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Hábitos que fazem mal ao ouvido

Como avaliar problemas de audição.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h32 - Publicado em 31 mar 2006, 22h00

Você certamente já fez o tradicional teste das letrinhas para verificar se está enxergando direito. Mas será que já fez algum teste para saber se está escutando bem? Ao contrário do que ocorre com a visão, quando geralmente somos os primeiros a notar algo de errado, os problemas de audição costumam ser percebidos de imediato por quem convive conosco. Se sua família ou seus amigos reclamam que você sempre deixa o volume da TV alto demais ou que você vive gritando em vez de falar normalmente, é um indício de que pode haver algum problema. Se você acha difícil acompanhar uma conversa em um lugar que haja barulho, principalmente com mulheres ou crianças (que em geral possuem vozes mais agudas), ou não costuma escutar quando a campainha ou o telefone tocam, esses também são sinais de que algo pode estar errado. O ponto em comum nas situações descritas: você escuta, mas não consegue entender direito o que escutou. É o início da surdez.

Normalmente, a reação de uma pessoa que passa por isso é de resignação ou negação do problema, atribuindo a perda da audição ao envelhecimento ou a outro processo natural. “No Brasil, algumas pesquisas mostram que mesmo pessoas com fortes indícios de surdez, especialmente na terceira idade, demoram em média seis anos para procurar o médico”, diz o médico Luiz Carlos Alves Souza, presidente da Associação Brasileira de Otologia. Um dos principais motivos dessa demora é o preconceito que ainda existe contra a surdez e as questões auditivas. Enquanto os problemas de visão são socialmente aceitos e considerados normais – os óculos podem até mesmo dar um charme –, uma pessoa que utiliza o aparelho auditivo quase sempre é encarada como portadora de uma deficiência. Uma imagem equivocada, segundo os médicos. “Hoje em dia, quem procura o médico otorrinolaringologista tem acesso a diversos tipos de tratamento, desde medicamentos até aparelhos de audição miniaturizados que praticamente devolvem a plena audição aos pacientes”, afirma Souza.

Se você estiver perdendo a audição, um conselho dos médicos: quanto antes procurar a ajuda de um especialista, melhor. As perdas leves podem se agravar se não forem tratadas. As pessoas afetadas, além de ter a qualidade de vida prejudicada, são vítimas de diversos tipos de transtornos psicológicos que vão desde frustração, medo e vergonha até solidão, depressão e isolamento social, sobretudo quando os problemas aparecem de forma brusca na terceira idade.

Surdez congênita

A surdez é um dos problemas físicos mais freqüentes na população mundial. Segundo estimativas do Instituto Britânico de Pesquisas Auditivas, há no mundo 560 milhões de pessoas com dificuldades ou perda de audição, que costumam vir acompanhadas de zumbidos ou ruídos no ouvido, vertigem, dor de ouvido e outros sintomas. De cada 1 000 crianças que nascem, em média quatro sofrem de surdez congênita. No Brasil, estima-se que 15 milhões de pessoas tenham algum tipo de dificuldade em ouvir, sendo que 350 mil são totalmente surdas. “Cerca de 70% de nossos idosos sofrem de algum problema auditivo. A maioria são pessoas de baixa escolaridade e pouco poder aquisitivo”, afirma Souza. Mas, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Luterana do Brasil, em Porto Alegre, 26% dos entrevistados sofriam de alguma forma de diminuição na capacidade de ouvir independentemente da faixa etária.

A surdez pode resultar de várias causas. Algumas têm a ver com problemas na transmissão do som através do ouvido devido a algum bloqueio das ondas sonoras nos ouvidos externo e médio. Isso acontece quando o pavilhão (a “concha” que forma a orelha) ou o canal auditivo sofrem deformações, traumas, inflamações e tumores. Obstruções do canal por acúmulo de cera ou um crescimento anormal do osso na cavidade do ouvido médio também podem causar danos. A outra classe principal de problemas são os chamados neurossensoriais, em que a causa está no ouvido interno ou em outras estruturas centrais, como o nervo auditivo. Por fim, pode haver também casos que misturam tudo isso – o som tem dificuldade de atravessar o ouvido e também não consegue ser transmitido corretamente para o cérebro.

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Muitas vezes, a surdez é congênita, ou seja, existe desde o nascimento. Sua causa pode ser hereditária ou não. Doenças da mãe na gravidez (como rubéola, sarampo, varicela, diabetes e alcoolismo), medicamentos que estavam sendo tomados e complicações de parto (nascimento prematuro, falta de oxigênio) podem deixar o bebê surdo.

