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Banditismo Social – Mata que eu gosto!

Eles não eram nenhuma flor, mas conquistaram a simpatia de muita gente com charme, estilo e... algum senso de oportunidade histórica

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h28 - Publicado em 31 Maio 2012, 22h00

Lampião – O REI DO CANGAÇO

Quando o bando de Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938) invadia cidades nordestinas em busca de dinheiro, comida e abrigo, quem não colaborasse corria o risco de ser estuprado, mutilado, assassinado. Bom de mira, o cangaceiro era capaz de disparar vários tiros consecutivos, iluminando a noite – daí o apelido de Lampião. Na casa de um de seus apoiadores, Virgulino conheceu Maria Bonita, que se uniu ao bando em 1930. Ao contrário do que reza a sabedoria popular, as ambições de Lampião não eram bem de cunho social e político. O movimento frutificou em regiões abandonadas pelo poder público, tinha códigos de ética próprios, objetivos meramente econômicos e práticas pra lá de violentas.

FATOR SIMPATIA – No auge da repressão da ditadura dos anos 60, a esquerda brasileira projetou em Lampião o embrião do espírito revolucionário nacional. Intelectual da família, Virgulino foi criado [ara ser doutor, mas a paixão pela caatinga e a vingança pela morte do pai por um policial o atraíram para o cangaço.

UM DETALHE – Os óculos fundo-de-garrafa serviam como disfarce para a cegueira do olho esquerdo – um acidente de batalha.

TRISTE FIM – Há quem atribua a Maria Bonita o fato de Lampião ter baixado a guardae ser pego numa emboscada da polícia em julho de 1938. As cabeças do casal ficaram expostas no Instituto Nina Rodrigues em Salvador até 1969, quando finalmente foram entrerradas.

Bonnie & Clyde – ROMEU E JULIETA FORA-DA-LEI

Depois do crash da Bolsa de Nova York, em 1929, quando muitos dos americanos se dividiam entre as filas de emprego e de comida, Bonnie Parker (1910-1934) e Clyde Barrow (1909-1934) não saíam das páginas policiais. Em 4 anos, o casal matou cerca de 15 pessoas (9 policiais), roubou uma dúzia de bancos e assaltou mercearias e postos de gasolina.

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FATOR SIMPATIA – A dupla ganhou apreço da população por zombar do capitalismo num momento de desilusão com o sistema. Não há registros de que Bonnie tenha mesmo atirado em alguém, mas é muito provável que, sem o charme da namorada, Clyde não teria passado de um ladrãozinho como tantos outros.

UM DETALHE – Vaidosa e transgressora, Bonnie gostava de ser fotografada em posições sensuais, fumando e empunhando armas.

TRISTE FIM – O casal morreu junto em 1934, numa emboscada do FBI. Caíram no esquecimento até que, em 1967, o filme Bonnie & Clyde fez deles heróis da contracultura.

Salvatore Giuliano – O ROBIN HOOD ITALIANO

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Giuliano (1922-1950) estava para se alistar no Exército de Mussolini quando sua Sicília foi invadida pelos aliados, em 1943. Daí foi trabalhar no mercado negro de alimentos. Acabou matando um policial numa fiscalização e desandou – quando prenderam seu pai por comércio ilegal, ele criou uma milícia de 50 homens para soltá-lo, roubar armas e comida.

FATOR SIMPATIA – Um fora-da-lei bonitão era sucesso garantido nas recémlançadas revistas ilustradas. Em 1949, a Time publicou: “Salvatore Giuliano é provavelmente o bandido mais eminente do mundo e certamente o mais fotogênico”.

UM DETALHE – De tão americanófilo, Giuliano chegou a escrever uma carta ao presidente Truman pedindo para anexar a Sicília ao território americano.

TRISTE FIM – A polícia mobilizou mil homens para capturá-lo. Em 1950 foi achado morto -um coronel assumiu a autoria, mas um dos capangas do bandido confessou que foi subornado para dar cabo do chefe. No bolso de Giuliano foram achados um maço de cigarros mentolados, uma pequena lanterna e uma foto de si mesmo.

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