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Vacina e antibióticos: A mão da ciência

Na guerra contra os micróbios nocivos, as vacinas e os antibióticos são uma arma preciosa da Medicina.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h37 - Publicado em 1 out 1998, 22h00

Xavier Bartaburu

Dublê de micróbio

A vacina estimula os anticorpos.

Você já teve catapora? Se não teve, trate de ficar longe de quem está com a doença. Se já teve, tudo bem, pois não vai pegar de novo. O seu sistema imunológico criou anticorpos específicos, capazes de identificar e destruir o vírus causador da catapora. A vacina (foto) age exatamente da mesma maneira. A única diferença é que os anticorpos são introduzidos no organismo, de propósito, em vez de ser produzidos naturalmente. Como um dublê do vírus ou da bactéria, a vacina faz o sistema imunológico se comportar como se já tivesse contraído a doença antes. Na maioria dos casos, é aplicada com injeção. Se você comesse ou bebesse a vacina, ela seria destruída pelo aparelho digestivo.

 

Cogumelo milagroso

Em 1928, o pesquisador escocês Alexander Fleming descobriu, por acaso, que o fungo Penicillium notatum (foto) era capaz de matar a maior parte das bactérias que infectam o homem. O segredo estava em uma proteína especial, que Fleming chamou de penicilina. Surgiu assim o primeiro antibiótico.

 

Guerra de extermínio

Veja como o antibiótico ataca a bactéria.

Os antibióticos servem apenas para o combate às bactérias, enquanto as vacinas são eficazes também contra os vírus. Eles também não previnem, só curam. Esse remédio age de várias formas. O grupo da penicilina, por exemplo, ataca a parede da bactéria quando ela está se dividindo. Como a parede está mais fina durante a divisão celular, o antibiótico a destrói com facilidade. A parte de dentro, o citoplasma, “vaza” para fora – e a bactéria morre.

 

Veneno que cura

O soro antiofídico usa os anticorpos de cavalos.

A salvação para quem sofre uma picada de cobra está no próprio veneno dela. Não há vacina, pois o sistema imunológico humano não consegue criar anticorpos contra o veneno. Por isso, o único antídoto é o soro antiofídico. O veneno é extraído da cobra (foto) e injetado em cavalos, que produzem os anticorpos necessários para combater a intoxicação. Do sangue do cavalo se extrai um soro, que é aplicado na vítima da picada. Os anticorpos, então, agem imediatamente contra o veneno. No Brasil, o principal centro de produção do soro antiofídico é o Instituto Butantã, em São Paulo.

 

 

Quem sabe é super

Os chineses conhecem as vacinas

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há milhares de anos. Eles se preveniam contra a varíola inalando um pó especial feito com tecido retirado de doentes.

 

 

Para o que der e vier

Veja como a vacina prepara o corpo para bloquear a doença.

1. A vacina é injetada contendo uma imitação de micróbio, feita a partir de vírus ou bactérias de verdade, só que atenuados quimicamente, ou mortos, para não causarem nenhum mal.

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2. A vacina estimula os linfócitos B, que produzem os anticorpos necessários para destruir o microorganismo contra o qual o paciente está sendo imunizado.

 

3. Quando o inimigo de verdade aparece, o sistema imunológico já está preparado para enfrentá-lo. Os linfócitos guardaram na “memória” a forma do falso micróbio (a vacina) e sabem como destruí-lo.

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Morte às bactérias

Os antibióticos devem ser tomados com cuidado. Quando você corta um dedo, um batalhão de bactérias invade seu corpo através da brecha que se abriu. O seu sistema de defesa age prontamente para combater o inimigo. Quase sempre, vence. Mas, se a quantidade de micróbios for muito grande, começa uma infecção. O antibiótico impede a multiplicação das bactérias ou, se for um bactericida, acaba com elas. Nem sempre, porém, a vitória é definitiva. Se você não tomar o antibiótico correto nos horários certos, as bactérias aprendem a combatê-lo. Produzem enzimas que neutralizam o efeito do medicamento e ainda passam a dica a outras bactérias. “A resistência das bactérias é conseqüência do uso irracional que muita gente tem feito dos antibióticos”, critica Artur Timerman, infectologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Moral da história: antibióticos, só com orientação médica.

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