Por trás de metade dos problemas auditivos congênitos há algum fator genético. A surdez é mais comum em certas famílias devido a alterações e mutações de determinados genes. Essas alterações no DNA são herdadas de um ou dos dois pais e podem ser transmitidas para os descendentes, o que explica a existência de famílias com vários membros que têm dificuldade de audição. Até agora os cientistas já catalogaram mais de 400 tipos de surdez hereditária, mas ainda se sabe muito pouco a respeito dos genes que as provocam. Na última década, os geneticistas localizaram mais de 100 deles e descreveram a estrutura de 50 fragmentos genéticos que causam problemas em nível celular e bioquímico, principalmente na cóclea. Os cientistas conseguiram informações úteis a respeito de dez deles. Um dos genes mais estudados é o Cx26, com mais de 60 alterações identificadas. Ele é responsável por 40% dos casos de surdez profunda congênita.

A versão sadia desse gene controla a síntese de conexina, uma proteína que tem um papel importante na comunicação celular. Outro gene, localizado no DNA das mitocôndrias – as centrais energéticas das células –, parece ser responsável por 20% das surdezes familiares suaves e severas. É o gene rRNA-12S.

Essa linha de pesquisa está permitindo a criação de testes genéticos para a detecção precoce da surdez em recém-nascidos de famílias com transtornos auditivos, assim como adotar ações educativas o mais precocemente possível. No caso de alteração no gene rRNA-12S, sua identificação pode inclusive prevenir o ensurdecimento. Seus portadores têm predisposição para desenvolver uma surdez profunda caso tenham sido tratados com tipos específicos de antibiótico. Evitando o contato com esses remédios, afasta-se o fantasma desse mal. “Conhecemos vários outros defeitos no DNA, além desses”, diz Souza. “Muito em breve esses testes serão de rotina na investigação da surdez infantil e mesmo em adultos, que podem desenvolver uma surdez genética mais tarde na vida.”

Teste da orelhinha

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Não só de exames genéticos é feito o diagnóstico precoce da surdez ou de outros problemas relacionados. Hoje já está bastante disseminado o exame baseado em otoemissões acústicas – o “teste da orelhinha”. Um aparelho que emite sons de cliques é colocado bem próximo do ouvido do paciente. Os “ecos” que esses sons produzem ao atravessar a cóclea são captados por uma sonda e analisados por um computador. Dessa forma, é possível verificar se o ouvido interno está processando corretamente os sons que chegam até ele. “Como é um exame rápido e simples que não depende da colaboração do paciente, ele é ideal para detectar problemas auditivos em recém-nascidos”, diz Liliane Desgualdo Pereira, chefe do Departamento de Fonoaudiologia da Escola Paulista de Medicina, em São Paulo. “Em várias cidades brasileiras, há leis que obrigam esse teste em todos os bebês. Apesar da sua alta eficiência e baixo custo (cerca de 40 reais), parece que essa foi mais uma das leis que não pegaram”, diz Souza.

As vantagens desse exame são enormes. Antes, só era possível detectar problemas de surdez em crianças a partir dos 2 ou 3 anos. Com as otoemissões acústicas, é possível realizar a verificação já aos 2 meses de idade. Essa diferença permite realizar o tratamento mais adequado, seja ele médico ou cirúrgico, tão rápido quanto possível, explica Liliane. “Se a criança não escuta direito, ela vai ter problemas em aprender a linguagem ou talvez nem mesmo consiga adquiri-la. Isso se traduz em dificuldades de relacionamento com outras crianças e adultos, o que acaba causando alguns problemas de comportamento.”

O diagnóstico precoce também ajuda a escolher a melhor forma de tratamento. Entre as principais opções nos casos mais avançados estão os aparelhos auditivos e os implantes cocleares. Os aparelhos para surdez são os mais conhecidos e, basicamente, são pequenos dispositivos eletrônicos com um microfone que capta os sons, um amplificador e um pequeno alto-falante que envia o som amplificado diretamente para o canal auditivo. “Atualmente, esses aparelhos estão muito sofisticados e inteligentes. Possuem mecanismos que podem amplificar apenas a fala de uma pessoa, deixando de fora os ruídos do meio ambiente”, explica a fonoaudióloga.

