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As cordiais acrobacias do Muriqui

O maior mamífero brasileiro, maior macaco do Continente, é um bicho ágil, sociável e de bom gênio. A ciência trata de conhecê-lo numa corrida contra o tempo: também ele pode desaparecer.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h27 - Publicado em 31 out 1990, 22h00

Luiz Weis, com Maria Inês Zanchetta e Marcelo de Oliveira

O dia amanhece. Começando a se debruçar sobre as montanhas, o sol acorda os pássaros da floresta cuidadosamente conservada da Fazenda Montes Claros, no município mineiro de Caratinga, 321 quilômetros a leste de Belo Horizonte. Aos gritos, eles disparam em busca da primeira refeição. Nos galhos mais altos das árvores, porém, outros bichos, abraçados, esperam preguiçosamente que a luz da manhã os aqueça, para só então cuidarem do desjejum vegetariano. De temperamento cordial, acrobáticos nos movimentos, eles são os muriquis, os maiores macacos das Américas e os maiores mamíferos nativos e exclusivos do Brasil. Por outros motivos também, formam uma população peculiar naquele ambiente. Para começar, tais representantes da espécie Brachyteles archnoides têm nomes próprios, quase todos em inglês, e isso se relaciona ao fato de estar em curso ali uma ambiciosa investigação científica a cargo de instituições brasileiras e americanas.

Black, Bruna e Brigitte, Cher, Cutlip e Clyde, Dian, Daniel e Diamond, Nilo, Nina e Nancy são alguns dos machos e fêmeas, adultos e jovens, cujas peripécias vêm sendo acompanhadas pela ciência tão de perto quanto permitem o habitat arbóreo, o zelo dos pesquisadores e os hábitos dos pesquisados. Graças ao dono da fazenda, Feliciano Abdalla, de 83 anos, que há mais de quarenta tomou a decisão de conservar nos 1 100 hectares da propriedade a Mata Atlântica e a integridade de seus habitantes, funciona ali desde 1976 um autêntico laboratório natural. Essa Estação Biológica, como dizem os cientistas, transformou-se no local que rendeu mais pesquisas com primatas do país.

Os primatas muriquis, às vezes chamados impropriamente monos-carvoeiros, o que costuma irritar os especialistas, fazem por merecer todas essas atenções. Em parte, por suas características, ainda mal conhecidas. Em parte, por não existirem em nenhum outro país. Mas, principalmente, porque — também eles — estão sob ameaça de extinção, dizimados pelos caçadores e pela destruição de seu magnífico território, o ecossistema único da Mata Atlântica, reduzida a menos de 10% do que devia ter sido quando aqui chegou o homem branco. Até onde é possível supor essas coisas com razoável precisão, viviam no Brasil de 400 anos atrás algo como 400 000 muriquis, designação dada pelos indígenas, querendo dizer “gente vagarosa”.

Um esforço cuidadoso de recenseamento, em 1971, chegou a um total aproximado de 3 000 animais. No ano seguinte, outra contagem apurou cerca de 2 000. Os números mais recentes oscilam de 350 a não mais de 500 indivíduos, esparsos em áreas protegidas em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Nos 890 hectares da Estação Biológica de Caratinga, pesquisadores brasileiros e do exterior tratam de acumular conhecimentos sobre esses macacos de 1 metro de altura e 20 quilos de peso. Os 84 muriquis da Fazenda Montes Claros dividem-se em dois grupos, Matão e Jaó, com aproximadamente o mesmo número de indivíduos. Os homens e mulheres que os estudam procedem de entidades nacionais, como a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade de São Paulo, internacionais, como World Wildlife Fund, e americanas, como National Science Foundation e National Geographic Society. O primeiro pesquisador a descobrir os muriquis da Fazenda Montes Claros, em 1971, foi Álvaro Aguirre, já falecido, da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN), do Rio de Janeiro. Depois dele, biólogos e zoólogos freqüentaram sistematicamente o local ao longo da década e rodaram um filme, O lamento do muriqui que se tornaria um marco no esforço pelo conhecimento e pela preservação da espécie. Hoje pesquisam os muriquis o antropólogo Francisco Dyonísio e o casal de biólogos Adriana e José Rimoli, todos da USP.

