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Nasce o homem, a origem da raça humana

A busca das origens da espécie é uma das mais emocionantes aventuras da ciência moderna. Pesquisadores refazem o passado remoto do homem e propõem teorias surpreendentes. Uma delas: no começo, éramos todos escuros.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h08 - Publicado em 31 ago 1988, 22h00

Nuvens de chuva começavam a esconder o Sol, insinuando o fim da seca que fizera definhar os arbustos da savana. A paisagem estava enegrecida pela fumaça do vulcão que, vez ou outra, expelia um pouco de cinza sobre o terreno ao redor. A chuva caiu densa e breve. Surgindo de trás de uma árvore, uma figura com feições de macaco, a pele escura, se distraía olhando os pés afundarem na lama acinzentada. Logo atrás, outro indivíduo, algo menor, divertia-se colocando os pés nas pegadas do primeiro. Uma terceira figura, ainda menor, saltitava ao lado dos outros, quando alguma coisa lhe chamou a atenção. Deteve-se, olhou para a esquerda e voltou a seguir os companheiros. As nuvens, de novo rarefeitas, deixam passar os raios de sol. A lama seca. Mais uma vez o vulcão ronca e despeja lava. Em pouco tempo, o céu torna a escurecer e o vento traz uma chuva mais forte.

Uma cena como essa deve ter ocorrido há mais de 3 milhões de anos num local hoje chamado Laetolil, perto do vulcão Sandiman, na planície de Serengeti, a uns 40 quilômetros da garganta de Olduvai, na Tanzânia, Sudeste da África. Ali, a antropóloga inglesa Mary Leakey, viúva do cérebre arqueólogo queniano Louis Leakey, fez em 1978 uma autêntica viagem no tempo: o piso de lama, petrificado e preservado por uma combinação de raras circunstâncias naturais ocorridas ao longo dos milênios, permitiu-lhe vislumbrar um flagrante da vida de três espécimes de um ramo há muito extinto dos antepassados do homem, o Australopithecus – ou macaco da região Sul, em latim.

As pegadas fossilizadas encontradas pela pesquisadora – cuja equipe já havia, dois anos antes, literalmente tropeçado em traços de outros seres, como rinoceronte, girafas e hienas, igualmente preservados – foram um presente dos céus para o estudo das origens do homem. Cálculos anatômicos, feitos a partir daquelas marcas, revelaram entre outras coisas que os três primatas mediam entre 1,20 m e 1,40 m e andavam sem auxílio das mãos, apenas com as pernas. Mary descreveria mais tarde sua emoção ao reconstituir a passagem pelo lugar daqueles hominídeos: “Seguir a trilha dessas criaturas produziu em mim um pungente arrebatamento. Em dado momento, uma delas parou, virou-se para olhar rapidamente algum possível perigo e continuou. Esse movimento tão intensamente humano, transcende o tempo: três milhões e setecentos mil anos atrás, um ancestral remato havia experimentado um instante de dúvida”.

Aventuras científicas como essa têm ocorrido em vários lugares do mundo, alimentadas por um humaníssimo sentimento de ansiedade em relação aos quandos, ondes e porquês da primitiva história da espécie. Nessa interminável busca das origens, cada novo achado, no entanto, parece aumentar a área de controvérsia entre os especialistas. Basta que um fóssil seja desenterrado ou—mais recentemente —que uma experiência genética em laboratório dê certo, para mexer com o edifício de hipóteses sobre a evolução da raça humana. De qualquer forma, quanto mais espécies são reveladas e quanto mais datas são preenchidas, mais se percebe que a evolução do homem resulta de um lento, gradual e sobretudo complexo processo de mudanças. Por isso é muito difícil dizer quando termina uma espécie e começa outra. Cerca de 35 milhões de anos atrás, numa época que a Geologia chama Oligoceno, um pequeno animal que se alimentava de frutos vivia nas árvores do Nordeste da África.