Quando a surdez é profunda, o aparelho auditivo não costuma ser suficiente para o problema. É aí que entram os implantes cocleares. São pequenos aparelhos inseridos cirurgicamente no ouvido, que captam os sons e os transformam em sinais elétricos a ser enviados para o nervo auditivo. Mais uma vez o diagnóstico precoce favorece os melhores resultados. Nos casos envolvendo crianças, que ainda estão aprendendo a falar, o implante coclear pode dar condições de uma vida normal a alguém que estava praticamente condenado a uma surdez quase incapacitante.

Uma pesquisa realizada pela clínica da Universidade de Navarra, na Espanha, acompanhou diversas crianças com surdez profunda que receberam implantes antes dos 3 anos de idade. Cerca de 90% delas, após quatro anos, eram capazes de manter uma conversa com uma voz conhecida sem precisar olhar para o interlocutor – ou seja, sem o auxílio de recursos como a leitura labial. “Além do implante, é necessário muito treinamento auditivo e de linguagem”, explica Liliane. “O índice de sucesso é bastante alto, sendo muito superior ao do uso de aparelhos de surdez em casos severos.”

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Outras recomendações

Os médicos contam hoje com um formidável arsenal de técnicas de detecção e tratamento da surdez. O problema, dizem eles, é conscientizar as pessoas a tomar cuidados preventivos. A explicação é simples: de todos os casos de surdez adquirida (que não tem causas genéticas), mais da metade são causados por exposição excessiva ao barulho.

Em nossa sociedade, castigamos tanto nossos tímpanos que podemos chegar ao extremo de acelerar a perda natural da audição devido à idade e nos tornar um pouco mais surdos. Alguns estudos apontam que o número de jovens com deficiência de audição está aumentando em boa parte por causa do alto volume do som em casas noturnas e shows musicais e o uso prolongado de aparelhos como walkman e iPod, que podem superar os 100 decibéis de pressão sonora. Um nível sonoro a partir dos 85 decibéis causa fadiga sonora e, dos 100 decibéis em diante, há o risco de provocar lesões irreversíveis aos ouvidos. Esses níveis podem ser alcançados ou mesmo superados em alguns ambientes de trabalho. Basta sair na rua em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, para ouvir sons de mais de 85 decibéis apenas com o tráfego. “As cidades e nossa vida se tornaram mais barulhentas, e isso pode contribuir para escutarmos menos”, diz Liliane. “Quanto mais pudermos evitar a exposição desnecessária a sons muito fortes, melhor para nossos ouvidos”, diz Souza.

Adaptação Carlos Nasser

Cuidados variam com a idade

Como avaliar se umacriança está crescendo semproblemas de audição

Antes dos 3 meses

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• Nessa idade, a maioria dos bebês se sobressalta com ruídos fortes

• Quando chora, parece se acalmar ao ouvir a voz de sua mãe, ao menos momentaneamente

• Parece reconhecer melhor a voz de sua mãe do que a de outras pessoas

• Gira a cabeça em direção à fonte de ruído

De 4 a 8 meses

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• Gira a cabeça quando a fonte de som está fora de seu campo visual

• Começa a se entreter com brinquedos que fazem barulho

• Começa a tentar pronunciar palavras quando alguém fala com ela, em torno de 6 meses

De 8 a 12 meses

• Começa a imitar ruídos à sua maneira. Vira-se para a fonte de som quando é chamada pelo nome

• Parece começar a gostar de música, prestando atenção e até mesmo “cantando” junto

• Entende palavras e sentenças simples de uso comum, como mãe, pai, sim, não e tchau

De 12 a 16 meses

• Compreende muitas palavras e já é capaz de pronunciar algo em torno de 25 palavras

De 18 a 24 meses

• Começa a compreender que todas as coisas possuem um nome e a construir frases com as palavras que conhece. Tem um vocabulário que varia entre 100 e 200 palavras

De 24 a 36 meses

• Aumenta notavelmente o vocabulário, até 400 palavras, e a facilidade para compreender frases

• Gosta que leiam histórias e mostra as figuras nos livros. Quando lhe pedem, aponta as imagens

• Interessa-se pelo rádio e pela TV

• Gosta de cantar

4 anos

• Relata experiências e acontecimentos recentes e pode executar uma seqüência de ordens simples, como “pegue a bola, dê para o cachorro”

5 anos

• Sua linguagem é inteligível, ainda que alguns sons possam ser mal pronunciados. A família e os vizinhos conseguem entender a maior parte do que a criança diz

• Já conversa, embora o vocabulário possa ser limitado. Seus padrões gramaticais são corretos a maior parte do tempo

Como escutamos

O órgão de audição tem três seções principais: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. Entenda o papel de cada um na propagação das ondas sonoras até o cérebro.

