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Jogos,ficção quase real

Os jogos que perseguem os jogadores nas ruas,no telefone, na Internet ou onde quer que eles estejam- e acabam criando um mundo paralelo.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 31 dez 2005, 22h00

Fabiano Onça

No início de 2005, cartões postais com o desenho de uma cidade surgiram misteriosamente nas ruas de Bolonha, na Itália, e no estado da Carolina do Norte, EUA. Uma comunidade na internet resolveu investigar e percebeu que um dos prédios do desenho tinha janelas apagadas e acesas. Assumindo que elas eram nada menos do que um código binário, o grupo achou uma mensagem: “Olá, mundo!” Outro integrante viu que o selo dos postais era um código de barras, cuja tradução era o nome de um site: https://www.perplexcity.com. Lá, apenas uma mensagem: “Perdeu-se o Cubo. Recompensa: 150 mil euros.” Mas, afinal de contas, que diabos é isso? Bem, é exatamente o que milhares de pessoas paranóicas estão tentando descobrir. Em comum, todas praticam uma das mais novas e viciantes modalidades de diversão: os jogos de realidade alternativa (ou ARGs, na sigla em inglês).

“Em vez de fazer apenas um jogo de computador, nossa intenção é desenvolver a brincadeira na vida cotidiana, misturando realidade com ilusão”, afirma Sean Stewart, um dos autores do jogo The Beast (“A Besta”), o pioneiro do gênero. Vale qualquer recurso: sites, cartas de baralho, telefonemas no meio da noite, blogs, cartas, propaganda em jornais, cartazes na rua. “As dicas nunca são óbvias. E isso faz com que muitos de nós fiquemos horas nos fóruns e chats conversando uns com os outros, tentando decifrá-las”, diz George Amaya, um veterano dos ARGs. O que parece ser uma coisa para malucos surgiu no coração de uma das empresas que mais faz dinheiro no planeta: a Microsoft. Em janeiro de 2001, o diretor Steven Spielberg encomendou à empresa um produto para promover o filme Inteligência Artificial. Nascia aí o jogo The Beast, que mobilizou milhares em torno de pistas que iam da microbiologia ao tradicional jogo japonês de go. Desde então, os jogos foram se espalhando: a própria Microsoft criou o jogo I Love Bees (“Eu Amo Abelhas”) para divulgar seu videogame Halo 2 e séries de TV, como Lost, passaram a usar a internet para dar mais mistério e realismo às tramas. “O segredo dos ARGs é brincar com aquela sensação que as teorias da conspiração produzem em nós, de desconfiar de tudo e todos, de enxergar códigos e segredos onde os outros não vêem nada”, diz Sean. E eu não quero dizer nada, mas me disseram que existe um mistério desse tipo nesta página. Será que é verdade?

Para saber mais

https://www.perplexcity.com – Site do jogo Perplex City (em inglês)

https://www.argn.com – Rede de Jogos de Realidade Alternativa (em inglês)

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