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Sorria, você está no Butão

O país mais isolado do mundo rasga dinheiro em nome do bem-estar social e institui um novo elemento na economia, a Felicidade Interna Bruta

Por Raquel Cozer
Atualizado em 7 nov 2016, 15h42 - Publicado em 31 Maio 2006, 22h00

Você decide: prefere ser chefe de multinacional, com uma conta bancária que não sai dos 6 dígitos e vários carros na garagem, ou… ser feliz? Bom, perguntar isso para alguém é ingênuo. Um sujeito pode muito bem viver de sorriso estampado na cara sem nunca ter saído do cheque especial. Já se você faz uma pergunta equivalente não a uma pessoa, mas a um país, a história é outra. Do ponto de vista de uma nação – ou seja, do de quem administra uma – a idéia de que a felicidade vem antes da riqueza simplesmente não faz sentido. Quer dizer: não fazia.

Existe, sim, um lugar onde a idéia da busca pela “alegria do povo” é uma prioridade maior do que o crescimento econômico. Uma prioridade oficial, diga-se. Esse lugar é um país quase anônimo, pouco maior que o estado do Rio de Janeiro, aninhado nas montanhas do Himalaia. Bem- vindo ao reino do Butão.

Foi lá que, em 1972, um reizinho de 17 anos que acabava de assumir o trono cravou: “Ei, o Produto Interno Bruto não é mais importante que a ‘felicidade interna bruta’”. Era Sua Majestade Jigme Singye Wangchuck, que, apesar de adolescente, não estava para brincadeira e pôs seus assessores para bolar uma política inédita no mundo, uma economia de cabeça pra baixo.

Ou muito pelo contrário: “O Butão devolve ao chão os pés da lógica ponta-cabeça do desenvolvimento”, diz o economista alemão Johannes Hirata, da Universidade de Gallen, na Suíça, estudioso do papel da felicidade em políticas públicas. De trocadilho hippie, “felicidade interna bruta” virou um parâmetro de verdade, com direito a sigla (FIB) e tudo. “A filosofia da FIB é a convicção de que o objetivo da vida não pode ser limitado a produção e consumo seguidos de mais produção e mais consumo, de que as necessidades humanas são mais do que materiais”, diz Thakur S. Powdyel, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Educacional da Universidade Real do Butão.

Para suprir essas “necessidades não materiais”, o conceito da FIB prega 4 diretrizes: desenvolvimento econômico sustentável, preservação da cultura, conservação do meio ambiente e “boa governança”. Não é nada diferente das coisas que você ouve nos horários políticos da vida, certo? Sim, mas no Butão o buraco é mais embaixo. Para o bem e para o mal.

Dinheiro? Tô fora

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A Felicidade Interna Bruta não é uma lei escrita, mas um ideal que vem norteando as decisões do governo nos últimos 30 anos. Por exemplo: a exportação de madeira poderia encher os cofres públicos, mas, à luz da FIB, ficou estipulado que 60% do território permaneça coberto por florestas originais. De onde tirar dinheiro, então? De uma carta na manga, ou melhor, do Himalaia. “O Butão é favorecido por rios que nascem nas montanhas. A geração de energia hidrelétrica se tornou um poderoso engenho de crescimento econômico, e sem desalojar pessoas nem danificar o ambiente”, diz Powdyel.

Ambiente que faz do Butão um dos países mais bonitos do mundo. Com rios de água cristalina, florestas coloridas e fauna com direito a tigres, elefantes, rinocerontes e pandas, o país é chamado de “último éden” ou “Shangri-lá da vida real”, numa referência ao paraíso inventado pelo romancista inglês James Hilton em seu livro Horizonte Perdido (1933). Um paraíso que, como o Butão, fica no Himalaia.

Com tantas credenciais, o país poderia virar um dos maiores pólos turísticos do mundo. Mas não. O turismo é limitado para não prejudicar a cultura nem o meio ambiente. “Existe uma espécie de consumação mínima, que inclui hospedagem, alimentação, guia e transporte. Sai uns 300 dólares por dia”, diz Paulo Lima, editor da revista Trip, que foi um dos poucos turistas que já ganharam autorização para visitar o país. Em 2005, foram 13 mil. Para comparar: Porto Seguro, na Bahia, recebeu cerca de 1 milhão.

