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A ciência do tetra: tecnologia a serviço do futebol

No condicionamento, testes físicos ultraprecisos. No uniforme, fibras de alta tecnologia. Na tática, esquemas computadorizados. O Brasil faz do futebol-arte o futebol-ciência e aumenta suas chances na Copa.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h14 - Publicado em 31 Maio 1994, 22h00

No dia 20 deste mês, o Brasil estréia na Copa do Mundo. Começa a escalada para o tetra, e ela não será construída só com talento e raça. No novo mundo cibernético do esporte, o condicionamento físico é feito individualmente com a ajuda de sonares e câmeras de vídeo. Os músculos são modelados para dar máxima eficiência em velocidade e força, e o metabolismo, preparado para aproveitar toda a energia do corpo. Hoje, uma camisa consegue aumentar em 15% o desempenho do atleta. O rendimento do jogador em cada décimo de segundo é analisado e depois potencializado pelos treinadores. No campo da tática, os computadores ajudam a antecipar os movimentos do adversário. Mais do que nunca, a ciência vai entrar em campo. E vai fazer gols.

 

Para ter saúde de atleta

Em busca da máxima performance, os treinos são baseados nos resultados dos mais modernos testes físicos.

Como nenhum outro técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira pode dizer que conhece exatamente o que é capaz de render cada jogador de sua equipe. Ele não acha — sabe. Pela primeira vez, a CBF autorizou a realização de testes para mapear o funcionamento do organismo de cada atleta, durante o esforço da partida. Basicamente, está se monitorando o que os leigos chamam de fôlego, velocidade e força. “Todo jogador deve estar em excelente forma nesses três aspectos”, explica o professor Turíbio Leite, do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte, na Escola Paulista de Medicina. “Mas uma dessas qualidades deve ser preponderante, conforme a posição no time.”

Um atacante, por exemplo, precisa chutar a bola com força. “O Parreira poderá fazer a escalação em cima dos resultados dos exames”, especula o médico Osmar de Oliveira, vibrando de entusiasmo. “Do ponto de vista físico, será possível escolher quem estiver melhor entre os atacantes. Mas, claro, a parte técnica também conta.” Os exames não apontam apenas os que têm mais fôlego — mostram também se o jogador estará em sua melhor forma aos 20 ou aos 30 minutos de partida. É uma referência para analisar o desempenho em certo instante do jogo — uma grande novidade em termos de preparação física. Mas há, ainda, outras estratégias para se chegar ao tetra. Veja a seguir.

A hora certa, para entrar no campo: A batelada de testes não mostra somente a quantas anda o fôlego ou a força do atleta. Acusa, ainda, durante quanto tempo ele consegue manter o máximo desempenho em cada um dos três aspectos. Pode ser que um jogador com excelente condição técnica não consiga dar tudo de si por mais de quarenta minutos. Sabendo disso, Parreira poderá programar substituições, sem esperar que ele comece a cometer falhas — algumas fatais — para retirá-lo do campo. É bom lembrar que as regras do jogo mudaram: agora, serão permitidas três substituições por partida, em vez de duas, como no passado.

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Cada um na sua: “Condicionamento em grupo está fora de moda”, decreta o preparador físico da Seleção, Moraci Sant·Anna. Os treinos de táticas continuam em equipe, lógico. Mas o treinamento físico deve ser individual, respeitando as diferenças de cada organismo. Em outras copas, nas quais foi preparador, Moraci pedia ao grupo para correr 15 quilômetros diariamente. Hoje, tem jogador na concentração brasileira correndo 12 quilômetros por dia e jogador que chega a correr 17. “Na verdade, ambos estão treinando na mesma intensidade”, diz o médico Turíbio Leite, da Escola Paulista de Medicina. “Simplesmente, para aquela pessoa que está correndo menos, os 15 quilômetros estipulados no passado eram um enorme esforço. Então, em vez de condicioná-lo, o treino deixava o seu corpo cansado. E esse cansaço aparecia no dia do jogo.” Quanto ao jogador que atualmente corre 17 quilômetros, antes ele treinava menos do que sua capacidade. Portanto, não atingia seu melhor desempenho.

