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As quatro pedras fundamentais da música eletrônica

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 30 set 2003, 22h00

• As origens e a evolução da música eletrônica se confundem ao longo da história com as origens e a evolução de outros gêneros musicais. As tecnologias de gravação, reprodução e produção seguiram também essa tragetória.

• O DJ, esse personagem que pesquisa, seleciona e propaga música nova, teve papel ativo em vários momentos importantes do século 20.

House

• Uma versão robótica da disco, que pegou seu esqueleto rítmico e cortou suas melodias e vocais em pedacinhos sampleados. A house tem um suingue mais suave e não se acanha de usar vocais e letras. A maioria das faixas de house tem em média 130 BPMS.

Tecno

• O sonho do espaço sideral como refúgio da desolação urbana, trilha para um futuro sinistro. Tecno se utiliza de efeitos, climas e melodias condensadas, com poucas notas. É essencialmente rítmico e fica entre 135 e 150 BPMS

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Drum·n·bass

• Rápido e todo quebrado, sua levada tem em médio 160 BPMS. O drum·n·bass é inspirado pela cultura de rua dos jamaicanos em Londres. Pela euforia coletivas das raves e pelas batidas e samples do hip hop.

Trance

• O trance é otimista e melódico. As músicas vão quase sempre subindo até um ápice eufórico. Os efeitos eletrônicos viajandões são de especial importância. O trance fica dos 140 BPMS para cima e uma de suas vertentes mais populares é o psy-trance, ou seja, trance psicodélico.

Três décadas eletrônicas

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• Na Jamaica, Lee ·Scratch· Perry, Augustus Pablo e King Tubby abusaram de efeitos de estúdio em versões instrumentais de músicas de reggae. É o nascimento do dub, que prenuncia o conceito de remix.

• James Brown sacode salões com o funk. Que deriva do soul mais é muito mais centrada na levada rítmica [o groove] do que na melodia ou na canção.

 

19.70

• Os alemães do Kraftwerk fazem sucesso com pop totalmente eletrônico, fazendo o som das máquinas do mundo moderno virar música.

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• Urbana, cosmopolita, futurista, repetitiva, centrada no produtor e no DJ. Aberta a todo tipo de influência, a Disco Music foi o ritmo que pronunciou a música eletrônica. Suas origens estavam na música negra e latina e nos clubes gays, principalmente os de Nova York.

19.75

• Sai o primeiro single de 12 polegadas, do tamanho de um álbum de vinil mas só com uma ou duas faixas de cada lado. Geralmente em versões maiores e diferentes da original, ou seja, remixes. O formato é pensado para os DJs e seus pioneiros são Tom Moul Ton e Walter Gibbons.

19.78

• A disco se torna o ritmo mais popular do mundo, impulsionada pelo sucesso do filme “Embalos de Sábado à Noite”. A reação de conservadores e a diluição comercial faz a disco desmoronar. A música de pista volta para seu gueto original.

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19.80

• Na virada dos anos 80, surge a primeira geração de equipamentos como samplers, baterias eletrônicas e sintetizadores com preços bem mais acessíveis. As baterias TR-808 e TR-909, da Roland, estão entre as favoritas

19.82

• Formas musicais pop totalmente eletrônicas ocupam as paradas, em Nova York. Há o eltrofunk de Afrika Bambaataa, inaugurando a duradoura simbiose da música eletrônica com a cultura hip hop. Na Europa, pipocando grupos de tecnopop [conhecido também como synthpop] como depeche mode e soft cell.

• O paradise garage é uma meca para dançarinos com o melhor som e a maior pista de Nova York. O público é pacífico e eclético, e a vibe, eufórica, seu DJ, Larry Levan, é o primeiro a atingir o status de lenda. Seu gosto, que mistura vários estilos, influência milhares; Madonna, New Order e DJs como Paul Oakenfold e Danny Tenaglia.

