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Por que você não deveria acreditar em alma gêmea

"Diferentes maneiras de pensar sobre um relacionamento amoroso levam a diferentes maneiras de avaliá-lo", dizem pesquisadores

Por Ana Prado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
12 jun 2017, 17h17

Quando se trata de amor, seu time é o daqueles que acreditam haver um parceiro ideal em algum lugar esperando por você? Ou prefere ver um relacionamento como algo a ser construído? A resposta a essa pergunta pode dizer muito sobre a sua vida amorosa.

Em um estudo de 2014, os psicólogos sociais Spike W. S. Lee, da Universidade de Toronto, e Norbert Schwarz, da Universidade do Sul da Califórnia, investigaram como as pessoas veem o amor. E descobriram que, apesar de haver um número aparentemente ilimitado de opiniões, a maioria delas se encaixa em um destas duas visões: ou o amor remete a uma unidade perfeita (o que se revela em frases como “fomos feitos um para o outro”, “você é minha outra metade”) ou é visto como uma jornada (“veja quão longe chegamos”, “passamos por todas essas coisas juntos”).

Essas duas visões envolvem uma diferença fundamental na hora de enxergar os efeitos dos conflitos sobre a relação. Quem acredita no amor com algo que estava predestinado a acontecer vê os conflitos como algo ruim e se sente menos satisfeito na relação quando eles aparecem; quem valoriza a jornada enxerga os conflitos como algo que tem o potencial de fazer a relação se fortalecer.  

Os experimentos

Os autores fizeram uma série de testes com casais que estavam em um relacionamento de longo prazo. No primeiro deles, os voluntários tiveram de completar um questionário sobre sua visão do amor e de relacionamentos. Depois, foi pedido a alguns deles que se lembrassem de conflitos que tiveram com seu parceiro romântico, enquanto outro grupo teve de se lembrar de momentos bons. No final, ambos os grupos tiveram de dizer seu nível de satisfação com o relacionamento.

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Como era de se esperar, lembrar-se de momentos bons deixou todo mundo mais satisfeito. Mas pensar nos perrengues teve efeitos diferentes: aqueles que acreditavam na ideia de predestinação se mostraram mais insatisfeitos com a relação; por outro lado, aqueles que valorizavam a trajetória não foram afetados por essas lembranças. 

“Nossas descobertas corroboram pesquisas anteriores que mostram que as pessoas que pensam implicitamente nas relações como a perfeita união entre as almas gêmeas têm piores relacionamentos do que pessoas que pensam nas relações como uma jornada que envolve crescer e resolver as coisas juntos”, disse o Prof. Lee ao Medical Xpress. “Aparentemente, diferentes maneiras de falar e pensar sobre o relacionamento amoroso levam a diferentes maneiras de avaliá-lo”. 

Moral da história: se você quer um relacionamento amoroso duradouro e bacana, trabalhe por ele e não fique simplesmente esperando a magia acontecer.

O estudo foi publicado no Journal of Experimental Social Psychology.

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