Correndo mais do que antes: Calcula-se que, na Copa de 70, os jogadores percorriam de 5 a 6 quilômetros durante uma partida. Hoje, essa distância dobrou. O futebol, sem dúvida, é muito mais veloz do que no passado. A fim de conhecer a velocidade dos jogadores, Moraci Sant’Anna está usando uma câmara de vídeo para gravar o atleta percorrendo 60 metros. O filme é analisado por computador, que faz a leitura quadro a quadro para ver quantos metros o jogador avança, em cada segundo.

A luta contra o tempo: Muito torcedor está aflito — afinal, a Seleção só tem cerca de trinta dias para treinar. “Isso é menos do que em outras copas, quando tivemos em média 45 dias”, lamenta Moraci Sant’Anna. Dentro dos limites, no entanto, é possível se fazer muita coisa. O atacante Müller, por exemplo, pode aumentar a sua velocidade em 1 décimo de segundo. Será que isso faz diferença? Faz muita diferença. Müller está correndo 10 metros por segundo. Feitas as contas, em 1 décimo de segundo, ele corre 1 metro — talvez a distância entre o atacante e o adversário, dando à Seleção a chance do gol.

Quem se machucar, vai para a piscina: Não será folga e, sim, hidroginástica. Esta é outra nova arma da Seleção. “Antes, o jogador machucado ficava dez a vinte dias parado”, lembra Sant’Anna. “E, com isso, perdia a forma.” Nesta Copa, se um dos jogadores distender um músculo, ele ficará sem treino durante dois ou três dias no máximo — tempo suficiente para desaparecerem os hematomas. Então, cairá numa piscina com mais de 2 metros de profundidade (para não tocar os pés no chão), usando uma cinta flutua- dora. Daí, dentro da água, poderá correr e fazer os exercícios de costume, mantendo-se preparado para voltar ao campo. Mas tomara que nenhum jogador precise dar esse mergulho.

 

Vamos suar a camisa

Na era high tech, nem a transpiração do atleta escapa ao controle. E novos tecidos revolucionários podem pesar no placar final

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O suor é um dos principais mecanismos do corpo para manter o equilíbrio térmico. Ao executar um grande esforço, o coração acelera, bombeando mais sangue e, assim, oxigenando mais os músculos. A energia gerada provoca um superaquecimento que pode chegar a 39,5oC. Para manter seus 36oC ou 37oC normais, o corpo aciona a transpiração. Na pele, em contato com o ar, o suor rouba calor do organismo para a evaporação, regulando a temperatura.

A roupa usada para a prática de esportes é peça importante nessa engrenagem de controle de calor. Um uniforme de tecido pesado, que dificulta a evaporação do suor, super-aquece o organismo e causa o chamado desconforto térmico. Mais do que no bem-estar do atleta, o conforto influi no desperdício ou no bom aproveitamento de energia. Sem exagero: a escolha de fibras e tecidos pode ser decisiva para a conquista da Copa.

“Quanto menor a pulsação do jogador, maior a energia canalizada para melhorar seu desempenho”, explica o fisiologista Turíbio Leite, do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte, da Escola Paulista de Medicina. Turíbio coordenou o teste que comparou três tipos de camisa — de algodão, de poliéster convencional e de microfibra de poliéster. Por três dias, em março passado, oito jogadores correram 6 quilômetros em 36 minutos, vestindo alternadamente os três tipos. Resultado: com a microfibra, a pulsação média caiu 3,5%. “Isso representa um aumento da ordem de 15% na potência do atleta”, completa o fisiologista. Comparando: enquanto o jogador com camisa de poliéster convencional desperdiça energia pelo suor, outro, com a de microfibra, tem 15% de energia a mais para correr atrás da vitória.

O funcionamento desse tecido revolucionário é fácil de entender. A transpiração é absorvida pelas fibras mais grossas do avesso e passa para o direito. “Do lado de fora, estão as microfibras, que aumentam a área de contato do suor com o ar, facilitando a evaporação”, diz José da Conceição Padeiro, da área de fibras têxteis da Rhodia, fabricante da microfibra Setila.