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Como seria de prever, muito tempo (e paciência) foi necessário até que os macacos se acostumassem com a presença desses humanos — os primeiros que não vinham para matá-los. Já nos contatos iniciais, os pesquisadores puderam perceber que os muriquis adotavam uma reação criativa ao que seria uma ameaça — o “comportamento de intimidação”. Um macaco fica suspenso apenas pela cauda, de cabeça para baixo portanto; nessa posição, recolhe os membros e contrai os músculos da cauda para se elevar. Enquanto isso, outros membros do grupo se abraçam a fim de parecerem maiores e emitem ruídos intensos. Então, o muriqui suspenso estica rapidamente os braços e a cauda como se fosse se lançar sobre o homem. À distância de apenas 3 metros, é um susto e tanto para o observador. Hoje, habituados aos homens, a conduta dos muriquis chega a ser amigável. O espetáculo da intimidação saiu de cartaz por falta de agressores.

Foi a americana Karen Barbara Strier, bióloga da Universidade Harvard, quem teve a idéia de dar nomes aos muriquis, ao notar entre os quase quarenta membros do grupo estudado, o Matão, acentuadas diferenças — pigmentação do rosto, cor dos pêlos, temperamento —, que permitiam a identificação individual. Cutlip, por exemplo, é um macho de pelagem marrom-clara, sem pigmentação no nariz e com um corte (cut) no lábio (lip) inferior. De índole sossegada, aprecia ficar sentado nos galhos, o olhar distante. Irv, de pelagem escura que torna preto o seu rosto, por ser um dos mais velhos do grupo, recebe muitas atenções. A partir dos primeiros nomes, criou-se um código de letras para facilitar o desenho de árvores genealógicas: a inicial do nome dos filhos deveria ser sempre a mesma da mãe. Assim, Bruna e Brigite são filhas de Bess. Nilo e Nina descendem de Nancy. Cecília (homenagem à bióloga paulista Cecília Torres de Assumpção, falecida em 1987) vem de Cher.

Os muriquis se locomovem entre as árvores com extraordinária rapidez, erguendo sobre a cabeça os braços de 70 centímetros em movimentos pendulares. Os dedos igualmente longos permitem-lhes agarrar com firmeza mesmo os galhos mais distantes. Sua agilidade, comparável apenas à dos gibões da Ásia e dos macacos-aranha da Amazônia, faz deles os grandes acrobatas da floresta. Ao contrário dos símios africanos, asiáticos e europeus, porém, os muriquis (assim como os macacos-aranha) não têm o chamado polegar oponível, o quinto dedo que tanto ajuda a segurar e a manipular objetos. A ausência não é uma carência. mas uma adaptação à vida na copa das árvores. Para balançar-se de um galho a outro, dedos compridos funcionam como perfeitos ganchos; o polegar só iria atrapalhar o movimento.

Outra adaptação à vida na copa das árvores é a cauda preênsil de 1,20 metro, que funciona como um quinto membro na locomoção e na alimentação. Sem pêlos na face ventral, a pele ali se assemelha à da palma das suas mãos. Sensível assim ao tato, permite ao muriqui manipular objetos tão pequenos quanto uma ervilha e carregá-los durante o deslocamento. A poderosa musculatura da cauda sustenta tranqüilamente o corpo do animal pendurado.

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Capaz de destinguir cores, ele identifica facilmente árvores frutíferas e folhas tenras, seus alimentos prediletos. Os olhos frontais proporcionam-lhe uma visão binocular, como a dos humanos, felinos e algumas aves de rapina. Isso possibilita avaliar com precisão a distancia dos objetos — um atributo essencial para quem vive pulando de galho em galho.

Mesmo assim, muriqui nenhum nasce sabendo saltar. As mães precisam ajudar os filhotes nas passagens mais difíceis, usando o próprio peso para aproximar os galhos de árvores diferentes ou quando a madeira for rija demais, formando com o corpo deitado, os braços e a cauda estendidos, uma ponte sobre a qual o júnior fará a travessia. Na sociedade muriqui, cuidar dos filhotes é tarefa exclusiva das mães. Nessa espécie, em que a expectativa de vida é de vinte anos, as fêmeas são férteis um mês por ano quando copulam indistintamente com vários machos. O acasalamento às vezes ocorre na presença de terceiros, sem que isso dê motivo a conflitos — algo infreqüente entre os primatas sociais. Depois de sete a oito meses, nasce o filhote (há casos de gêmeos). Durante os primeiros oito meses de vida o filhote se mantém preso ao ventre da mãe, perto das mamas. À medida que cresce, muda de posição, ficando, primeiro, agarrado lateralmente, depois nas costas, até perder definitivamente a carona materna. O desmame não ocorre antes de ano e meio, podendo dar-se aos 2 anos.