Era o Aegyptopithecus (macaco do Egito), uma criatura de 4 quilos. A densa floresta em que habitava transformou-se numa região desértica, a depressão Fayum, a sudoeste do Cairo. Ele talvez seja o mais antigo ancestral, não só do homem como de todos os outros primatas antropóides (macacos, orangotangos, gorilas, chimpanzés e gibões). Uma bruma de mistério, porém, separa o Aegyptopithecus do Australopithecus, cerca de 30 milhões de anos mais moço. Candidatos a ancestrais intermediários não faltam. O que faltam são provas irrefutáveis.

A árvore genealógica do homem é um desenho longe de estar completo. Mesmo a utilização de uma árvore— e não de uma escada—, para configurar a trajetória da evolução, tem sido motivo de discussão científica. Até a década de 70 pensava-se que a linhagem fosse uma escada de três degraus: Australopithecus africanus (de 4 milhões a 1,5 milhão de anos atrás), Homo erectus (de 1,5 milhão a 400 mil anos) e, desde então, Homo sapiens. Em 1938, porém, uma nova espécie de Australopithecus, o robustus, foi identificada. Trinta e quatro anos depois, o antropólogo queniano Kamoia Kimeu, da equipe dos Leakey, deu início a uma radical reavaliação do problema, ao batizar de Homo habilis uma nova descoberta fóssil na África. Louis acreditava que o habilis fosse um contemporâneo mais humano, daí o nome, dos australopitecíneos.

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Richard Leakey, filho de Louis e Mary, conhecido pelo grande público por seus livros atraentes e por uma não menos bem-sucedida série de TV sobre as origens do homem, anunciou em 1973 a descoberta de um crânio capaz de comportar um cérebro quase duas vezes maior do que se atribui aos Australopithecus. O crânio data de 2 a 3 milhões de anos—portanto, contemporâneo daqueles. Como escreveria o celebrado paleontólogo Stephen Jay Gould, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, “o Homo habilis não era mais uma quimera da imaginação de Louis Leakey”. Hoje, os cientistas tendem a acreditar que a evolução humana se processa por meio da ramificação de uma linhagem a partir do tronco principal da árvore genealógica—e não por uma mudança dos próprios grandes troncos.

“O Homo sapiens não é o produto de uma escada que sobe diretamente em direção ao nosso estado atual, mas, sim, constituímos tão-somente a ramificação que sobreviveu de um arbusto outrora exuberante”, afirma Jay Gould. “O processo evolutivo é cego, não envolve uma finalidade específica de desenvolvimento por parte das espécies”, diz por sua vez Richard Leakey. “Os australopitecíneos não devem ser vistos como um fracasso numa grandiosa corrida evolutiva rumo à condição humana”, argumentada. “Eles foram espécies bem-sucedidas, com um estilo de vida estável durante milhões de anos.” E, no entanto, eles se extinguiram há 1,5 milhões de anos – e talvez nunca se venha a saber por quê.

De todo modo, com seu desaparecimento, restou apenas um gênero hominídeo: Homo. O que mais chama a atenção a respeito tanto do erectus como do habilis – o primeiro, por conseguir a postura ereta; o segundo, por ser capaz de fazer utensílios de pedra – são as mudanças de comportamento, graças às quais puderam dispersar-se por territórios nunca dantes percorridos por hominídeo algum. Em toda a ciência da evolução humana provavelmente não há capítulo tão fascinante como esse que trata, com o muito pouco que se sabe, do advento da cultura – quando, já de pé, o Homo faz, de uma lasca de pedra, um instrumento para cortar carne. Há mais de um milhão de anos, grupos de Homo erectus teriam começado a migrar da África para a Europa e Ásia. O seu registro fóssil permanece até por volta de 400 mil anos atrás, quando desponta o ancestral em linha direta do homem moderno – o Homo sapiens.