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Difícil é entender por que a Confederação Brasileira de Futebol não providenciou um uniforme com essa microfibra. Na verdade, e infelizmente, a Seleção deve entrar em campo, pelo menos na primeira fase, com as camisas de poliéster tradicional. “Não haveria tempo de confeccionar uma nova coleção”, explica Hélio Batista de Castro, presidente da Umbro, fornecedora de uniformes para a CBF. Esta não é a opinião do preparador físico da Seleção, Moraci Sant’Anna: “É um absurdo que não tenhamos em 1994 um material que outras seleções já usam desde 1986.” Enquanto até o Palmeiras já tem a camisa high tech, a Seleção tem de se contentar com a convencional, que, ao menos, é 14% mais leve do que a de outras copas.

Da cintura para baixo, pelo menos, os brasileiros vão transpirar com toda a tecnologia, usando as bermudas térmicas. Segundo estudos feitos no Instituto de Biomecânica de Zurique, na Suíça, um aumento de apenas 0,5oC na temperatura de um músculo provoca uma melhora de desempenho da ordem de 3%. Outro teste, do Centro de Medicina Esportiva da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, demonstra que as bermudas térmicas funcionam como verdadeiras molas nas pernas, aumentando, em média, de 5% a 8% a força de um salto.

O segredo da bermuda está na estrutura da fibra de poliéster. Com formato irregular, ela tem uma área 20% maior do que a das fibras convencionais circulares e deixa pequenos vãos livres no tecido. “Esses vãos funcionam como canais que “chupam” o suor para fora da roupa e fazem com que evapore muito mais rapidamente”, esclarece Silvana Haisser, da área de poliéster da Du Pont, fabricante da fibra Dacron. Nesta Copa do Mundo, só a fibra do atleta não vai bastar. A fibra da roupa vai influir muito mais do que influía antes.

 

Cabeça de estrategista

Em uma aula do técnico Carlos Alberto Parreira, 134 anos de evolução da tática no gramado

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Foi-se o tempo em que o técnico dos sonhos da torcida dormia o tempo todo. Era a imagem que se tinha de Vicente Feola, da Seleção de 1958, ou de Lula, do Santos da década de 60 — dois bonachões que, aos olhos da multidão, distribuíam as camisas no vestiário e iam cochilar na beira do campo, enquanto os craques enlouqueciam os adversários com seu talento natural. Os cultores do “futebol arte” lembram tudo com uma certa nostalgia, mas hoje estamos no tempo do futebol ciência.

A imagem de inocência do “futebol arte” pode ser boa, mas a verdade é que nunca foi assim. Ao lado da habilidade dos craques, futebol sempre dependeu de esquemas, do know-how de bem distribuir os jogadores em campo. A evolução tática foi acelerada pela preparação física, que explodiu nos últimos 30 anos. O esporte passou a ser mais coletivo, menos individualizado — e cresceu a importância dos técnicos, que puderam armar as equipes com mais variações, numa dinâmica de jogo cada vez maior.

Carlos Alberto Parreira, técnico da Seleção Brasileira, é o que se pode chamar de um cientista da tática. Faz parte da geração de treinadores-cientistas formados em escolas de Educação Física a partir do meio da década de 60, época em que o futebol tornou-se mais prático e menos romântico. Muitos criticam Parreira dizendo que, na prática, toda a teoria que ele tem na cabeça não funciona muito bem — de sua parte, ele se irrita quando é chamado de “teórico”. Lembra os 20 anos de experiência acumulada e garante que, para definir o esquema adotado pela Seleção, se baseou em dois pontos fundamentais: em primeiro lugar, as características históricas, tradicionais do futebol brasileiro; em segundo, a evolução tática do futebol no mundo. A seguir, Parreira — que tem como principal interlocutor o diretor técnico Mário Lobo Zagalo, técnico da Seleção em 70 e outro mestre na tática — dá uma aula de como foi essa evolução e mostra onde está querendo chegar. Com a palavra, o professor Parreira:

1860

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“Em 1860, quando era praticado na Inglaterra, o futebol não tinha esquemas. Eram oito atacantes, um jogador no meio de campo e outro na defesa — mais ou menos como se vê nos recreios dos jardins de infância, quando as crianças vão jogar bola. Depois, no início do século, com uma nova lei de impedimento — que exigiu a presença de pelo menos dois adversários entre o atacante e o gol, quando a bola fosse passada para ele — começaram a surgir os esquemas táticos. O sistema mais adotado, então, passou a ser o 2—3—5.”

