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Como é fabricada a seda?

A descoberta da seda pelo homem é repleta de lendas – e foi só através de milênios de trapaças e acordos comerciais que ela chegou até aqui.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 jan 2018, 16h49 - Publicado em 30 set 2003, 22h00

O fio de seda é fabricado do casulo da lagarta de diversas mariposas. A mais comum é a Bombyx mori, bicho-da-seda da amoreira, que responde por 95% da produção mundial. A sericultura moderna é mecanizada, porém o processo de produção é basicamente o mesmo há 5 mil anos.

A descoberta da seda pelo homem é repleta de lendas. Para Confúcio (551-479 a.C.), a honra coube à imperatriz Hsi-Ling-Shi, em 2640 a.C. Enquanto saboreava o chá da tarde, um casulo do bicho-da-seda teria caído na bebida fervente; a imperatriz percebeu que, amolecido, o casulo poderia ser desenrolado, formando um fio. A lenda é tão fantasiosa que pode até ser verdadeira.

Os chineses tiveram exclusividade na fabricação da seda por três milênios. Ciente do valor comercial do tecido que pode ser usado em dias quentes ou frios, o governo chinês proibiu a exportação de ovos de mariposas e sementes de amoreiras, condenando à morte os traficantes. Os europeus só desvendaram o mistério em 552, quando o imperador romano Justiniano enviou alguns monges à China, em missão de espionagem. Na bagagem, os supostos religiosos esconderam ovos de bicho-da-seda dentro de bordões de bambu. Constantinopla tornou-se o primeiro centro de seda da Europa. Nos séculos seguintes, a sericultura disseminou-se por todos os continentes.

No Brasil, as primeiras amoreiras foram plantadas em Minas, por ordem de dona Maria I, a Louca, que reinou de 1777 a 1792, quando foi declarada mentalmente incapaz. Mas a produção de seda teve início apenas no Segundo Império. Explica-se: em 1703, Portugal havia assinado um tratado com a Inglaterra obrigando suas colônias a importar tecidos ingleses, o que protelou o surgimento da indústria brasileira. A sericultura nacional só se desenvolveu a partir do final da Segunda Guerra Mundial. Mas o país correu para recuperar o tempo perdido. Atualmente, o Brasil é o quinto produtor mundial de um mercado ainda dominado pelos chineses, produtores de quase metade da seda comercializada na Terra.

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