Outra medida que feriu os cofres públicos em nome da FIB veio em 2004. Foi quando o Butão ganhou os jornais do mundo inteiro ao se tornar o primeiro país a banir o cigarro. Banir mesmo: a venda de tabaco virou crime. Tudo para “proteger as gerações presentes e futuras de seu efeito devastador”. Está certo que daí nasceu um mercado negro, mas o governo acredita que, restringindo a oferta, ajuda as pessoas a parar de fumar. E, com isso, o país abriu mão de uma fonte de receita garantida. “Os cigarros fazem parte do setor de demanda inelástica, aquele em que a procura não cai com o aumento do preço. Se você tributa o tabaco, o preço aumenta, mas as pessoas não deixam de fumar”, diz o economista Siegfried Bender, da USP. Ou seha, vender cigarro é um ótimo negócio. Mas, reza a FIB, o “bem-estar” vem antes do dinheiro.

E antes do poder até. É que o rei Jigme Singye, educado na Inglaterra, tomou uma decisão nada típica entre monarcas e ditadores: abriu mão do poder absoluto, delegando poderes executivos ao seu Conselho de Ministros. Mais: o parlamento butanês ganhou o direito de pedir a cabeça do rei – não no sentido literal – caso essa seja a vontade de pelo menos dois terços dos membros.

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E agora ele está prestes a lançar uma Constituição no país, a primeira de sua história. Um esboço dela está pronto desde o ano passado. Mas, pela Felicidade Interna Bruta da nação, a Carta Magna só começa a valer se for aprovada num referendo popular, marcado para 2008. Até lá, Jigme quer que o povo leia o tal esboço e dê seus pitacos. O princípe herdeiro está incumbido de ir de província em província ouvir a opinião dos moradores. Por essas, o monarca é uma estrela. “O rei é adorado, o homem mais sábio e bonitão. Todos têm confiança absoluta de que tudo o que ele faz é pela felicidade do povo”, diz o apresentador Zeca Camargo, que foi ao país em 2005.

Algo de podre no paraíso

Quem vai para Shangri-lá não tem a opção de ir embora. A descoberta faz os personagens do livro de Hamilton desconfiar de que nem tudo são flores por lá. A “Shangri-lá da vida real” também não é tão florida quanto parece.

Para muitos, decisões como essa do antitabagismo não servem para nada, a não ser tirar da população o direito de escolha. “Isso é uma invasão enorme da liberdade. Felicidade é algo individual. Um governo interferir na busca por ela é acreditar que o cidadão não tem capacidade de tomar decisões para seu próprio bem”, diz a economista Patrícia Carlos de Andrade, diretora do Instituto Millenium, centro de pesquisa de economia liberal em São Paulo.

De fato, exemplos de restrições à liberdade não faltam. Os trabalhadores, por exemplo, não podem formar sindicatos. O governo argumenta que, como há pouca industrialização no país, não há “necessidade” de uniões trabalhistas.

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Mais: para seguir a diretriz da “preservação da cultura”, a população é obrigada a usar as roupas tradicionais da maioria budista. E ai de quem queira praticar outra religião. Que o digam os mais de 100 mil descendentes de nepaleses hindus que viviam no Butão e foram obrigados a sair do país a partir dos anos 80 por conta da perseguição do governo. Essa etnia, que ainda compõe 35% da população, tinha chegado à região havia séculos, mas seu crescimento deixou o governo temeroso, já que a língua e a religião dela ameaçavam a unidade cultural budista.

A preocupação em ter uma sociedade homogênea deu margem a um caso de violação dos direitos humanos denunciado pela Anistia Internacional. Em 1985, além de exigir que os nepaleses adotassem o modo de vida budista, o governo criou uma lei de cidadania estipulando que, entre os que não fossem filhos de butaneses, só seria cidadão quem provasse ter vivido no Butão antes de 1958. Pediam documentos de uma época em que o país tinha quase 100% da população analfabeta. Isso tornou imigrantes ilegais milhares de pessoas nascidas no Butão quase 30 anos antes de inventarem a lei.

Qualquer argumento serviu para tirar cidadanias. Isso podia acontecer com quem mostrasse “por ato ou discurso, ser desleal ao rei, ao país e ao povo” e também para quem saísse do território para ajudar ex-cidadãos refugiados em outros países. De lá para cá tornou-se comum oficiais coagirem os habitantes de etnia nepalesa a vender suas terras e sumir do mapa. Até hoje, 90% dos emigrantes vivem no Nepal, em campos de refugiados da ONU.

O Butão mesmo precisa de uma força das Nações Unidas. A ONU mais o Banco Mundial, o Banco de Desenvolvimento Asiático e, principalmente, a Índia financiaram mais de 90% dos projetos de desenvolvimento do país. O vizinho mais rico, aliás, bancou a maior fonte de renda do Butão, a hidrelétrica Chhukha Hydel. E hoje compra energia que sai de lá. A dependência econômica em relação à Índia é tão forte que a moeda butanesa, o ngultrum, nem tem câmbio próprio: segue a cotação da rupia indiana.

