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Entre aliens e gorilas

Conheça a carreira de Sigourney Weaver, atriz muito prestigiada na década de 1980, mas que quase sumiu do mapa nos anos seguintes

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 11 mar 2011, 22h00

Texto: Luiz Felipe do Vale Tavares

Avatar não merece todos os méritos exclusivamente por causa dos seus aspectos técnicos, pois, para os cinéfilos de plantão e os fãs de ficção científica, há mais coisas entre o céu e a terra. O filme representa também o retorno triunfal de uma grande atriz da história da sci-fi no cinema, Sigourney Weaver. Ela não somente volta ao gênero que a lançou ao estrelato como também ao merecido destaque em um papel de importância num longa com grande sucesso de público e crítica. Nada mais merecido para uma das melhores atrizes que surgiram no início dos anos 80.

Ironicamente, talvez o papel anterior de Weaver que mais lembrasse sua personagem atual (a severa cientista Dra. Grace Augustine, botânica responsável pelo Programa Avatar) fosse outro que nada tinha a ver com ficção científica. Em A Montanha dos Gorilas, de 1988, ela interpreta uma personagem da vida real, a cientista Dian Fossey, pesquisadora que viajou à África para estudar os gorilas e, depois, ajudar em sua sobrevivência contra caçadores. A dedicação de Fossey não é diferente da da Dra. Augustine com relação aos Na’vi.

Após as filmagens de A Montanha dos Gorilas, Weaver tornou-se ambientalista. Certamente foi um dos motivos determinantes para James Cameron escalá-la como intérprete da Dra. Augustine.

A atriz, em ótima forma aos seus 60 anos (e não aparenta mais do que 45, embora com uma forcinha dos retoques digitais), rapidamente ganha a simpatia do público com sua determinação de preservar a bela cultura dos Na’vi e sua extraordinária ligação com a natureza.

A volta

Há mais de 10 anos relegada a pequenos papéis, finalmente Sigourney Weaver ganha o papel a que faz jus em Avatar. A primeira grande oportunidade foi como a inesquecível heroína Tenente Ellen Ripley, em Alien: O Oitavo Passageiro, de 1979, dirigido por Ridley Scott, marco do cinema, da ficção científica e do terror.

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Na verdade, nesse primeiro filme da quadrilogia, a Tenente Ripley é quase uma coadjuvante, contracenando em igual tempo com outros 7 personagens. A diferença vem ao final, quando, como última sobrevivente do ataque do alienígena que invade a nave, toma todas as medidas para destruir a criatura. É verdade que parte do sucesso decorreu de uma das cenas finais, em que se despe sem saber da proximidade do monstro alienígena, mas a atriz comprovou que, além da beleza, também era dotada de grande talento interpretativo.

O formação completa da personagem Ellen Ripley veio à tona na continuação, Aliens: O Resgate, de 1986, dessa vez dirigida por James Cameron. Naquele filme, a melhor descrição da personagem é uma “Rambo” feminina, armada até os dentes para enfrentar a horda de alienígenas. Essa descrição, aliás, não está à altura da atriz, porque a personificação não seria marcante não fosse pela forte interpretação que, aliás, rendeu a Sigourney Weaver uma indicação ao Oscar de melhor atriz em 1987.

O reconhecimento rendeu papéis em importantes filmes dos anos 80 e 90, com destaque para Caça-Fantasmas, Uma Secretária de Futuro (indicação ao Oscar de melhor atriz), A Montanha dos Gorilas (indicação ao Oscar de melhor atriz) e 1492: A Conquista do Paraíso. Nessa época chegou a ser uma das atrizes mais bem pagas dos EUA.

Os dois filmes seguintes da série Alien não tiveram a mesma qualidade e, por consequência, o mesmo sucesso dos anteriores. No entanto, a capacidade da atriz de segurar os dois filmes com sua interpretação sempre marcante é indiscutível.

A metade final dos anos 90 não foi boa para ela, com participações em filmes de pequenos orçamentos e sem o merecido destaque. Exceções ficaram por conta do eficiente policial Copycat e a comédia Galaxy Quest.

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O início do século 21 melhorou significativamente, com papéis secundários, mas com bom destaque, em A Vila, Rebobine, por Favor, Wall-E (a voz do computador da nave) e, finalmente, Avatar.

O futuro parece agora mais promissor, com a atriz de volta ao mapa. Um dos próximos projetos é o 3º Caça-Fantasmas, com estreia talvez para 2011. O cinema só tem a ganhar.

 

 

 

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