Num belo dia de novembro de 1974, numa expedição a Hadar, no norte da Etiópia, o antropólogo americano Donald Johanson e um estudante de pós-graduação na Universidade de Chicago, Tom Gray, exploravam uma ravina seca à procura de fósseis. A manhã não tinha sido produtiva e fazia um calor de rachar. Os homens já começavam a voltar ao acampamento quando Jobanson distinguiu um pedaço de osso num barranco erodido. Era um pedaço de um braço. Olhando mais detidamente, vislumbraram outro fóssil, parte de um crânio. De repente, daquele declive pareciam brotar fósseis—aqui um pedaço de pélvis, ali uma mandíbula, mais adiante um par de vértebras. Três semanas de pesquisas revelariam mais de uma centena de ossos fossilizados.

Quando foram postos juntos, recompondo 40 por cento do esqueleto, descobriu-se que faziam parte de um indivíduo apenas—uma mulher que devia medir 1,10 m e pesar cerca de 30 quilos. O esqueleto recebeu o nome de Lucy (porque se ouvia a canção Lucy in the sky with diamonds, dos Beatles, no toca-fitas de um pesquisador na noite da descoberta). Lucy é o mais antigo e completo hominídeo encontrado até agora, com idade estimada em 3,3 milhões de anos. O achado permitiu reconstituir o perfil do que foi chamado Australopithecus afarencis em alusão ao Triângulo de Afar, região próxima a Hadar. As fêmeas teriam sido substancialmente mais baixas do que os machos. A cor da pele certamente era escura, uma adaptação evolutiva para o clima tropical. Os adultos seriam mais peludos que os humanos atuais.

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A descoberta de Lucy proporcionou munição para os defensores da teoria de que a humanidade evoluiu, apenas recentemente, do Australopithecus, como sustenta o próprio Donald Johanson, em oposição a Leakey, para quem o processo foi mais antigo. Lucy e seus semelhantes mais se pareciam com macacos. Alimentavam-se basicamente de sementes, verduras, tubérculos; quando possível, comiam os restos de animais deixados pelos carnívoros. Mas, assim como os achados de Mary Leakey em Laetolil, as descobertas em Hadar reafirmam a adoção precoce (em termos evolutivos) do andar ereto—”muito antes da expansão do cérebro”, nota Johanson, fulminando uma antiga crença. De fato, não há indícios de cérebros volumosos nos hominídeos antes de 2,5 milhões de anos.

O parentesco entre os hominídeos e os símios é com certeza a questão mais emocionalmente polêmica da história do estudo da evolução. Já no século passado, atribuiu-se a Charles Darwin a afirmação de que o homem descende do macaco—na verdade, ele disse que homens e macacos têm a mesma origem, o que a ciência moderna pôde reforçar com o Aegyptopithecus de 35 milhões de anos. Até recentemente, porém, se acreditava que a família dos humanos não se confundia com a de chimpanzés e gorilas, apesar da semelhança anatômica entre estes últimos e os hominídeos. Hoje, os cientistas tendem a aceitar que todos fazem parte de um único grupo, no qual homem e chimpanzé são parentes próximos, ao passo que gorilas e orangotangos são primos evolutivos mais afastados do gênero Homo.

Essa convicção se fundamenta nos resultados de pesquisas que se realizam em ambientes não só distantes como muito diferentes dos acampamentos dos paleontólogos no coração da África. Em refrigerados laboratórios, dois bioquímicos da Universidade da Califórnia, Vincent Sarich e Allan Wilsom fizeram um estudo comparativo entre proteínas humanas e de chimpanzés para ter uma idéia aproximada do tempo transcorrido desde que uns e outros se separaram do ancestral comum. Os dados coletados pelos bioquímicos sugerem que esse divórcio ocorreu há não mais de 5 milhões de anos—um período relativamente curto no calendário evolutivo.