Nesse prolongado convívio com a mãe, o filhote aprende não só a saltar como também a emitir sons — um comportamento valioso à sobrevivência dos indivíduos e à coesão do grupo. Os pesquisadores da Estação Biológica de Caratinga descobriram que os muriquis produzem nada menos de 22 vocalizações distintas, cada uma com sua finalidade específica. Incluem-se aí o choro do filhote faminto, o trinado da fêmea no cio, o grito para assustar um eventual predador (como um quati atraído por um filhote que se soltou da mãe e caiu no chão). Quando o grupo se desloca, ao contrário do que ocorre com as espécies em que os machos formam um círculo protetor em volta das fêmeas e dos filhotes, o centro muriqui é masculino e a periferia, feminina.

Cena documentada pelos pesquisadores na Fazenda Montes Claros: diante de uma apetitosa árvore frutífera um enfrentamento entre o grupo Matão e o Jaó. Dois machos matões se abraçam, gritando, os olhos voltados ora para os machos jaós, ora para o parceiro. Na tentativa de impedir a aproximação dos adversários, outros cinco indivíduos se abraçam à dupla original, formando um cacho de sete machos adultos dependurados apenas pelas caudas. No entanto, o alarido da turma do Jaó, mais numerosa naquela circunstância, acaba prevalecendo e os matões desistem daquela fonte de alimento, retirando-se, como talvez fosse o caso de dizer, com o rabo entre as pernas. A importante moral da história é que a disputa foi resolvida literalmente no grito, sem combates físicos.

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A escassa beligerância é uma das características mais interessantes dos muriquis. “Tão reduzida agressividade é muito incomum”, comentou, admirada, a bióloga Karen Barbara Strier. Nisso eles se distinguem de outras espécies primatas, como o macaco-prego e o bugio, conhecidos pelo temperamento briguento. Dentro do grupo, mesmo quando um filhote provoca um adulto, quebrando um galho sobre sua cabeça, por exemplo, o máximo que pode acontecer é a vitima pôr o moleque a correr, mais para se livrar dele do que para castigá-lo. Tolerantes uns com os outros, dotados de grande capacidade de convívio, sua organização social é decididamente atípica, a ponto de os pesquisadores não terem conseguido identificar uma hierarquia rígida entre os indivíduos.

Embora os machos adultos — a elite muriqui — tenham mais direitos do que os jovens e, entre aqueles, os mais velhos sejam, digamos, mais iguais que os outros, não existe nada que lembre a figura do líder, o brutamontes que conquista no tapa ou na ameaça a prioridade na obtenção de comida ou no acesso a parceiras sexuais. O macho muriqui a quem o grupo concede o direito de ser o primeiro a alimentar-se não terá necessariamente a mesma primazia no acasalamento. A discriminação sexual, porém, é evidente: machos e fêmeas circulam em patotas separadas. Os grupos tampouco se misturam, embora a norma seja menos rígida quando se trata das fêmeas.

Normalmente quando chegam à idade reprodutiva, elas migram de uma turma para outra. Esse comportamento, observam os biólogos, é benéfico à espécie, pois amplia às possibilidades de adaptação às variações do meio, ao promover trocas genéticas entre os diferentes grupos e reduzir a ocorrência de problemas de consangüinidade.

Apesar desses ganhos adaptativos, o exercício da prerrogativa feminina de ir e vir não é isento de contratempos. Black que o diga. Fêmea nascida no grupo Matão, tendo se baseando para o Jaó, resolveu, para surpresa geral, tornar à casa antiga. Pois bem: durante bons cinco meses, a dita senhora foi alvo de desdém e hostilidade, permanecendo à margem da sociedade .Teimosa, ou talvez à falta de alternativas insistiu em readquirir a cidadania original. Aos poucos, as reações agressivas dos outros começaram a diminuir e, um belo dia, ela se viu novamente aceita, passando a ser procurada pelos machos tanto quanto qualquer outra dama nos períodos férteis.

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Todos esses eventos da vida muriqui são diligentemente anotados pelos pesquisadores, cientes de que ainda têm muito a aprender.

O interesse não é apenas acadêmico: o conhecimento, no caso dessa população minguante, tem por objetivo “contribuir para a continuidade de sua existência”, nas palavras do antropólogo paulista Francisco Dyonísio, o Dida, cuja tese de dourado trata justamente desses bichos. Ou, segundo a bióloga Adriana Rimoli, “a coleta de informações visa não só a preservar a espécie, mas também o ecossistema em que ela vive, pois são coisas integradas”. Ela dá um exemplo prático do que isso pode significar: “Se um dia o local for ameaçado pela construção de uma hidrelétrica, digamos, será possível reintroduzir os muriquis em outro ambiente natural, em vez de simplesmente jogá-los num zoológico”.

