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Hipocondríacos podem ficar (literalmente) doentes de preocupação

Ficar muito preocupado com doenças pode te deixar, bem, doente

Por Lindsay Holmes do HuffPost Brasil
Atualizado em 11 mar 2024, 13h10 - Publicado em 12 dez 2016, 18h23

Atenção, hipocondríacos: como se não bastasse sua preocupação constante com a saúde, um estudo recente mostra que essa intranquilidade pode expô-los a um risco maior de contrair doenças.

Pesquisadores da Noruega descobriram que pessoas que apresentam aquilo que é descrito clinicamente como “ansiedade com a saúde” ou “transtorno de ansiedade com a saúde” têm chances duas vezes maiores de sofrer um ataque cardíaco ou dores agudas no peito do que as pessoas que não se preocupam com sua condição física.

Os resultados foram publicados este mês no periódico especializado BMJ Open.

Os autores do estudo analisaram dados de saúde de mais de 7.000 participantes do Estudo de Saúde Norueguês Hordaland, um estudo de longo prazo realizado pelo Serviço Nacional de Exames Clínicos e a Universidade de Bergen. Os cientistas examinaram o status de saúde dos participantes ao longo de 13 anos e avaliaram seus níveis de ansiedade com a saúde.

Durante esse período os participantes também passaram por um checape físico, com medições de altura, peso, pressão sanguínea e exames de sangue.

Depois de levar em conta fatores de risco conhecidos (como a pressão sanguínea, por exemplo), os pesquisadores concluíram que os participantes com altos níveis de ansiedade com a saúde corriam risco 70% maior de apresentar doenças cardíacas. Isso, eles escreveram, “destaca a importância do diagnóstico e tratamento corretos da ansiedade com a saúde”.

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É evidente que há algumas ressalvas em relação à pesquisa. Os resultados do estudo não explicam causa e efeito, ou seja, não há nenhum insight sobre a razão por que ser hipocondríaco está associado a uma chance maior de desenvolver um problema cardíaco grave.

LEIA: Otimismo pode evitar infecções, AVC, câncer, doenças cardíacas…

E, como aponta o Science of Us, a amostra da população escolhida para o estudo não é totalmente representativa de diferentes etnias, estilos de vida ou históricos familiares, fatores esses que possivelmente exerçam influência maior sobre o risco de doença cardíaca.

A pesquisa destaca os efeitos potencialmente negativos e profundos da ansiedade sobre o corpo. Ao mesmo tempo em que os pesquisadores recearam que pacientes pudessem interpretar incorretamente seus sintomas de ansiedade como sendo sinais de doença cardíaca, eles notaram que os componentes fisiológicos da ansiedade podem exercer efeito cumulativo sobre os riscos cardíacos.

O cortisol, o hormônio liberado quando uma pessoa passa por ansiedade grave, já foi ligado a problemas do sono, ganho de peso e deficiência de memória. As conclusões do estudo trazem mais evidências ainda de que a saúde física e a saúde mental estão completamente interligadas.

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Se a preocupação estiver atrapalhando seu dia a dia, pode ser útil buscar a ajuda de um profissional de saúde mental ou até mesmo tentar uma terapia online. A ansiedade com a saúde pode ser administrável quando a pessoa conta com o apoio correto, usando técnicas como a terapia comportamental cognitiva. O importante é enfrentar a ansiedade diretamente.

“A evitação não é uma boa estratégia”, disse anteriormente ao Huffington Post o diretor adjunto de psiquiatria e ciências comportamentais da Escola de Medicina da Universidade Stanford, David Spiegel. “Quanto mais você enfrenta e lida com as coisas que o estressam, mais você poderá dominá-las.”

E evite a todo custo recorrer ao “Dr.” Google. É provável que isso apenas agrave seus problemas.

Este conteúdo foi originalmente publicado no HuffPost Brasil

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