No final do ano passado, veio a público uma conclusão científica ainda mais surpreendente: o mais antigo ancestral de todos os homens e mulheres da Terra, a partir do qual surgiram os modernos humanos, seria uma mulher de cabelos pretos, pele escura, que teria vivido nas savanas da África entre 290 mil e 140 mil anos atrás. Essa Eva pré-histórica, diz o paleontólogo Jay Gould, “nos faz compreender que todos os seres humanos são membros de uma mesma família, que teve uma origem recente em apenas um lugar”. Para descobrir Eva, a geneticista Rebecca Cann, da Universidade do Havaí, trabalhando com colegas da Universidade de Berkeley, recorreu a amostras, colhidas em várias partes do mundo, de DNA, a molécula da hereditariedade.

O DNA utilizado foi o que reside num compartimento da célula chamado mitocôndria, responsável pela produção da energia que permite à célula viver. O DNA mitocondrial é útil para traçar árvores genealógicas porque contém apenas a herança da mãe e só é alterado por mutações que apenas a família da mãe tenha sofrido. Comparando as amostras coletadas dos mais diversos grupos étnicos, os cientistas verificaram serem pequenas e triviais as diferenças entre as raças. A cor da pele, por exemplo, é resultado de mera adaptação ao clima—negra na África, para se proteger do sol forte; branca na Europa, para facilitar a absorção dos raios ultravioleta, que ajudam a produzir vitamina D. Ou seja, se as pesquisas estiverem certas, antes da dispersão dos homanídeos da África, éramos todos escuros.

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Um ET na pré-história

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O menino de Turkana

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(SUPER número 10, ano 7)

O retrato do passado

(SUPER número 7, ano 8)

Grandes figuras do álbum de uma família complicada

O Australopithecus afarensis é a mais antiga espécie hominídea conhecida. A idade de Lucy, por exemplo, é calculada em cerca de 3,3 milhões de anos. Peludos, de pele escura, os afarensis comiam basicamente vegetais. Mas já andavam apenas com as pernas.

O Australopithecus robustus, como o nome indica, era uma espécie bem mais encorporada. Pelo menos é que sugerem os fósseis de crânios e mandíbulas encontrados no Sul da África. Tudo indica que se extinguiu, sem evoluir, há cerca de 1,5 milhão de anos.

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O Homo habilis, que vivia no Leste da África, parece ter sido a primeira espécie hominídea capaz de fabricar objetos rudimentares a partir de lascas de pedra. Pelos achados fósseis, o cérebro do habilis seria duas vezes maior que o dos Australopithecus.

O Homo erectus, descendente do habilis, produzia utensílios algo menos toscos. Também sabia usar o fogo, embora não soubesse como fazê-lo. Há mais de 1 milhão de anos começou a migrar para a Europa e Ásia. Viveu até 400 mil anos atrás.O Homo sapiens, em sua forma arcaica, começa a aparecer entre 400 e 300 mil anos atrás, mais ou menos na época em que cessam os registros fósseis do Homo erectus. O sapiens primitivo deve representar uma transição do erectus para formas posteriores.

O Homo sapiens sapiens, ou seja o homem anatomicamente moderno, é mais velho do que se pensava: segundos achados fósseis recentes em Israel, já existia há pelo menos 92 mil anos. Até então, sua origem era estimada em não mais de 40 mil anos atrás.

Mãos de artesão

O antepassado mais troncudo do homem, o Australopithecus robustus, era um autêntico troglodita— vivia à base de uma dieta vegetariana só porque seu diminuto cérebro não Ihe sugeria lascar pedras para usá-las como facas e trinchar animais. Essa clássica imagem talvez seja falsa, a julgar por uma recente descoberta numa caverna sul-africana: ossos fossilizados da mão de um robustus, datados de 1,8 milhão de anos, indicam que ele estava apto a fazer e usar ferramentas. De acordo com Randall Susman da Universidade de Nova York, os dedos encontrados têm uma configuração semelhante à do homem moderno e podem muito bem ter sido flexíveis o bastante para transformar pedras e ossos em facas e martelos.

A descoberta reacende a polêmica sobre a supremacia do Homo em relação ao Australopithecus. Pois aquele já não seria necessariamente o primeiro a transformar a natureza em benefício próprio.