1930

“No começo da década de 30, um time inglês chamado Arsenal passou a ganhar tudo graças a uma tática diferente. O treinador da equipe, Herbert Chapman, puxou um dos médios para a zaga, abrindo em alas os dois beques originais. A defesa e o meio de campo ganharam mais consistência, porque dois dos cinco atacantes — aqueles que eram usados desde o início do século e que permaneceram por três décadas sem grandes alterações — começaram a voltar para armar os lances. O desenho tático do Arsenal ficou conhecido como WM e seria adotado por mais de 20 anos no mundo todo.”

1954

“Em 1954 a Seleção da Hungria, que foi a sensacão da Copa, já havia mostrado um sistema muito mais moderno— com o recuo de um dos atacantes e o avanço de dois do meio campo com a bola, ocupando o espaço vazio. Mas a Hungria perdeu a Copa e a aposentadoria do WM só foi consagrada com o 4—2—4 adotado pelo Brasil na Suécia, em 58.”

1962

“Em 1962 a Seleção Brasileira, que era praticamente a mesma de 58, quatro anos mais velha, adotou uma variação. O ponta-esquerda Zagalo radicalizou sua tendência de ajudar a defesa, mas não deixava de participar das jogadas de ataque — fez o primeiro gol brasileiro nesse mundial, contra o México, e foi à linha de fundo cruzar a bola para o gol de empate contra a Espanha, nossa partida mais difícil. Garrincha também começou a sair da ponta direita para atacar pelo meio e até pela esquerda. O futebol ficava cada vez mais cooperativo, exigindo mais movimentação.”

1974

“Play and don’t let play (jogue e não deixe jogar) era o lema dos ingleses campeões do mundo em 1966. O Brasil, campeão de 70, adotava um esquema em que todos os jogadores marcavam . A preparação física evoluiu tanto que, em 1974, a Holanda surgiria na Copa da Alemanha com um time praticamente sem posições fixas. O “carrossel holandês” rodava em campo e fazia algumas coisas assustadoras, como avançar todo mundo ao mesmo tempo para deixar os adversários em impedimento. Ou o time inteiro correr para tirar a bola de um adversário.”

1994

“Hoje todos têm de se preocupar em defender e atacar. Os dois movimentos básicos são recuperar a posse de bola e partir para o gol, de preferência em bloco. Todo o mundo joga assim atualmente, mas há variações: há quem use um “líbero” na defesa, um jogador sobrando atrás ou na frente dos zagueiros, com função de cobri-los ou de se lançar para o ataque. O Brasil tentou algo assim na Copa de 90 e fracassou. Por isso, vamos agora aos Estados Unidos sem procurar inventar nada, jogando como os maiores times brasileiros.”

 

A sorte está lançada

Cabeça fria, lápis na mão e muita Análise Combinatória para calcular a chance de o Brasil chegar à final

Não adianta chorar: futebol também é sorte. O Brasil dispõe de bons atletas e do que há de mais moderno em preparação física. Mas o anjo do acaso vai estar presente. Temos que contar com a sorte — e podemos também avaliar as chances da Seleção. É aí que entra a Teoria das Probabilidades. A idéia é simples, embora trabalhosa. Consiste em examinar a tabela oficial e verificar, antes de mais nada, quais são as chances de o Brasil passar por todas as fases até chegar à final.

“São cálculos que seguem o bom senso”, explica o professor Flávio Wagner Rodrigues, que fez os cálculos para SUPERINTERESSANTE. “Procuramos colocar em números aquilo que as pessoas sentem intuitivamente sobre as equipes em disputa.” Rodrigues, 58 anos, é considerado o mais competente profissional no tipo de cálculo usado aqui — a Análise Combinatória, um dos ramos da Teoria das Probabilidades. Já aposentado, continua orientando novos talentos no Departamento de Estatística do Instituto de Matemática da Universidade de São Paulo. Ao longo da carreira, ele não apenas ensinou alguns dos melhores pesquisadores da atualidade, como ainda ajudou a dar bases teóricas mais sólidas a essa área do conhecimento. “Além da inteligência fulgurante, ele tem dignidade como poucos”, sintetiza o professor Luís Barco, titular da seção Dois mais Dois de SUPERINTERESSANTE.

