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Sexo com neandertais espalhou a DST mais comum do mundo

Geneticistas descobriram que o tipo mais letal do vírus chegou a nós quando nossos ancestrais transaram com nossos “primos” extintos.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 jan 2023, 20h11 - Publicado em 24 out 2016, 15h23

O papilomavírus humano, também conhecido como HPV, é a DST mais comum no mundo – mais de 80% das pessoas já tiveram uma infecção assintomática e nem ficaram sabendo. São mais de 100 tipos de HPV, a maioria com um impacto leve. Só que a doença tem algumas versões perigosas, como o HPV 16, que pode causar câncer de colo de útero – e a culpa disso, segundo novas descobertas da genética, é dos Homo sapiens antigos que inventaram de transar com os neandertais.

Todo mundo tem um pouco de DNA neandertal por causa do que rolou entre as duas espécies. E foi justo nessa época que um subtipo do HPV 16 se espalhou pelo mundo. De acordo com a análise de 118 sequências de DNA viral, uma equipe internacional de cientistas modelou estatisticamente como o HPV foi sofrendo mutações e evoluindo ao longo do tempo.

A partir desses dados, os geneticistas analisaram a evolução do DNA humano com a do HPV e descobriram que elas não caminharam juntas: no máximo, 30% da atual distribuição geográfica do HPV é fruto da ação exclusiva do Homo sapiens. Ou seja, o restante da população atual do vírus também foi hospedada em outra(s) espécie(s).

De acordo com os cientistas, pela época e pela linha evolutiva do vírus, o mais provável é que as linhagens do papilomavírus tenham se desenvolvido paralelamente em Homo sapiens e Homo sapiens neanderthalensis. Nossos ancestrais diretos teriam desenvolvido os tipos B, C e D de HPV 16. Só que o HPV 16 que conhecemos hoje em dia, que causa verrugas e câncer, é descendente de uma quarta variante, o HPV 16 A.

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A teoria mais provável é que, quando os humanos saíram do continente africano em direção à Europa e à Ásia tenham encontrado os neandertais. O clima rolou… E os descendentes dessas relações foram contaminados com o subtipo HPV 16 A, que evoluiu com os neandertais e nunca mais desgrudou da gente.

Uma das evidências que apoia essa hipótese é o fato do HPV 16 moderno ser raro na África, especialmente na região ao sul do Saara. Já no resto do mundo, essa variação do vírus é muito comum. Os cientistas acreditam que, ao saber mais sobre como a genética e o HPV se relacionam, podem entender melhor por que algumas pessoas não têm problemas sérios com o vírus, enquanto em outras a infecção leva ao câncer.

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