Os europeus vão estar com os dedos cruzados no mês que vem. É que para março está programado o segundo vôo do foguete Ariane 5, com o qual as nações do Velho Continente esperam manter o domínio no mercado bilionário de lançamento de satélites. Se funcionar direito, o Ariane 5 deve lançar nos próximos cinco anos cinqüenta satélites, metade do total mundial. Na primeira tentativa de subir ao céu, em junho de 1996, o foguete explodiu no ar e destruiu sua carga, o satélite Cluster, que havia custado 500 milhões de dólares. Só em 30 de outubro passado, ele conseguiu chegar ao espaço, aliviando a tensão dos doze países que são os seus proprietários. Mesmo assim, o computador de bordo desligou os motores uma fração de segundo antes do tempo certo e o aparelho errou o alvo: foi parar numa órbita a 524 quilômetros de altura, e não 581, como estava programado. Por isso, espera-se com grande expectativa o segundo vôo do mais sofisticado foguete comercial.
A máquina em números
Altura: 51,94 metros
Quantidade de combustível: 394 toneladas
Custo: 7,5 bilhões de dólares
Duração do vôo: 12,5 minutos
Capacidade de carga: 6 800 kg
Países proprietários: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Espanha, Holanda, Suécia, Suíça, Noruega, Áustria, Dinamarca, Irlanda