Onde Judas perdeu as meias

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Fundado por monges tibetanos há 4 séculos, o Butão é o país mais isolado do mundo. A escravidão sobreviveu oficialmente por ali até meados do século 20. Até a década de 1960 não havia estradas. Viagens que hoje duram 6 horas se extendiam por 6 dias, em lombo de mula. O rádio só chegou depois que os Beatles já tinham se dissolvido. E a televisão… Bom, se a primeira impressão é a que fica, pobre do nosso futebol: a primeira transmissão televisiva no país foi a final da Copa de 1998. O governo instalou um telão numa praça da capital, Thimphu, e milhares de butaneses puderam testemunhar a derrota de 3 a 0 do Brasil para a França. No ano seguinte, a transmissão chegou às casas, com 4 horas diárias de programação do Bhutan Broadcasting Service (BBS). Só depois vieram as CNNs e MTVs da vida. Agora o governo quer estimular a rede nacional para reduzir o impacto de programas estrangeiros na cultura.

E que impacto: “Por décadas, usamos maconha para criar gado – a erva abre o apetite, deixa a cria bem gorda. Mas agora os jovens começaram a fumá-la, e têm passado o dia inteiro nas nuvens”, lamentou recentemente um butanês ao jornal espanhol El Mundo. O governo, assustado com o comportamento juvenil, baniu a MTV.

Seja como for, existe um esforço real para tirar o atraso do Butão. E ele vai bem além da TV. Por exemplo: o país ainda tem 63% de analfabetos. Para tratar a ferida, o governo fez com que as escolas primárias chegassem a 70% das crianças. E em 2003 surgiu a primeira, e única, universidade do país, com cerca de 3 mil alunos.

Mudanças desse tipo são bem recebidas pelos butaneses, claro. Mas, para alguns, vieram antes da hora. Como resumiu um habitante para o Bhutan Times, jornal local: “Estou preocupado. Somos fazendeiros, podemos não estar aptos a expectativas tão altas. Começo a entender por que os países vizinhos têm problemas”.

O Bhutan Times fala sobre aquele que talvez seja o maior desses problemas: “O rei notou que houve mudanças no pensamento, com egoísmo levando a práticas de corrupção tanto no governo quanto no setor privado.” “Corrupção”, diz o jornal, “não é mais uma palavra nova. Temos de aceitar essa dolorosa realidade”. Para evitar o mensalão himalaio, Jigme estipulou a criação de uma comissão de ética e o financiamento governamental de campanhas. Mas nada pode frear os paradoxos. “Com a informação chegando, vêm as necessidades de consumo. Quem era feliz num mundo isolado não será feliz ao querer algo que antes não sabia que existia. Quando a economia se abre, acaba o sonho de felicidade”, afirma o economista Siegfried Bender, da USP. Powdyel, da Universidade do Butão, não concorda. E vê uma saída mais harmônica: “Nosso objetivo é chegar a uma situação em que um monge esteja lendo escrituras enquanto sua comida é cozida com feixes de laser”.

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Quanto vale a felicidade

Mas como saber se o monge a laser, e o resto da população, vai ser feliz mesmo? “Hoje o Butão está diante do maior desafio da política do FIB, que é medir a felicidade”, afirmou recentemente outro jornal local, o Kuensel. Os 4 pilares da Felicidade Interna Bruta foram desmembrados em 9 áreas (veja o quadro lá em cima), num processo ainda embrionário, mas que pode revelar se a política está na direção certa.

O Centro de Estudos do Butão, organização ligada ao governo e responsável pela criação desses indicadores, usa estudos internacionais sobre bem-estar de populações como base. Parte dos indicadores vem de iniciativas como a do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), da ONU – no qual o Butão aparece em 134º lugar, na frente apenas dos vizinhos Nepal e Paquistão e de nações paupérrimas da África.

“O que o centro faz é adaptar índices para medir a felicidade geral que já existem em outros países, como Canadá e Reino Unido, para a realidade do Butão”, diz o historiador Mark Mancall, da Universidade Stanford, que todo ano passa alguns meses trabalhando junto ao governo do reino himalaio.

Esses índices, por sinal, confirmam teoricamente a visão dos líderes butaneses. Os estudos da organização holandesa World Database of Happiness (banco de dados mundial da felicidade), por exemplo, dizem que, apesar de países ricos costumarem ter uma população mais feliz, isso não é regra. Tanto que a Colômbia fica à frente da Inglaterra e dos EUA, e junto à Suíça e à Dinamarca, entre os países mais contentes.

