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Usar demais o Facebook afeta a sua percepção do tempo

Você também tem a impressão de que o tempo se arrasta longe das redes sociais?

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 jan 2018, 13h22

Você já deve ter percebido o tempo “voar” enquanto você vê post após post nas redes sociais. Mas não é disso que vamos falar aqui – na verdade, é o contrário.

Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia começou a estudar o uso excessivo do Facebook, para tentar entender se esse tipo de comportamento pode ser enquadrado como “vício”. Um dos fenômenos associados a padrões viciosos é a percepção alterada do tempo.

Essa alteração pode ser de dois tipos: o primeiro é o exemplo acima, de sentir o tempo passar mais rápido. Quem joga videogame em excesso, por exemplo, costuma estimar que a partida durou muito menos do que aconteceu de fato.

Mas o segundo tipo de alteração é o oposto: pessoas que fumam cigarro, por exemplo, costumam achar que o tempo entre um cigarro e outro (ou seja, o tempo que passaram sem fumar) foi mais longo do que a realidade. Ou seja, o tempo durante a abstinência passou mais devagar.

Foi nesse segundo caso que se enquadraram os universitários que participaram da pesquisa. 274 deles responderam um questionário online que durava, em média, 29 minutos para terminar (e não permitia que o participante mudasse da tela). Em parte do teste, eles eram avaliados de acordo com a “Escala Bergen de Vício no Facebook”, que media o uso compulsivo da rede social.

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No fim do estudo, os estudantes precisavam estimar quanto tempo passaram respondendo às perguntas. E veja só: os alunos que apareciam como “usuários compulsivos” segundo a escala tinham uma tendência maior a superestimar a duração do teste.

O autor da pesquisa acredita que dois fatores influenciaram os resultados: por um lado, o tempo longe do Facebook (a causa do “vício”) pode parecer passar mais devagar para eles, igualzinho ao caso dos fumantes. Mas ele também considera que o contexto do questionário pode ter desempenhado um papel nessa história. “Eles foram privado do uso [do Facebook], mas também foram forçados a refletir sobre suas estratégias de autocontrole tipicamente malsucedidas em controlar seu uso das redes sociais”, explica Ofir Turel ao site PsyPost.

Esse costuma ser a grande discórdia quando se trata de classificar as redes sociais como causas de “vício”: é difícil para caramba separar os efeitos dos muitos fatores que influenciam o comportamento do usuário.

Nesse caso, por exemplo, não dá para cravar que apenas a abstinência do uso do Facebook levou à distorção na percepção de tempo, como acontece na dependência de nicotina. Pode muito bem ser a velha história de que o tempo voa quando a gente se diverte, e se arrasta quando estamos fazendo algo chato. Ou você ia gostar de passar 29 minutos respondendo um teste que só te joga na cara o quanto seu autocontrole é uma piada?

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