Para calcular probabilidades é preciso partir de uma estimativa da força relativa de cada equipe. Isso foi feito por meio de notas atribuídas — por jornalistas especializados e outros profissionais ligados ao esporte — aos times competidores. Essas notas são sempre arbitrárias, não importa quantos especialistas opinem. Mas elas põem em números algo que todos sabem: que alguns times são melhores que outros (dado o ponto de partida, as chances vão depender da força dos oponentes).

Todos sabem, por exemplo, que o time do Brasil é melhor que qualquer outro do grupo B: Rússia, Camarões e Suécia. Logo, ele tem mais chance de vencê-los e tornar-se o primeiro da chave. Para isso, basta comparar as notas dadas aos times. Daí para frente, são cálculos, muitos cálculos. Rodrigues fez cerca de 300 contas.

Numa operação dessas, além de vencer as contas, é preciso saber jogar com inúmeras variáveis e buscar um número único que reúna as chances de pular para outra fase. Um exemplo: qual será o adversário do Brasil nas quartas-de-final? Pelo que foi projetado pelo professor, há duas possibilidades: a Holanda e a Irlanda. Acontece que a Holanda leva certa vantagem. Em princípio, já deverá ter superado os adversários anteriores (que incluem a Irlanda). Mas não há como excluir a Irlanda das contas: aqui se lida com possibilidades, não com certezas. E a possibilidade da Irlanda existe: ela tem 30% de chance de chegar às quartas-de-final, contra 70% da Holanda. A Teoria vai procurar, então, apontar uma probabilidade num número único, que combine as duas hipóteses. Trocando em miúdos: o Brasil tem 56% de chances de superar essa fase — 56% de chances de vencer a Holanda ou a Irlanda, tanto faz.

Para abreviar a história, o Brasil tem 22,84% de chances de chegar à final. Não é muito se comparado aos 72,12% da Alemanha, mas é maior que os 12,98% da Argentina, por exemplo. Esses são dois prováveis adversários do Brasil na final. Agora é torcer.

 

Para saber mais:

Da flecha à bola

(SUPER número 8, ano 2)

Canhões em campo

(SUPER número 9, ano 3)

A ciência constrói atletas

(SUPER número 3, ano 5)

Olhos de craque

(SUPER número 11, ano 7)

Olha a bola

(SUPER número 12, ano 7)

Os números não mentem jamais. Será?

(SUPER número 9, ano 8)

Superatleta

(SUPER número 7, ano 10)

 

Da lousa para o computador

O computador chegou ao campo de futebol no Brasil pelas mãos do preparador físico Moraci Sant’Anna, do São Paulo. Antes, ele fazia as anotações no papel e depois passava para o micro. Em 1993, conheceu o são-paulino Sérgio Vianna, gerente de marketing da Microsoft, que desenvolveu o programa Aperfeiçoamento tático e técnico no futebol. Desde então, em todos os jogos, lá está Moraci no banco com um notebook, anotando quem participa de cada lance, como passes certos e errados, desarmes, chutes a gol, etc.

O programa elabora gráficos e quadros com os desempenhos. Há também a ficha de cada jogador com as informações de todos os testes físicos que ele faz durante o ano, possibilitando avaliar a evolução do preparo físico — ou o desgaste. Para a Copa, Vianna está desenvolvendo uma nova versão, que inclui a tática. Assim, o computador substitui a velha lousa onde o técnico desenhava o esquema do time. No programa, bolinhas representando os jogadores serão distribuídas no campo. Clicando sobre um jogador, o treinador vê como ele se movimenta em campo.

O mais importante desse programa é a possibilidade de se arquivarem vários jogos do time e, principalmente, dos adversários. Num campeonato, o olheiro anota o desenho tático dos jogos dos outros times e passa as informações para o técnico. “Você pode perceber, jogo a jogo, como o treinador adversário arma o time em função da equipe que enfrenta”, afirma Vianna. “Com isso, você descobre como o técnico adversário pensa.”

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