O Butão, inacessível que só ele, não entrou na pesquisa. Agora cabe ao futuro dizer se a política da Felicidade Interna Bruta, com suas contradições nada suaves, está ajudando o país a virar gente grande. Ou se está cada vez mais isolando o Butão no silêncio do Himalaia.

Quase inacessível, país da felicidade se esconde no Himalaia

Nome oficiaL: Druk-yul.

Forma de governo: Monarquia “boa-praça”, prestes a ganhar sua primeira Constituição.

Religiões: Budismo (oficial) e hinduísmo nepalês.

Idiomas: Dzongkha (oficial), mais dialetos tibetanos e nepaleses.

População: 2,2 milhões.

PIB: 2,9 bilhões de dólares (o do Brasil, de 1,5 trilhão de dólares, é 500 vezes maior).

Desafio: Descontar séculos de atraso sem perder o charme do isolamento.

QUE REI U EU?

Adorado pela população, o rei Jigme Singye Wangchuck, 51 anos de vida e 33 de majestade, leva uma vida simples: trabalha em uma cabana de madeira, enquanto seu palácio é usado por suas 4 mulheres – todas irmãs, o que lhe garantiu uma sogra só.

ESCRITO NAS ESTRELAS

A primeira Constituição butanesa deveria ter passado por um referendo popular no final de 2005. Mas não rolou. Os astrólogos do rei disseram que o zodíaco só mandaria bons fluidos ao país se o referendo ficasse para 2008.

BARRADOS NO BUTÃO

Tem que ser selado, registrado, avaliado e rotulado, se quiser voar. No Butão é assim mesmo. Para visitá-lo, só com uma das poucas autorizações do governo, em pacotes pré-pagos e pré-programados.

DEVAGAR…

1952

Abolição da escravatura, durante o reinado de Jigme Dorji, pai do rei atual e que começou a tirar o país do limbo.

1962

A primeira estrada asfaltada: ligando a capital, Thimphu, à Índia.

1973

O rádio chega ao país, com um programa semanal de meia hora.

1974

Estréia a moeda nacional, o ngultrum. Antes, os butaneses se viaravam com a rupia indiana.

…E SEMPRE

1998

Primeira transmissão de TV – telão na praça para ver a final da copa.

1999

Estréia o canal Bhutan Broadcasting Service (BBS), e os aparelhos de TV chegam às casas.

1999

Estréia a internet discada (sem tanto atraso assim).

2006

O governo negocia a implantação da internet de banda larga . Se tudo der certo, chega até o fim do ano – e os sites butaneses param de travar.

A fórmula da felicidade butanesa

O Centro de Estudos do Butão, organização ligada ao governo, estipulou 9 áreas para medir a felicidade do povo. O Estado acredita que, ao transformar essas informações em números, possa melhorar a margem de acerto de suas decisões.

Padrão de vida

Faz parte dos critérios usados para medir o bem-estar social em qualquer país do mundo: indica a renda per capita e a qualidade dos bens e serviços disponíveis à população.

Boa governança

A idéia aqui é avaliar como a população enxerga o governo; ver se ele passa a imagem de que respeita características como transparência, responsabilidade, e se sabe prestar contas à sociedade.

Vitalidade da comunidade

O nível de confiança em quem mora na casa ao lado é essencial para a felicidade, acreditam os butaneses. Informações assim ajudam a construir um índice que mostre o grau de identidade entre os habitantes.

Uso e equilíbrio do tempo

O que está em jogo aqui é a possibilidade que cada um tem de escolher como aproveitar seus dias. Os indicadores devem mostrar o tempo que a população dedica ao trabalho, à família e à cultura.

Saúde da população

A relação entre saúde e bem-estar é auto-explicativa. O objetivo desse indicador é mostrar os resultados das políticas de saúde. Critérios como expectativa de vida também entram na conta.

Vitalidade e diversidade da cultura

Avalia a dedicação a crenças e costumes. Tem relação direta com a qualidade de vida e serve para dizer o quanto os habitantes se identificam com o lugar onde moram.

Vitalidade e diversidade do ecossistema

Medem a qualidade da água, do ar e do solo e a biodiversidade. Como a natureza foi generosa com o Butão, que tem de picos nevados a densos vales florestais, esse item não é problema.

Educação

O país acelerou o passo do ensino público como parte do projeto para reduzir seu isolamento cultural. Essa categoria, então, indica o ritmo de crescimento das taxas de alfabetização e do acesso às escolas e faculdades.

Bem-estar emocional

É o mais pessoal e profundo dos índices: tenta mostrar o grau de satisfação, de otimismo, que cada habitante tem em relação à sua própria vida.

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