Mais do que isso, fica em xeque a teoria de que foi justamente o poder de produzir utensílios a adaptação crucial que garantiu a sobrevivência do Homo e não do Australopithecus. Mas, nesse caso, o que explica o desaparecimento da linhagem robusta dos hominídeos? A partir do estudo de dentes fósseis, sugere-se que a espécie nutria-se de raízes, sementes e fibras. Quando o clima da savana foi ficando mais frio e seco, tais alimentos começaram a sumir. De nada Ihes serviu ter ferramentas para cavar a terra em busca de raízes. Já o Homo, incluindo carne na dieta, sobreviveu.

Dé pé, contra o sol

Dos muitos mistérios que ainda recobrem a história dos primeiríssimos hominídeos, um dos mais fascinantes diz respeito ao bipedalismo—como se designa a exclusiva característica que permite à espécie humana locomover-se apenas sobre dois membros, os pés. Sabe-se que nossos ancestrais já andavam eretos antes mesmo de possuir um cérebro desenvolvido. Mas não se sabe a razão pela qual eles deixaram de andar de quatro. A teoria mais aceita até recentemente afirmava que isso aconteceu em conseqüência do manuseio de utensílios e ferramentas — as mãos precisavam ficar livres para segurar objetos. Mas essa atraente hipótese caiu por terra quando se descobriu que o andar ereto antecedeu em 2 milhões de anos a manufatura de ferramentas.

Os achados fósseis retiram também o sustento da idéia de que os hominídeos precisavam das mãos livres para levar comida para casa — ou como se chame o lugar onde suas companheiras ficavam tomando conta dos filhotes enquanto os machos iam atrás do pão de cada dia. O cenário é plausível, mas ao que tudo indica irreal. Estavam as coisas nesse pé quando meses atrás um professor da Escola Politécnica de Liverpool, Inglaterra, Pete Wheeler, compareceu ao debate com a revolucionária teoria de que a causa decisiva do bipedalismo foi o sol. Isso mesmo: segundo Wheeler, os antepassados do homem passaram a caminhar apoiados apenas nos pés para diminuir a área do corpo exposta ao causticante sol africano e assim proteger o órgão mais vulnerável ao aumento da temperatura — o cérebro. A maioria das espécies sobrevive à dose diária de calor graças a seus eficientes sistemas fisiológicos de refrigeração, que mantêm em níveis toleráveis a temperatura do sangue que se dirige ao cérebro. Desprovidos desse recurso natural, os ancestrais humanos trataram de se erguer para se proteger. Pelos cálculos de Wheeler, um hominídeo em pé ao meio-dia absorvia 60 por cento a menos de calor do que estando de quatro. “Ficar em pé”, diz o cientista, “é a maneira ideal de se manter frio nas caminhadas pela desguarnecida paisagem equatorial.”

Pobre homem das cavernas

De todos os mais recentes hominídeos nenhum foi tão desprezado como o Neandertal, o caricato homem das cavernas, cujo primeiro fóssil, achado na Alemanha em 1856, forneceu a pista inicial para a busca da ancestralidade humana. Durante muito tempo, os cientistas recusaram-se a aceitar o Neandertal como antepassado do homem, tão grotesco ele lhes parecia com seu crânio levemente encurvado e salientes sobrancelhas. Somente cem anos após a descoberta se comprovou que o Neandertal foi nosso parente no processo evolutivo.

Ele surgiu na Europa há 125 mil anos e sumiu abruptamente entre 40 mil e 30 mil anos atrás. Acredita-se que um grupo de Homo erectus deu origem ao Neandertal, assim como outro teria dado origem a uma variante Primitiva de Homo sapiens, mais conhecida como CroMagnon. Milhares de anos depois, algo favoreceu a sobrevivência deste em detrimento daquele. Meses atrás, foram descobertos em Israel fósseis de Homo sapiens de 92 mil anos, prova de que o homem moderno não só foi contemporâneo como pode até ter convivido com o homem do rio Neander.

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