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Conversamos com Anthony Russo, codiretor dos próximos Capitão América e Vingadores

No Brasil pela CCXP, Russo fala sobre o universo do Homem-Aranha, crossover com Netflix e Hulk Vermelho

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 Maio 2017, 12h00 - Publicado em 5 dez 2015, 15h15

Há cinco anos, os nomes de Anthony e Joe Russo – os irmãos Russo – eram irrelevantes para o mundo nerd. Os diretores eram atrelados a comédias hollywoodianas sem expressão. Bom, isso é passado. Em 2013, eles foram convidados pela Marvel e comandaram Capitão América 2: O Soldado Invernal. Deu certo. O sucesso de crítica e público fez com que eles recebessem outros convites: agora serão responsáveis por Capitão América: Guerra Civil, e os próximos dois filmes dos Vingadores, Vingadores: Guerra Infinita.

Anthony veio a São Paulo para divulgar o novo Capitão América na Comic Con Experience (CCXP), e bateu um papo com a SUPER.

SUPER: O filme será inspirado no arco de histórias em quadrinhos “Guerra Civil”, que é uma das tramas mais amadas pelos fãs, principalmente os que nasceram nos anos 1990. Como honrar isso?

Anthony Russo: Nós amamos as histórias, as ideias, as imagens da HQ. Elas foram grandes inspirações para que a gente pudesse interpretar a trama para o filme. O filme não será exatamente como os quadrinhos, mas será a versão cinematográfica daquilo. O Universo Marvel nos cinemas é diferente do Universo Marvel dos gibis. Isso porque há grandes diferenças entre quadrinhos e filmes. Você tem que fazer algumas mudanças para a história fazer sentido no cinema, mas existe uma essência que permanece ali. Você vê que algo muito similar, que acontece de maneira similar entre os Vingadores, que acaba culminando em uma intervenção governamental para regulamentar a equipe. Tem o momento icônico em que os personagens se confrontam – visualmente, ficará parecido com a HQ. Há muitas coisas similares.

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SUPER: E é o começo do novo Homem-Aranha, certo?

A.R.: Sim!

SUPER: Há muitos rumores, estão falando sobre dois, três uniformes no filme. O que você pode falar sobre isso?

A.R.: Bom, pesquisamos muito e fazemos muitos experimentos em relação a todos os personagens. Fizemos o mesmo com o Homem-Aranha. Sabíamos que tinha que ser alguém jovem, isso era muito importante, porque queríamos dar essa essência ao personagem, é algo único no Universo Marvel. Tom Holland é um Aranha incrível, as pessoas vão amá-lo. Foi um processo muito experimental, colocando-o com outros atores, principalmente com o Downey Jr., fomos aprendendo enquanto fazíamos e estamos muito felizes com o resultado. Mas ainda estamos trabalhando em algumas coisas, como o uniforme. Ele não está pronto porque muita coisa será produzida com efeitos especiais.

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SUPER: Mas o filme vai mostrar o uniforme vermelho e dourado, que ficou famoso nos quadrinhos de Guerra Civil?

A.R.: O filme vai mostrar uma mistura do que todo mundo está esperando e uma pequena reviravolta. Então é, isso que eu posso falar.

SUPER: O Universo Marvel nos quadrinhos ainda é muito maior do que nos filmes. Na HQ existem muitos super-heróis se confrontando. Como fazer um filme sem tantos personagens, enquanto evita dar uma sensação de vazio, quando se faz a comparação?

A.R.: Quando você é um leitor, tem muito mais tempo com a história do que quando vai assistir um filme. Parte da diversão é ler por semanas a fio. No filme, você tem duas horas. Eu acho que o filme está muito divertido. Já existem muitos personagens nos longas da Marvel, eu não acho que ninguém vai ficar querendo mais. O grande desafio, na verdade, é o oposto. “Como não deixar o filme lotado?”. Para resolvermos isso focamos bastante na perspectiva do Capitão América. Tem muita coisa acontecendo, então, para simplificar as coisas, sempre trazemos de volta o Capitão e fazemos ele seguir com a história.

SUPER: Quando saiu o elenco, e o nome de Willian Hurt, interpretando o General Ross, estava presente, muito se especulou sobre a presença do Hulk Vermelho no filme. Foi uma ideia? Ela ainda pode ser usada em outros longas?

A.R.: Isso entra naquela questão de como diferenciar os quadrinhos dos filmes. A gente tentou resgatar o que foi feito nos filmes e seguir adiante. Gostamos da ideia que esse personagem já tinha aparecido nos filmes e parecia a oportunidade perfeita de voltar. Então, a escolha teve mais a ver com a relação do personagem no cinema do que nos quadrinhos. Para esse filme.

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SUPER: Depois teremos Vingadores: Guerra Infinita

A.R.: Teremos!

SUPER: O Joss Whedon, diretor dos dois Vingadores, deu algum conselho para você e seu irmão?

A.R.: A gente conversou com ele, temos boas relações com o Joss. Ele não deu nenhum conselho específico, mas a gente realmente ama o trabalho dele e temos uma conexão criativa.

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SUPER: O Universo Marvel nos cinemas hoje já é muito maior do que quando surgiu o primeiro Vingadores. Tem muito mais heróis, e ainda existem novos núcleos como as séries de TV e as da Netflix. Como organizar isso? Há chances de vermos Jessica Jones lutando contra Thanos (o vilão do filme), em Guerra Infinita?

A.R.: É complicado. Quando a gente começa a serializar a maneira de contar histórias é difícil. Você tem que ter muito controle e foco sobre os rumos da história. Os filmes são controlados por um grupo comandado por Kevin Feige, então eles funcionam como uma unidade. Os outros produtos, mesmo que sejam da Marvel, são controlados por outras pessoas. Então há a possibilidade de um crossover, mas é mais complicado. É uma versão menor do problema que existe quando se pensa que a Fox tem os direitos sobre determinados personagens, e a Sony de outros. Como contadores de histórias, nos só temos controle sobre o que acontece nos filmes da Marvel, mas tudo é possível, o Aranha (que tem os direito detidos pela Sony) foi possível!

SUPER: Muito obrigado pelo papo!

A.R.: Foi um prazer!

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Capitão América: Guerra Civil chega aos cinemas em 6 de maio de 2016. Veja o teaser trailer:

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