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Sabe com quem está falando? Posição social muda nosso tom de voz

Essa, quem tem um chefe carrasco já sabia há muito tempo

Por Guilherme Eler
Atualizado em 30 jun 2017, 15h24 - Publicado em 30 jun 2017, 14h03

Se você é daqueles que costumam falar fino na presença de seu chefe, saiba que você é nada menos que… um subordinado dele. Segundo resultados de um estudo produzido na Universidade de Stirling, na Escócia, as pessoas tendem a adotar uma voz mais aguda quando precisam falar com alguém de uma posição social superior.

Esse comportamento pode ter uma série de motivos. Usamos um tom diferente quando queremos flertar com alguém, para passar mais seriedade, por exemplo – sem falar no famoso tatibitati, a prática universal de mudar a voz para se comunicar com cachorros e crianças.

A fim de verificar se isso se repetia também quando a classe social de quem ouve entra em jogo, os pesquisadores colocaram 48 cobaias em um experimento que simulava uma entrevista de emprego. A princípio, eles tinham de responder perguntas características de qualquer dinâmica de RH – desde falar sobre si próprios até responder questões como “como você falaria para seu chefe sobre um problema com outro funcionário?”.

Quando estavam frente a frente com seu potencial contratante, tanto homens quanto mulheres acabaram fazendo uma voz diferente – mais fina que a normal. Isso foi observado principalmente em situações que os participantes falavam com alguém de classe social aparentemente maior. Para detectar isso, contavam com um pequeno resumo fictício preparado pelos pesquisadores, que introduzia as cobaias à pessoa para qual iriam pedir uma vaga.

“Uma voz masculina grave soa dominante, especialmente em homens, enquanto uma voz mais aguda tem o efeito oposto. Então quando a pessoa percebe que o entrevistador é mais dominador que ela, muda o tom. Isso pode ser um sinal de submissão, para mostrar a quem ouve que você não é uma ameaça, e evitar possíveis conflitos”, explica Viktoria Mileva, uma das responsáveis pelo estudo. Ser dominante, para o estudo, envolve saber usar táticas como manipulação, coerção e intimidação para se posicionar frente aos outros.

Quanto mais dominante cada participante se sentia, menos tinha de se importar com a dominância dos outros – falando da forma como acha mais adequado. Esse comportamento ficou evidente quando os voluntários eram mais seguros de si que os entrevistadores. Eles tinham menos chance de mudar o tom quando falavam em um tom mais baixo com pessoas de status social mais alto. Para os pesquisadores, isso pode ser sinal de que eles estavam mais calmos e sentiam mais que estavam no controle da situação.

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