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Como são escolhidas as datas festivas?

Tornar esse dia oficial é complicado: é preciso convencer os políticos a bolar uma lei específica para cada dia festejado.

Por Lidia Neves
Atualizado em 26 out 2020, 08h41 - Publicado em 31 dez 2005, 22h00

Homenagear uma pessoa ou uma categoria profissional, lembrar um dia histórico, aumentar os lucros ou até mesmo tirar sarro de alguém: todos os motivos são válidos na hora de criar um dia festivo. E qualquer pessoa pode inventar o seu.

Já tornar esse dia oficial é mais complicado: é preciso convencer os políticos a bolar uma lei específica para cada dia festejado. O caminho mais comum é que um vereador ou deputado faça um projeto de lei, que deve ser aprovado pelo Poder Legislativo e depois sancionado pelo Poder Executivo. Datas comemorativas também podem ser criadas por imposição dos governantes. Foi de uma canetada de dom Pedro 2º, por exemplo, que nasceu o Dia do Quilo (“comemorado” no dia 25 de junho, lembra a adoção nacional do sistema métrico decimal francês, que usa as unidades de medida quilo, metro e litro). Os decretos de presidentes, governadores ou prefeitos valem para o espaço que cada um governa.

Já os dias internacionais costumam ser aprovados na Assembleia Geral da ONU pelos países membros ou por organizações reconhecidas, como a Organização Mundial da Saúde.

Conheça a história por trás de algumas datas do nosso calendário

Dia da Mentira, 1º de abril
Onde se comemora: Informalmente, em todo o mundo.
Qual a origem: A data surgiu na França, em 1564, quando o rei Carlos 9º determinou que o Ano-Novo fosse festejado em 1º de janeiro (até então, a passagem de ano acontecia em 1º de abril, junto com o começo da primavera no hemisfério norte). Quem não soube da decisão ou não gostou da mudança continuou comemorando em abril. Para ridicularizar esses conservadores, alguns engraçadinhos mandavam-lhes presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. A brincadeira chegou à Inglaterra 200 anos depois e, de lá, se espalhou para o mundo.

Dia do Orgasmo, 9 de maio
Onde se comemora: Na cidade de Esperantina, interior do Piauí.
Qual a origem: A ideia original foi de uma rede de sex shops britânica. Em 1999, os ingleses instituíram o dia 31 de julho para discutir satisfação sexual – o slogan da campanha era “atinja, não finja”. O ex-vereador Arimatéia Dantas (PT) gostou da ideia e, em 2001, propôs tornar o dia oficial. Em 2005, a data virou lei e o prefeito decidiu marcar a comemoração para 9 de maio, um dia depois da sanção. Nessa data, o município promove palestras sobre satisfação sexual, que atraem turistas e recebem cobertura da imprensa internacional.

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Dia dos Namorados, 12 de junho
Onde se comemora: Informalmente, em todo o Brasil.
Qual a origem: No Brasil, a data nasceu por intenções comerciais. Como junho era um mês de vendas baixas, o publicitário João Doria, pai do prefeito paulistano, sugeriu aos donos da loja Exposição Clipper, seus clientes, que bolassem a tal comemoração para a véspera do dia de santo Antônio, o santo casamenteiro. Isso foi em 1949. Logo todos os comerciantes seguiram a ideia. Nos EUA e na maioria dos países europeus, a data é comemorada em 14 de fevereiro, dia de são Valentim, santo condenado à morte por celebrar casamentos proibidos.

Dia da Pizza, 10 de julho
Onde se comemora: É oficial no estado de São Paulo, mas é comemorado informalmente em várias partes do mundo.
Qual a origem: O dia é celebrado na Itália desde 1889, quando o rei Umberto 1º e a rainha Margherita provaram o prato pela primeira vez. A receita escolhida foi batizada com o nome da rainha e tem as cores da bandeira do país: vermelho (tomate), branco (mussarela) e verde (manjericão). Em 1985, o governo estadual de São Paulo aproveitou a data e promoveu um concurso para eleger as 10 melhores receitas de mussarela e margherita. Depois disso, o dia entrou oficialmente para o nosso calendário.

Para saber mais
A Origem de Datas e Festas
Marcelo Duarte, Panda Books, 2005

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