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Estupidez está na moda

Cientistas tentam explicar por queaté gente inteligente comete tolices

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 28 fev 2006, 22h00

Leandro Steiw

Por que as Pessoas Espertas Podem Ser Tão Tolas?, de Robert J. Sternberg (organizador), José Olympio, 364 páginas, R$ 49

O psicólogo norte-americano Robert J. Sternberg, um sujeito fissurado em inteligência e criatividade humanas, é o organizador do livro Por que as Pessoas Espertas Podem Ser Tão Tolas?, lançado em 2003 nos Estados Unidos e finalmente traduzido no Brasil. Sternberg reuniu um time de cientistas que, com base em pesquisas da psicologia, tentam explicar a natureza da estupidez. São histórias de gente que destruiu a própria reputação por se considerar inteligente demais. Por e-mail, o reitor da Escola de Artes e Ciências da Universidade Tufts, em Massachusetts, contou para EMOÇÃO E INTELIGÊNCIA como podemos ser mais estúpidos do que pensamos.

Pessoas espertas agem como tolas intencionalmente?

Algumas vezes. O esperto pode agir como tolo para deixar outras pessoas confortáveis, para não parecer um nerd, um intelectual almofadinha. Mas, geralmente, as pessoas espertas se comportam assim porque são tolas. Ser esperto não protege você de ser tolo. Na verdade, isso pode aumentar as chances de fazer tolices. Por quê? Porque, algumas vezes, alguém esperto é tão recompensado pela esperteza que não consegue desenvolver outros tipos de habilidades – como o senso comum. Então, os espertos acreditam às vezes que podem atravessar a vida com o seu Q.I. Se tiverem sorte, vão descobrir que estão errados. Caso contrário, nunca descobrirão.

Como podemos evitar sermos tolos?

Os tolos, incluindo pessoas que são espertas, mas tolas, tendem a cometer cinco falácias: otimismo irreal (acham que tudo que fizerem acabará bem), egocentrismo (os espertos começam a prestar atenção somente em si mesmos), onisciência (pensam que sabem tudo), onipotência (começam a achar que são poderosos) e invulnerabilidade (acham que podem se livrar de tudo o que fazem). Os estúpidos cometem essas falácias também. Mas é provável que sejam pegos mais rapidamente.

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Como podemos saber quando uma pessoa esperta está dizendo algo estúpido?

Pergunte a si mesmo se o que está sendo dito realmente faz sentido. Algumas vezes ouvimos coisas idiotas na mídia, ou alguém nos diz algo estúpido, e aceitamos em vez de avaliar criticamente.

Em tempos de reality shows na TV, o público não está preferindo a estupidez em vez da inteligência?

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Pensar ativamente e criticamente é um trabalho duro. Pensar passivamente e aceitar qualquer coisa dita é fácil. As pessoas freqüentemente tomam o caminho mais fácil. Infelizmente, isso causa sérios problemas, como as pessoas aceitarem o que ouvem na TV sem avaliar criticamente.

Por que alguns estúpidos são recompensados e outros não?

Gente em posições de poder freqüentemente se livra das coisas estúpidas por mais tempo, especialmente no governo, porque controla o governo e a mídia. E os governados são estúpidos o suficiente para deixá-los impunes, em vez de protestarem. Eu vejo muito disso no mundo de hoje. Temos alguns políticos fazendo coisas ultrajantes, que as pessoas em seus países poderiam impedir, mas não impedem.

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O PSICÓLOGO americano Robert J. Sternberg: “SER ESPERTO NÃO PROTEGE VOCÊ DE SER TOLO”

Depressão de inverno

Winter Blues, de Norman E. Rosenthal, The Guilford Press, 372 páginas, US$ 35 (em inglês)

O psiquiatra americano Norman Rosenthal foi o primeiro cientista a descrever o distúrbio afetivo sazonal (conhecido também como SAD, sua sigla em inglês), um tipo de depressão que costuma atingir as pessoas nas mudanças de estação, deixando-as tristes e sem pique. Pesquisas indicam que o mal pode estar relacionado à falta de exposição à luz solar, já que o distúrbio se manifesta geralmente durante o período de dias mais curtos, no inverno – embora possa ocorrer também em outras épocas. Em Winter Blues, que ganhou uma nova edição revista e é considerada a principal obra sobre o tema, Rosenthal explica como diagnosticar a depressão, discute as formas de tratamento e apresenta os recentes avanços da ciência para entender esse distúrbio ainda pouco conhecido. O título do livro é o nome que se dá a um tipo mais leve de SAD. Entre seus sintomas estão a dificuldade de se levantar de manhã à medida que os dias se tornam mais curtos, uma crescente sensação de letargia e uma diminuição da capacidade de concentração.

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Como mudar de idéia

Mentes que Mudam, de Howard GardnerArtmed, 232 páginas, R$ 43

O psicólogo americano Howard Gardner, professor da Universidade de Harvard, ganhou fama mundial por defender a teoria de que o homem possui inteligências múltiplas. Neste livro, Gardner retoma alguns conceitos de suas obras anteriores para mostrar como podemos mudar as idéias – as nossas e as dos outros. O autor examina os fatores envolvidos na mudança de pensamento em várias questões fundamentais, como política, negócios, artes e ciências. Para ilustrar suas teses, Gardner analisa o comportamento de várias personalidades, de Margaret Thatcher a Nelson Mandela.

Rápido no gatilho

Blink – A Decisão num Piscar de Olhos, de Malcolm Gladwell, Rocco, 254 páginas, R$ 33,50

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O jornalista americano, autor do best-seller O Ponto de Desequilíbrio (Rocco, 2002), defende a importância das decisões tomadas em menos de dois segundos. É o que ele chama de “o poder de pensar sem pensar”, uma qualidade que a cada dia se torna mais valorizada no competitivo mercado de trabalho. Gladwell conta histórias em que os problemas foram resolvidos pela parte do cérebro humano conhecida como inconsciente adaptável, capaz de realizar raciocínios imediatos. Embora não seja uma obra de auto-ajuda, Blink fez sucesso entre os homens de negócios nos Estados Unidos.

Para aprender a estudar

101 Atitudes para o Estudo Inteligente, de Eliel Unglaub, Educação & Cia. 140 páginas, R$ 19,90

Que tal um manual para melhorar o seu rendimento nos estudos? Todas as informações sobre hábitos dos universitários, coletadas durante o doutorado do autor na Faculdade de Educação da Unicamp, resultaram em 101 dicas de aprendizado eficaz. Com linguagem acessível, Unglaub ensina desde técnicas de estudo, como divisão de tarefas e organização de horários, até a preparação do ambiente. Inclui técnicas de motivação, capazes de melhorar o desempenho de jovens dos ensinos médio, pré-vestibular e superior.

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