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Como funciona um campo de refugiados

Abrigar, alimentar e garantir a segurança de 2,6 milhões de pessoas não é fácil. Por isso, a ONU elaborou regras para o campo ideal.

Por Priscila Bellini
Atualizado em 4 abr 2018, 14h07 - Publicado em 9 set 2015, 16h30

Segundo a ONU, existem mais de 22,5 milhões de refugiados registrados ao redor do mundo. Deles, 2,6 milhões vivem em campos ou assentamentos, nos quais o acesso a comida, água, abrigo e segurança é vital. Para facilitar essa logística, a ONU elaborou as regras para o que seria um campo perfeito, como explicamos a seguir:

Quem é refugiado?
Quem atravessa uma fronteira internacional por perseguição religiosa, étnica ou de origem. Sobreviventes de catástrofes naturais ou fome não costumam ser alojados em campos, embora haja exceções. Em 2011, famintos da Somália foram recebidos no Quênia. Pelo cadastro inicial, alguns são encaminhados para empregos dentro do campo ou em cidades próximas. Mas há limitações. Na Jordânia, por exemplo, engenheiros e médicos refugiados não podem atuar.

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Quando uma guerra assola um país e pessoas são desalojadas, a ONU procura uma nação vizinha que as aceite. O campo deve ser construído a 50 km da fronteira e em um terreno levemente inclinado, para ajudar na drenagem de água.

Check-in
Antes de entrar, todos têm seus dados cadastrados (nome, profissão, idade) por um sistema de biometria e recebem um número de identificação.

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Um tendão
A primeira morada dos refugiados são as tendas emergenciais leves, que abrigam até duas famílias. Mas logo elas são substituídas por casas pré-fabricadas, parecidas com contêineres. Se o campo durar anos, as casas viram de alvenaria.

Banho coletivo
No começo do campo, não há privadas ou chuveiros construídos, então o jeito é se lavar e se aliviar na frente de todo mundo, separado por gênero. Depois se constroem banheiros.

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Luz para todos
O mais comum é puxar energia de cidades vizinhas ou usar geradores. Mas campos como o de Al Zaatari, na Jordânia, usam energia solar.

Educação e saúde
Se for possível usar hospitais e escolas próximos, melhor. Professores e médicos refugiados podem continuar trabalhando no campo.

Pão de cada dia 
A comida é doada por agências e cada família tem um cartão para registrar quais alimentos retirou, como um ticket- alimentação. Se o solo for fértil, hortas são incentivadas.

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Segurança
São autoridades do governo local que cuidam da segurança. Comitês de moradores também podem palpitar sobre como organizar a vida no campo.

Fonte de vida
O ideal é que cada campo tenha uma fonte de água. Se não for possível, um caminhão-pipa abastece. Cada pessoa tem direito a 20 litros para consumo, cozinha e limpeza. E a fila não pode passar de 30 minutos.

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Não dá para viver no campo para sempre. Quando a crise humanitária se resolve, o jeito é desmontar as casas e fechar o lugar, que cumpriu o seu papel em uma emergência. Mas nem tudo é perfeito. O campo de Dheisheh, na Palestina, funciona há 66 anos e o de Dadaab, no Quênia, há 23.

Repatriação voluntária:
É quando as pessoas voltam para seus países. Em 2014, 126.800 refugiados conseguiram voltar para casa.

Integração local:
É quando a pessoa consegue se integrar no país que o recebeu e se torna um cidadão.

Reassentamento:
É quando o refugiado vai para um terceiro país, onde ele tem parentes, por exemplo. Representa menos de 1% dos casos.

Fontes: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR); Luiz Fernando Godinho, porta-voz do ACNUR no Brasil.

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