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Por que os médicos chamam tudo de virose?

Por Michele Silva
Atualizado em 31 out 2016, 18h33 - Publicado em 30 nov 2008, 22h00

Para o professor emérito da Faculdade de Medicina da USP, Vicente Amato Neto, a palavra está desmoralizada. “Abusa-se do termo ‘virose’. Existem muitos recursos que permitem a médicos e paramédicos fazerem diagnósticos melhores”, diz. “Virose” realmente não é muito preciso: identifica todas as doenças infecciosas causadas por vírus, uma carapuça que serve a problemas tão diversos quanto diarréia, febre, dores musculares, coriza, otite, amidalite e, ao pé da letra, até aids.

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Em defesa dos médicos, muitas vezes os vírus só podem ser identificados após uma investigação profunda e desnecessária. “Na maioria dos casos de virose, não vale a pena pedir uma bateria de exames. O resultado vai sair quando o paciente já estiver curado”, afirma a médica-assistente da Divisão de Moléstias Infecciosas do Hospital das Clínicas de São Paulo, Maria Claudia Stockler. Assim, quando um paciente chega ao consultório com sintomas leves e não há ameaça de epidemia, costuma-se recorrer ao veredicto superficial, mas eficiente.

Para complicar mais o diagnóstico, o mesmo vírus pode provocar sintomas diferentes. Ou seja, a sua conjuntivite pode provocar o resfriado alheio porque são causados pelo mesmo sujeito, o adenovírus.

Outro motivo que contribui para a onipresença da virose é que não faltam oportunidades para pegar uma. Ambientes fechados favorecem o contágio, assim como copos, teclados e alimentos podem passar adiante aquela gripe esperta.

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