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Como funcionam os mísseis de última geração?

No combate aéreo, a grande estrela é o Phoenix, capaz de atingir aviões inimigos num raio de 180 quilômetros de distância.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 abr 2017, 09h38 - Publicado em 30 nov 2001, 22h00

[pergunta de André Luiz Rech, de São Lourenço d’Oeste, SC]

Comparados aos da época da Guerra Fria, que eram verdadeiros foguetes intercontinentais, os novos mísseis de cruzeiro (ou de longa distância) são menores e mais precisos – graças ao avanço na tecnologia de localização do alvo por imagens digitais e ao rastreamento por satélite pelo sistema de posicionamento global, o famoso GPS. “As armas nucleares eram tão devastadoras que uma pequena margem de erro no alvo não faria muita diferença”, diz o engenheiro eletrônico Paulo Roberto Souza, gerente do programa de mísseis da Força Aérea Brasileira. “É claro que isso mudou na era das chamadas guerras cirúrgicas, em que cada área civil atingida por acidente cria comoção na opinião pública.” Mesmo não sendo infalíveis – a Cruz Vermelha do Afeganistão que o diga – mísseis como o americano Tomahawk contam com um software que analisa o relevo do solo enquanto o sobrevoa, o que permite voar em baixa altitude (driblando o radar inimigo) e atingir o alvo com grande precisão.

No combate aéreo, a grande estrela é o Phoenix, capaz de atingir aviões inimigos num raio de 180 quilômetros de distância. O caça comunica por rádio a posição do alvo e o projétil parte à vertiginosa velocidade de 4 800 km/h. Ao aproximar-se do objetivo, ele aciona seu próprio radar para tornar o ataque mais preciso. Para alvos terrestres, destaca-se o Maverick, também americano. Teleguiado por câmeras de vídeo e sensores infravermelhos para combate noturno, ele pode localizar e atingir um pequeno tanque no meio de uma cidade. O míssil russo Scud, que ficou famoso na Guerra do Golfo, não tinha nenhum desses sistemas de mapeamento, por isso precisava voar alto e era facilmente detectado pelos radares inimigos.

(3DSculptor/iStock)

Olho eletrônico

Sistemas de mapeamento por imagens digitais não deixam os mísseis sair da rota destinada

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1. Lançados de navios ou submarinos, os mísseis Tomahawk são disparados por um módulo separável antes de o sistema interno assumir o controle. Uma vez no ar, suas asas se abrem e os sistemas de navegação e comunicação são conectados à base

2. O míssil contém um mapa tridimensional da rota produzido pelo departamento de imagens do governo americano. Por um sistema especial (Tercom), ele compara os dados do solo com as imagens em sua memória, para ajustar o trajeto e voar em baixa altitude, escapando dos radares

3. Ao se aproximar do objetivo final, o Tomahawk aciona outro sistema, o DSMAC (Digital Scene Matching Area Correlation), que compara o que vê no solo com imagens mais detalhadas que o anterior

4. Ao confirmar a presença do alvo pré-selecionado, os 500 quilos de explosivos são detonados. Se necessário, o Tomahawk também pode carregar ogivas nucleares

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Do céu à terra
Os mísseis Maverick, sempre disparados de um avião, utilizam uma câmera embutida para enquadrar seus alvos, sempre terrestres

Olha o aviãozinho
Os caças F14 conseguem disparar ao mesmo tempo até seis mísseis Phoenix, específicos para alvos aéreos nas mais longas distâncias

Topo de linha

Custando em média 600 000 dólares (1,7 milhão de reais), o Tomahawk tem o mais preciso sistema de localização entre os mísseis de cruzeiro

– O sensor infravermelho faz o Tomahawk localizar o alvo com máxima precisão
– O sistema de reconhecimento de terreno Tercom permite que ele voe em baixa altitude
– Cerca de 500 quilos de explosivos podem ser armazenados em seu corpo, inclusive ogivas nucleares
– A turbina a jato o impulsiona a velocidades de até 880 quilômetros por hora

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