Ouvido externo

É composto pelo pavilhão auditivo – a orelha – e pelo canal auditivo. Sua principal função é concentrar as ondas sonoras e conduzi-las até o tímpano, a porta de entrada do ouvido médio. O canal auditivo tem pequenos pêlos e produz cera, uma barreira contra infecções e visitantes indesejados.

Ouvido médio

As ondas sonoras que chegam pelo ouvido externo fazem a membrana do tímpano vibrar. Esse por sua vez está ligado a uma “engrenagem” composta de três pequenos ossos: o martelo, a bigorna e o estribo. Quando o tímpano vibra, esses ossos ampliam os movimentos e os transmitem para a janela oval, que marca a entrada do ouvido interno. Para garantir que a pressão do ar dentro do ouvido médio seja a mesma que a do ambiente externo, existe um canal chamado trompa de Eustáquio, que se comunica com a garganta. Dessa forma, se evita que o tímpano se rompa no caso de um barulho muito forte e repentino.

Ouvido interno

É aqui que o som será convertido em impulsos elétricos e transmitido ao cérebro. Os responsáveis por esse trabalho são células com o formato de pêlos, que formam o aparelho de Corti. Ele fica distribuído ao longo da cóclea, um canal com formato de caracol preenchido com um líquido denso – que é compartilhado com os canais semicirculares, responsáveis pela noção de equilíbrio. Depois dessa conversão, os sinais chegam ao nervo auditivo, que irá transportá-los até o cérebro para ser interpretados.

Teste

Você tem problemas de audição?

Este questionáriopermite verificar como está asaúde de seus ouvidos

JOVENS E ADULTOS

Quando fala ao telefone, fica cada vez mais difícil ouvir o interlocutor?

( ) Sim

( ) Não

Tem dificuldade para entender uma conversa com mais de uma pessoa?

( ) Sim

( ) Não

As pessoas se queixam de que você põe o volume do rádio ou da TV alto demais?

( ) Sim

( ) Não

Acha que escuta bem, mas precisa se esforçar para entender as conversas?

( ) Sim

( ) Não

Tem dificuldade para acompanhar conversas em lugares públicos, como um restaurante?

( ) Sim

( ) Não

Tem de pedir freqüentemente para que as pessoas repitam o que acabaram de dizer?

( ) Sim

( ) Não

Acha que muitas pessoas com quem você conversa murmuram ou não vocalizam bem?

( ) Sim

( ) Não

Entende mal o que as pessoas dizem e responde de maneira inadequada?

( ) Sim

( ) Não

Tem problemas para entender vozes de mulheres e crianças?

( ) Sim

( ) Não

Você já trabalhou em lugares com muito ruído, como aeroportos, construções, linhas de montagem e casas noturnas?

( ) Sim

( ) Não

RESULTADO

Se você respondeu sim para três ou mais perguntas, é aconselhável procurar a ajuda de um otorrinolaringologista.

BEBÊS COM ATÉ 18 MESES

0 = Quase sempre

1 = Metade das vezes

2 = De vez em quando

3 = Nunca

Os ruídos fortes fazem com que o bebê se mova ou até mesmo chore

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

Os ruídos muito fortes sempre o despertam

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

Minha voz tranqüiliza meu filho, mesmo quando não o pego no colo

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

Quando meu filho não me vê, ele gira os olhos e a cabeça na direção da minha voz

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

DE 18 MESES A 3 ANOS

Meu filho consegue apontar para membros da família ou objetos quando lhe pedem

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

A criança responde sempre na primeira vez que é chamada

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

A criança imita palavras e sons

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

O tom da voz de meu filho é parecido com o de outras crianças da mesma idade

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

Meu filho escuta rádio e TV num volume normal

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

PONTUAÇÃO

De 0 a 5 pontos

A criança tem baixo risco de problemas auditivos

De 6 a 12 pontos

É aconselhável levar a criança a um pediatra ou otorrinolaringologista. Mesmo problemas leves de audição precisam ser tratados

De 13 pontos em diante

Procure um especialista o mais rápido possível

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