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Cientistas criam simuladores de comida para realidade virtual

Se chegarem ao mercado, esses dispositivos podem te ajudar a fazer dieta

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
17 nov 2016, 12h57

“Eu sei que esse bife não existe. Eu sei que quando eu o coloco na boca, a Matrix está dizendo que ele é suculento e delicioso”. É isso que diz Cypher, o rebelde traidor no filme Matrix. Para ele, o gosto da carne criado pela simulação é tão real que não importa a falsidade da coisa – basta que o cérebro esteja satisfeito com a sensação. Pode parecer distante, mas, em breve, pode ser que você também se veja na situação de Cypher: dois times de cientistas estão trabalhando em simuladores de alimentos para realidade virtual.

Cada grupo de pesquisadores está desenvolvendo uma faceta da comida artificial: um deles, da Universidade Nacional de Cingapura, tem estudado como enganar a língua para sentir gostos que não estão lá; o outro, da Universidade de Tóquio, tem focado nos músculos do maxilar, tentando simular a textura e a dureza dos alimentos.

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O pessoal de Cingapura já conseguiu criar um sistema para simular os sabores: é um dispositivo capaz de enganar o cérebro pela rápida variação de temperatura, que pode chegar a 5°C por segundo. Quando você encosta a língua na máquina, a mudança brusca do quente para o frio faz seus neurônios se confundirem um pouco, o que leva seu corpo entender que está sentindo um gosto doce na língua. Entre 15 participantes dos testes, 8 afirmaram ter sentido um sabor adocicado no processo, e todos os outros disseram que alguma coisa mudou no gosto.

O outro time, da Universidade de Tóquio, também está bem avançado nas pesquisas. Os cientistas de lá colocaram eletrodos nos músculos do maxilar, usados para a mastigação, e, estimulando-os com choques elétricos de intensidades diferentes (e baixas), foram capazes de reproduzir a sensação de mastigar alimentos de diversas texturas e durezas.

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O projeto, chamado Electric Food Texture System, já passou pelos primeiros testes, nos quais os cientistas deram um cookie para cada participante – mas alteraram características da comida enquanto eles mastigavam. Só com os estímulos, os pesquisadores conseguiram fazer com que as pessoas acreditassem estar comendo algo mais duro, mais mole ou mais crocante do que o biscoito de verdade. Esses cientistas ainda não sabem como criar a sensação do nada (ou seja, sem algo real para mastigar), mas já é um começo. Afinal, imagina só: você come alho poró, mas acha que está comendo batata frita. Legal, hein?

Agora, não precisa ficar com medo da Matrix. Os cientistas, tanto os de Tóquio quanto os de Cingapura, não querem aplicar as novas descobertas à realidade virtual, e sim à nutrição: os criadores do simulador de doce aplicariam o dispositivo em copos especializados em enganar o cérebro de pessoas acima do peso, para que elas achem que estão tomando algo doce enquanto bebem água; os de Tóquio pretendem ajudar a estimular o maxilar de pessoas com problemas na mastigação, como idosos ou quem sofreu um acidente.

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