantido em segredo pelas autoridades norte-americanas por mais de sete anos. Sua mulher e filhos não receberam notícias sobre seu paradeiro. Ele morreu em 2002, em uma prisão secreta da CIA, no Afeganistão. Foi encontrado inconsciente e nu no chão de concreto. O detalhe: naquela noite, a temperatura beirava os 0 ºC. O relatório do senado diz que ele ficou preso “(…)em uma posição que obrigava o detendo a ficar no chão de concreto”. Antes disso, ele já havia ficado 48 horas sem poder dormir, isolado em quarto completamente escuro.

5. Nozes, homus, macarrão e purê

Preso em Guantánamo, o paquistanês Majid Khan foi torturado com gelo em sua genitália e com a alimentação retal, que foi detalhadamente descrita nos relatórios: nozes, homus, macarrão e purê. Foram feito dois vídeos em que Khan aparecia nu, o que o levou a tentar cortar os pulsos, mastigar o próprio braço e cortar a sua pele com uma escova de dentes.

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