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O fim do mp3 – do formato, pelo menos

A tendência é que cada vez mais softwares e dispositivos passem a não ler mais esse tipo de arquivo

Por Guilherme Eler
15 Maio 2017, 20h17

Calma, não é como seu CD de 2007 com música baixada no Kazaa fosse parar de rodar a qualquer instante. Mas o clássico formato mp3, que assinava suas faixas, foi agora aposentado de vez. Mais de duas décadas após tê-lo criado, o centro de tecnologia alemão Fraunhofer Institute of Integrated Circuits (FIIC), decretou que seu licenciamento foi oficialmente encerrado.

Isso quer dizer que os dispositivos mais recentes (e seus softwares) provavelmente passarão a não ler mais o formato – que ainda deve demorar um bom tempo para sumir por completo dos downloads em todo mundo. A decisão é plausível, já que o mp3 parece ter perdido a guerra para outros tipo de arquivo mais eficientes, como traz o FIIC em seu pronunciamento oficial. Um deles é o AAC, popularizado pela Apple, que tem melhor qualidade e consegue originar arquivos ainda menores.

Substituto dos CDs, o mp3 foi a solução mais popular dos anos 90 e 2000 para que se levasse arquivos de áudio a qualquer lugar, sem ocupar espaço físico ou grande espaço nos dispositivos de mídia. Pode-se dizer que o formato provocou uma revolução na indústria da música, uma vez que, popularizou o compartilhamento (sobretudo ilegal) entre usuários, que passaram a também ser fonte alternativa aos meios oficiais de download.

Com a popularização de serviços de streaming como o Spotify e Deezer, por exemplo, quem ouve música parou de se importar tanto com o formato que seus arquivos possuem, se foram compactados ao máximo ou mesmo se “estão_nomeados_assim.mp3”. Pagar uma taxa para ouvir música e, por tabela, ter uma biblioteca sempre impecável, atualizada e que não compromete a velocidade de suas tarefas no computador, passou a valer a pena.

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Mas em uma época em que a computação em nuvem não existia, o espaço que cada arquivo ocupava era importante. O segredo para conciliar fotos, vídeos e músicas em um mesmo disco rígido era conseguir colocar o máximo de informação no menor espaço possível.

Nessa tarefa, o mp3 já foi campeão. O formato era capaz de se aproveitar das falhas do ouvido humano para retirar pequenos trechos que não conseguíamos identificar e que, por isso, não comprometiam o andamento das músicas. Há, por exemplo, frequências que simplesmente não somos capazes de ouvir, além das que “somem” quando sobrepostas por outras, por exemplo. Tirar esses ruídos permitia que três minutos de música virassem um belo e compacto arquivo de no máximo 5 Mb.

Apesar de substituído, o mp3 não vai embora sem deixar um clima de nostalgia. Como homenagem póstuma pelos serviços prestados, uma boa dica seria baixar o extinto MSN para colocar uma indireta musical para alguém, ou fazer o download de uma música por conexão discada – e sua potente taxa de 56 Kb/s. Só para descompactar a saudade.

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