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Super Bowl: a consagração do maior espetáculo da Terra

A final do futebol americano fatura US$ 380 milhões só com comerciais de TV. Entenda como o Super Bowl virou o evento televisivo mais importante dos EUA.

Por Tiago Jokura e Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 23 out 2020, 18h03 - Publicado em 5 fev 2016, 16h15

Super Bowl

As origens | A consagração | Infográfico: A tecnologia por dentro de um capacete de futebol americano

O termo Super Bowl, que batiza final do futebol americano profissional, é emprestado dos campeonatos universitários dos EUA. “Bowl” é o nome dado aos jogos finais que acontecem até hoje entre os campeões das várias ligas estudantis regionais, originados em 1923 com o Rose Bowl. Lembra desse nome? É o estádio californiano em que o Brasil venceu a Copa do Mundo de soccer em 1994. O campo, por sua vez, tem esse nome por causa do formato, parecido com uma tigela (bowl, em inglês). Para se posicionar como um evento superior aos do futebol americano universitário, a liga profissional batizou sua final como se fosse o maioral entre todos os bowls. Mal sabiam os dirigentes a dimensão que o evento viria a ter. 

Hoje em dia, a liga é transmitida por quatro canais (CBS, Fox, ESPN e NBC) que desembolsam US$ 4,9 bilhões (134 vezes mais do que o primeiro contrato, de 60 anos atrás) por temporada. A bolada é dividida igualmente entre os 32 times, um dos fatores que tornam a NFL, paradoxalmente, a liga mais “socialista” dos EUA e a mais lucrativa do esporte mundial.

O gran finale

O primeiro domingo de fevereiro virou feriado não oficial nos EUA. O Super Bowl é um pretexto para reunir amigos e celebrar o país. Em termos calóricos, o jogo só fica atrás do dia de Ação de Graças, em novembro – feriado em que, religiosamente, rolam três jogos da NFL na TV. Durante as cinco horas de duração da final, cada americano ingere 2.400 calorias, em média. O consumo estimado de alimentos no dia inclui 295 milhões de garrafinhas de cerveja, 4 milhões de pizzas e 1,2 bilhão de asas de frango.

O evento é muito mais que o jogo mais importante do ano. “O Super Bowl transcende a partida. A cidade-sede recebe, entre uma e duas semanas antes, três vezes mais visitantes do que a quantidade de lugares no estádio”, explica Paulo Mancha, comentarista da ESPN. A NFL e os patrocinadores organizam dezenas de atrações relacionadas ao esporte para entreter os turistas antes do grande jogo.

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Os 30 minutos de intervalo, com um megashow musical, tem mais audiência do que os 300 minutos entre o pontapé inicial e a entrega do troféu Vince Lombardi – nome que é homenagem ao técnico do Green Bay Packers após sua atuação numa final cinematográfica – literalmente –, em 1962. Em 2015, o Super Bowl bateu o recorde de audiência histórico nos EUA, com 114,4 milhões de telespectadores, em média. Quando Katy Perry entrou em campo, foi vista por mais gente ainda: 118,5 milhões de americanos.

US$ 800 mil é o custo estimado de produção do show do intervalo. O espetáculo tem tanta visibilidade que, em 2017, Lady Gaga se apresentou de graça – assim como fizeram Beyoncé, Coldplay e Bruno Mars em 2016.

A performance que subiu o patamar do show, estrelado por fanfarras universitárias até os anos 1980, rolou em 1993, no sempre pioneiro Rose Bowl, com Michael Jackson. De lá para cá, já teve gente do calibre de Paul McCartney, Rolling Stones e Madonna comandando a cena. Deu tão certo que o palco virou uma mola propulsora para a carreira dos artistas. Por isso, eles já não recebem cachê para se apresentar, mas concorrem para fazer o show sem levar nenhum trocado. Uma reportagem do The Wall Street Journal informou que a NFL propôs receber parte do faturamento dos artistas nos shows após cada Super Bowl, tamanho o aumento no cacife deles após animar a festa. 

Mas a atração mais grandiosa em termos de cifras rola longe do gramado, inacessível até para quem está nas arquibancadas. São os anúncios veiculados pela TV no intervalo, que em 2017 estão cotados entre US$ 5 milhões e US$ 5,5 milhões por 30 segundos de exibição. No Super Bowl I, o espaço custava US$ 300 mil em valores corrigidos, cerca de 16 vezes menos. No Super Bowl XVII, a Apple pagou US$ 840 mil de hoje para apresentar o Mac ao mundo em seu clássico comercial 1984. Em 2016, o faturamento do evento foi de US$ 380 milhões com anúncios de TV. 

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E tem mais: como há um rodízio e a cada ano uma emissora exibe o Super Bowl, episódios especiais de programas consagrados do canal – e até algumas apostas – entram no ar logo após o fim do jogo. Não é raro que algumas das maiores audiências históricas dessas atrações aconteçam quando estão coladinhas no futebol. É o caso do episódio duplo de Friends (“The One After the Superbowl”) que foi ao ar após o Super Bowl XXX, em 1996, e não foi superado nem pelo episódio final do seriado – um dos mais populares de todos os tempos na TV americana. 

Continue a leitura: Esporte cabeça: a tecnologia por dentro de um capacete de futebol americano

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