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Havaí emite alerta de surto de vermes invasores de cérebros

Lesminhas como aquelas encontradas na salada bateram recorde de meningite parasitária na ilha de Maui

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
10 abr 2017, 13h11

Nos últimos três meses, a ilha de Maui, no Havaí, registrou seis ocorrências de um parasita que invade o cérebro e o sistema nervoso. Pode parecer pouco, mas a ilha só tinha dois casos registrados da doença em uma década inteira.

E as autoridades de saúde preveem que novos casos vão surgir. Isso porque o parasita, Angiostrongylus cantonensis, parente da famosa lombriga, foi encontrado não só em Maui, mas em Oahu, Kauai e Ilha Grande, outros territórios do arquipélago.

As larvas do verme habitam em pequenas lesmas. Elas só amadurecem dentro do corpo de ratos, que eliminam o parasita nas fezes – e elas voltam a contaminar lesmas, fechando o ciclo, além de outras espécies, como camarão, sapo e caranguejo.

É por meio da alimentação que o parasita infecta humanos. Além da ingestão de animais infectados, vegetais e frutas cruas e mal lavadas podem conter pedaços das lesminhas doentes.

Na maioria das vezes, o corpo elimina sozinho essa ameaça. Mas ela cresce quando o parasita vai parar no sistema nervoso central. Uma vez por lá, ele se espalha pelo líquido que “lubrifica” o cérebro, causando meningite parasitária. Os sintomas são dores de cabeça, tremores, dormência em partes do corpo e febres que, por vezes, são fatais. Pacientes comparam a sensação com a de ter a cabeça perfurada por uma agulha de crochê.

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As recomendações das autoridades havaianas são de dobrar os cuidados de higienizar salada e frutas e evitar o contato com qualquer tipo de lesma ou caracol.

No Havaí, a suspeita nº 1 de causar o surto é uma espécie de “semilesma”, uma mistura de lesma (sem concha) e caracol (com concha externa), cuja população na ilha cresceu simultaneamente ao reaparecimento da doença. Atualmente, 80% dos indivíduos desta espécies hospedam o parasita que invade o cérebro.

No entanto, a doença foi identificada pela primeira vez em Taiwan, em 1944 – e, por isso, alguns especialistas acreditam que a culpada pelo espalhamento do verme é, para variar, a globalização.

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