Para saber mais

Toda a vida do mundo

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(SUPER número 7, ano 4)

Um inabalável caso de amor

Há 46 anos, quando comprou a Fazenda Montes Claros, Feliciano Miguel Abdalla prometeu ao antigo dono não mexer nas matas nem nos animais que ali viviam. Era o que se podia esperar de alguém que desde pequeno tinha paixão pela terra e pelos bichos. No entanto, livrar-se dos caçadores que invadiam a região não era fácil. Certa vez, um empregado veio avisá-lo de que havia homens e c��es caçando na mata. Indignado, Feliciano levantou-se, puxou as calças acima da cintura, num gesto decidido, e mandou expulsar à bala os invasores, com uma ordem expressa: “É para acertar os caçadores, não os cachorros”. Pai de sete filhos, dos quais quatro mulheres, de dois casamentos, Feliciano, ou Ciano, como todos o chamam, é um homem afável, bem-humorado, bom de prosa. É também um dos fazendeiros mais ricos da região de Caratinga, no nordeste de Minas, onde nasceu: tem nada menos de doze fazendas, algumas de café e outras de gado leiteiro.

Filho de um dos muitos imigrantes libaneses que começaram a vida como mascates nos sertões das Gerais e terminaram prósperos comerciantes e fazendeiros, aos 14 anos Ciano escolheu trabalhar nas terras do pai —e nunca saiu do campo. Isso não o impediu de se tornar um homem informado, que gosta de ler e discutir sobre tudo, de política a religião. De hábitos simples, não há quem o convença a colocar luz elétrica na fazenda. Dorme pouco, acorda às 4 horas e, apesar dos 83 anos, só pára de trabalhar quando escurece. Não há um palmo da fazenda que não conheça nem um arbusto que não mereça o seu carinho. Rigoroso, não permite que se retire nem um galho sequer da mata — tão intenso o seu inabalável amor pela natureza.

A grande árvore dos primatas

Entre macacos, símios — e o próprio homem, seu aparentado —, o grupo dos primatas compreende cerca de 200 espécies, todas descendentes de um remotíssimo ancestral comum, o musaranho, pequeno mamífero comedor de insetos, do qual se originaram também seres tão diferentes entre si como os morcegos, as baleias e os tamanduás. Os primeiros primatas surgiram há uns 65 milhões de anos. Tinham hábitos noturnos, viviam tanto em árvores como no chão e se alimentavam de frutos e folhas. Por volta de 50 milhões de anos atrás, começaram a espalhar-se pelo mundo. No processo de competição por recursos vitais, acabaram varrendo do mapa outros primatas, os chamados prossímios, dos quais sobreviveram apenas os antepassados dos atuais lêmures em sossegado isolamento na ilha de Madagascar, a leste da África.

Como os símios vieram parar aqui é uma questão que divide os pesquisadores. Uma teoria sustenta que os macacos da América do Sul originaram-se de espécies africanas que atravessaram o Atlântico a bordo de jangadas — na verdade, grandes blocos de terra, recobertos de raízes, que se haviam desprendido das margens dos rios, levando consigo seus moradores. A distância relativamente pequena entre a África e a América há 40 milhões de anos torna essa hipótese plausível. Outra teoria afirma que a macacada sul-americana descende de prossímios da América do Norte que migraram por um istmo onde hoje é América Central; milhões de anos depois, quando a passagem deixou de existir, os tatataranetos daqueles viajantes, isolados, desenvolveram suas próprias linhagens e uma característica anatômica exclusiva — a cauda preênsil que funciona como um quinto membro.

Uma coisa é certa: todos os primatas sul-americanos têm um antepassado comum, tenha ele vindo por mar ou por terra. A prova está nas suas narinas achatadas e afastadas, com as aberturas orientadas lateralmente, motivo pelo qual se chamam platirrínios. Já seus primos do Velho Mundo, os catarrínios, como os gorilas, chimpanzés, babuínos e mandris, têm as narinas unidas, com as aberturas para baixo ou para a frente. Maior território da América do Sul, o Brasil é por excelência o país dos primatas, abrigando nada menos de 44 espécies, agrupadas pelos zoólogos em três famílias. Os cebídeos compreendem, entre outros, o muriqui, o bugio, o macaco-prego e o aranha, num total de 24 espécies; os calitriquídeos, como o mico-leão e o sagüi, são dezenove; calimiconídeo só existe um, o calimico-goeldi.

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