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Geólogo “descobre” Pangeia do continente de Game of Thrones

Professor de Stanford reconstruiu todo o passado geológico de Westeros e conseguiu traçar um histórico preciso. Conheça em detalhes algumas de suas teorias.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 23 out 2020, 19h19 - Publicado em 18 abr 2019, 19h24

Às vezes, os episódios de domingo não são suficientes para saciar a curiosidade dos fãs por informações sobre o universo de Game of Thrones. Já conhecemos bastante da história dos personagens através da série e livros, mas e se déssemos um passo atrás? Foi o que fez Miles Traer, pesquisador da Universidade de Stanford e, obviamente, fã de GOT.

Ele decidiu usar seu conhecimento geológico para criar hipóteses sobre como teria sido a formação geológica de cada região. Com a ajuda do professor Mike Osbourne, ele fez uma descrição de cada um dos grandes acontecimentos geológicos, resumidos em um mapa muito bem explicado.

Tentaremos explicar alguns desses acontecimentos e características do território. Para que essas ideias sejam possíveis, assumimos que as leis da física sejam as mesmas do nosso universo. Visto que o planeta de Game of Thrones não possui um nome oficial, o pesquisador batizou-o de planeta Hodor. Em sua homenagem, usaremos a mesma nomenclatura para facilitar as explicações.

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O tamanho do planeta

Essa é uma questão essencial para inicial a compreensão de todos os territórios. Afinal, o quão grande é o planeta Hodor? Os livros não especificam esse detalhe e existem muitas outras áreas que os habitantes de Westeros e, portanto, nós — desconhecem. Os personagens se referem aos continentes mencionados como O Mundo Conhecido, pois possuem consciência de que ainda há muito para descobrir.

Fazendo uma analogia com o planeta Terra, é como se eles fossem os europeus que ainda não descobriram a América. Para eles, os territórios como África e Ásia já eram conhecidos, mas ainda muito misteriosos. E além do grande oceano, era tudo muito nebuloso – no nosso caso, o Atlântico. No caso deles, o Mar do Pôr do Sol.

O mesmo acontece em Westeros. Diversas lendas são contadas sobre o extremo leste de Essos, que é retratado como um local místico e secreto. Existe até mesmo um outro possível continente localizado ao sul de Essos. Sothoros, como é chamado, já foi descrito como “uma terra sem fim”, pois ninguém nunca foi capaz de chegar ao seu extremo sul (mesmo montando em dragões).

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Para ter uma estimativa do tamanho do planeta Hodor, o pesquisador começou com uma constatação básica: ele é grande o suficiente para ter um inverno extremamente rigoroso ao norte, mas também desertos quentes ao sul.

Acontece que esse sul conhecido não representa o extremo sul do planeta. O mais provável é que ele se localize próximo à latitude de 30° ao norte, devido à movimentação atmosférica dessa região. É nessa latitude que os desertos da Terra se encontram.

Para que a muralha não descongele, ela deve estar localizada aproximadamente na latitude de 66, 5° ao norte. Estudos anteriores mostraram que a distância entre o sul conhecido (os desertos de Dorne) e a muralha é de 4830 quilômetros.

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Com essas informações e fazendo alguns cálculos, Miles descobriu que o raio do planeta Hodor mede 6915 quilômetros. É apenas um pouco maior que a Terra, cujo raio mede 6371 quilômetros.

Mundo de gelo

(Miles Traer/Reprodução)

O título “As Crônicas de Gelo e Fogo” nos diz muito sobre o enredo dos livros — mas também pode estar relacionada à história geológica de Westeros. O cientista propõe que todo o norte do continente tenha sido coberto por uma espessa camada de gelo 40 milhões de anos antes dos eventos que se passam nos livros.

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Essa camada de gelo teria até 1,6 quilômetros de espessura e se estenderia do norte até Porto Real. Uma espécie de era glacial do planeta Hodor.

As evidências físicas dessa “era do gelo” estão nas Montanhas da Lua, localizadas na região do Vale de Arryn. Somente uma glaciação de larga escala seria capaz de provocar uma erosão forte a ponto de planificar a região. O mesmo ocorre nas montanhas do norte, mas em menor escala.

É importante ressaltar que esse período não se refere à Longa Noite, citada diversas vezes na série e livros. A Longa Noite faz parte da história antiga de Westeros e se passa há apenas 8300 anos — bem mais recente que a era glacial suposta pelo especialista.

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A separação de Westeros e Essos

(Miles Traer/Reprodução)

Sim, o planeta Hodor também teve uma pangeia. Segundo o professor, Westeros e Essos eram unidos em um único continente, assim como ocorreu na Terra.

Seguindo a velocidade de distanciamento dos continentes no nosso planeta (2,5 cm por ano), a separação teria ocorrido há 25 milhões de anos.

A maior evidência de que esse continente existiu são as similaridades geológicas entre a costa leste de Westeros e a costa oeste de Essos. Eles possuem os mesmos tipos de vegetação e minerais. Além disso, os dois continentes parecem poder “se encaixar”, assim como a África e a América do Sul.

O pesquisador também mostra evidências de que a separação teria se iniciado no norte e “rasgado” o continente até o sul. Isso ocorreu graças ao movimento das placas tectônicas. Elas também são responsáveis pela formação de montanhas e até mesmo pela perdição de Valíria.

Se você se interessou e gostaria de passar algumas horas analisando a geologia completa de todo o planeta Hodor nos mínimos detalhes, o professor possui uma área em seu site só para falar esses temas. Está aí um bom tema para ser debatido nas aulas de geografia.

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