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Espiritismo – Uma ponte com o além

Os espíritas oram para o mesmo Deus dos cristãos. Mas acreditam em reencarnação e acham possível fazer contato com os mortos

Por Álvaro Oppermann
Atualizado em 22 nov 2018, 16h01 - Publicado em 18 fev 2011, 22h00

Tudo começou em Hydesville, no Estado de Nova York, EUA. Era dezembro de 1847. A neve e a pouca luz do gélido inverno na costa leste americana davam um tom sombrio aos estranhos fenômenos ocorridos na casa da família Fox.

Ruídos e deslocamento de objetos, como copos e talheres, insistiam em assombrar as irmãs Catherine, Leah e Margaret. Um espírito estava instalado na residência. Isaac Post, amigo da família, sugeriu que se tentasse algum tipo de comunicação com aquela pobre alma. Numerando letras, ele pediu ao ente sobrenatural que produzisse golpes para formar palavras. E assim foi feito. Seu nome era Charles B. Rosna. Ele havia sido assassinado na casa e enterrado no porão. Os Fox escavaram o local – e, de fato, encontraram ossos humanos.

A notícia causou sensação instantânea e cruzou o oceano Atlântico, despertando a curiosidade de milhares na Inglaterra e na Alemanha. Em 1854, um professor francês chamado Hippolyte Rivail também se interessou pelos fenômenos. Por conselho dos espíritos, adotou o nome “Allan Kardec”. Sob essa identidade, publicou diversas obras, como O Livro dos Espíritos, em 1858, e O Evangelho Segundo o Espiritismo, em 1864. Era o início do espiritismo kardecista.

Mediunidade

A doutrina de Allan Kardec se tornou a escola mais difundida do espiritualismo ao redor do mundo. Em comum, todas elas acreditam na possibilidade de comunicação com os mortos – que ocorre por meios materiais, como no caso das chamadas “mesas girantes” (quando os espíritos dão pancadas no chão usando os pés de uma mesa ou de uma cadeira). A “ponte com o além” é feita por indivíduos de extraordinária sensibilidade a fenômenos sobrenaturais: os médiuns.

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O espiritismo não rompeu com as ideias cristãs. O próprio Allan Kardec era católico, além de maçom. A originalidade da crença está no conceito de evolução: os seres evoluem com a reencarnação – e a vida futura deixa de ser uma hipótese para se tornar uma realidade palpável. Kardec insistia no fato de que a doutrina espírita, no fundo, é uma ciência. E que sua moral está de acordo com os ensinamentos de são Paulo Apóstolo, são Francisco de Assis, Buda e Mahatma Gandi, entre outros grandes guias espirituais da humanidade.

Espíritas famosos
Conversando com os mortos, eles ajudaram a escrever a história do espiritismo

CHICO XAVIER (1910-2002)
Mineiro de Uberaba, foi o mais famoso médium e divulgador do espiritismo no Brasil. Notabilizou-se pelas psicografias – 412 livros ao longo de sua vida, que teriam sido “ditados” por espíritos.

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CONAN DOYLE (1859-1930)
O escritor britânico, criador do personagem Sherlock Holmes, tornou-se espírita em 1887, quando participou de suas primeiras sessões mediúnicas. Algum tempo depois, escreveu o livro A História do Espiritismo (Editora Pensamento).

THOMAS EDIN (1847-1931)
Além de inventor da lâmpada, o cientista americano foi um fervoroso defensor das ideias espíritas. “Se nossa personalidade continua a existir depois da morte, é razoável concluir que exista um meio de se comunicar com aqueles que já deixaram a Terra.”

Para saber mais

• ABC do Espiritismo
Victor Ribas de Carneiro, Federação Espírita do Paraná, 1996.

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