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19.83

• Com os disco esvaziado com a overdose comercial, a dance music voltou a ser underground e experimental. Em Chicago, inspirados pelos DJs Frankie Knuckles e Ron Hardy e seus sons disco e tecnopop, novos produtores criam a house music.

19.85

• Em Detroit, produtores como Kevin Saunderson, Derrick May e Juan Atkins exploram conexões entre sons eletrônicos europeus e o funk americano. Alimentados por idéias distópicas tiradas do livro “A Terceira Onda”, de Alvin Toffler. Batizam seu som de “tecno”.

19.87

• Ibiza é um balneário de ricos, famosos e baladeiros de todas as procedências. Na mega-boate Amnesia, os DJs ingleses Paul Oakenfold, Danny Rampling, Johnny Walker e Nicky Holloway se encantam com a vibe alto-astral e o som house. Temperados com uma droga pouco conhecida: o ecstasy.

19.88

• Começando nos clubes shoom [Rampling], spectrum [Oakenfold] e the trip [Holloway], inspirados por Ibiza, o fenômeno do acid house explode na capital inglesa. A nova ordem é se acabar na pista, sem pose. Vários hits chegaram às paradas, festas pipocam por todo canto e a mídia cai em cima por causa do ecstasy.

• Inspirados no vibe lendário do paradise garage, aparece o garage, um tipo de house novaiorquino que soa menos eletrônico, mais orgânico e carregado nos vocais.

19.89

• Em Manchester, cidade com rica tradição musical, floresce uma cena no clube Haçienda, misturando a nova música eletrônicas com as bandas de rock independentes. São bandas como Happy Mondays e Charlatans.

• Com a repressão na cidade piorando, a nova geração de dançarinos vai para o campo fazer festa. Nascem as raves. Inúmeras acontecem quietos recantos rurais perto do rodoanel londrino M25 [a via “orbital”]. A maioria é ilegal. E os ravers passam a brincar de gato e rato com a polícia.

19.90

• Depois que o muro caiu em Berlim. Uma nova onde de otimismo se espalhou pela cidade, especialmente entre ex-alemães orientais. Em viagens para Goa, reduto hippie na Índia, voltam mais espirituais. O som hipnótico que fazem reflete isso e ganho o nome “trance”.

19.93

• O jungle toma conta de Londres. Uma fusão cataclísmica de raggamunffin, hip-hop e eletrônico, seu som e acelerado e sombrio. Anos depois ele já tinha se desdobrado em variantes como jazzy e hardstep. Em meados dos anos 90, passaria a ser conhecido como drum·n·bass.

19.95

• O trip hop de grupos como Massive Attack e Portishead é uma mistura de blues, eletrônico e música de filme que serve para momentos longe da pista de dança.

• Artistas de peso e que não se encaixam em rótulos representam um novo período de maturidade da música eletrônica. Entre eles, estão Chemical Brothers, Underworld, Liftfield, Daft Punk, Prodigy e Orbital.

20.00

• A partir de reciclagem de garage, drum·n·bass e RGB americano. Ingleses lanças gêneros como uk garage e 2 step, o primeiro mais gangsta e o segundo com um têmpero chique.

20.01

• Inicialmente, a área de Chill-Out era só um espaço para os clubbers relaxarem na balada com música calma. Hoje, Lounge e Chill-Out corresponde a uma vasta e bem-sucedida cena autônoma, de lugares como o café Del Mar, em Ibiza, e artista como Air, The Orb e Zero 7.

• A música eletrônica é uma babel de gêneros e cruzamentos, a maioria incompreensíveis para quem é de fora. Entre eles estão o tech-house [house com tecno], progressivo [house com trance] e breakbeat [batidas de hip hop em velocidade de house].

20.02

• Inspirados pelo som e pelo glamour noturno dos anos 80, o electro [ou electroclash] do DJ Hell, Fischerspooner e Miss Kittin faz barulho com uma nova subcena. Está criado o contexto para gente como The Rapture e LCD Soundsystem, que traz o rock para a pista de dança.

 

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