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O fim do iPhone?

O celular da apple ainda é o maioral, mas com a chegada do Android, o que podemos esperar?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 31 jul 2008, 22h00

Texto Alexandre Versignassi

O aparelhinho da Apple é o maior sonho de consumo da década: lindo, fácil de usar e com mais utilidades que uma esponja de aço. A tecnologia embarcada ali está 3 voltas à frente da concorrência. Ai, ai… Não, leitor, não somos imbecis a ponto de chover no molhado das maravilhas do iPhone. Estamos falando o que falavam do Apple Macintosh em 1984. Que beleza que era aquilo: foi o primeiro computador realmente moderno, com mouse, ícones gráficos… Isso numa época em que computador era aquela tela preta com letras verdes. Nessa pré-história da informática, o Macintosh fez a concorrência parecer sucata. Depois seus sucessores mantiveram a Apple na dianteira. E até hoje não há computador melhor que os da maçã. Mas você não tem um em casa (a não ser que faça parte dos 14% de usuários donos de um Apple).

Quem vingou nem foi outro computador, mas um programa de outra empresa. Um software capaz de transformar qualquer micro, de qualquer fabricante, numa máquina quase tão sexy quanto o aparelho da Apple. Era o Windows.

Hoje está acontecendo algo parecido. O iPhone chegou e transformou os outros celulares em latas-velhas. Mas um concorrente poderoso vai chegar até 2009: o “Google Phone”. Só que ele não vai ser um aparelho, mas um programa que poderá funcionar em qualquer telefone, de qualquer fabricante. Um software capaz de transformar qualquer Motorola, LG ou o que for numa máquina quase tão sexy quanto o aparelho da Apple. Seria um “Windows” do Google.

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Esse programa é o Android, a grande aposta do Google para conseguir no mundo dos celulares o mesmo êxito (leia-se monopólio) que a Microsoft teve no dos computadores. Não é à toa que o gigante das buscas mira nos celulares: no ano passado, foram vendidos 700 milhões de telefones móveis no mundo, e só 200 milhões de pcs. Além disso, lembre-se que, depois do iPhone, vai passar vergonha a empresa que lançar um celular que não acesse decentemente a internet. Colocando tudo na mesma panela, é natural que mais hora menos hora os celulares virem a principal porta de acesso à rede. E quem controlá-los terá o poder. E a primeira tática do Google foi atacar por um flanco em que a Apple estava frágil: o do desenvolvimento de softwares para celular.

A empresa de Steve Jobs não deixava programadores independentes, que não trabalhassem para a Apple, criar softwares para o iPhone. E o Google foi pelo caminho inverso: abriu as pernas, ou seja, o código de programação do Android, para qualquer um que quisesse fazer softwares para ele – fosse uma multinacional de informática fosse um moleque de 14 anos no quarto. E ainda separou US$ 10 milhões para estimular o pessoal. Funcionou: em 6 meses recebeu 1 700 sugestões de programas para o Android. O resultado foram softwares como o LifeAware. Imagine um tipo de orkut que mostra num mapa onde seus amigos estão a cada momento. Ou você marcar um encontro e o telefone avisar que a pessoa já chegou ao lugar combinado. Nem o iPhone nem aparelho nenhum fazem isso. O Android vai fazer.

Enquanto o Google dava dinheiro aos programadores independentes, a Apple levantava uma muralha contra eles. Hackers descobriram como programar para iPhone por conta própria, criaram milhares de softwares bem mais interessantes que os da própria Apple, como simuladores de instrumentos musicais e games que usam todo o poder de interatividade do aparelho. Mas a Apple fazia o possível para barrá-los do iPhone. Se você quisesse baixar algum, tinha que desbloquear o aparelho na marra – e, se isso desse algum problema no telefone, eles não consertavam.

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Ainda bem que Steve Jobs se tocou e, recentemente, decidiu copiar o Google: liberou os códigos do iPhone 3G, lançado em julho, para a massa de programadores independentes. E agora dá para comprar os softwares pelo iTunes.

Caso encerrado?

Não: a abertura tem suas restrições. A mais pesada: é proibido fazer softwares que fiquem ligados sem interrupção. Isso significa que não vai ter um bom Messenger para iPhone. Nem algo como o LifeAware, que precisa funcionar o tempo todo para fazer o que faz. O motivo para o veto é não deixar os aparelhos consumir muita banda: quanto mais dados eles recebem, mais congestionam as redes de telefonia, que não dariam conta da carga extra. E teve outra atitude pró-operadoras: limitar programas tipo o Skype. Eles não vão poder usar a rede celular para fazer chamadas via internet. Claro: se a Apple liberasse isso, daria para usar o telefone em qualquer lugar pagando quase nada. As operadoras quebrariam as pernas.

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Para evitar essa dependência, o Google acabou de investir US$ 500 milhões num projeto de WiMax, a rede que pretende colocar internet sem fio no ar de todos os cantos de todas as áreas urbanas do mundo. Junte isso a um Skype móvel e as redes das operadoras de celular viram sucata.

E, com uma rede independente e softwares melhores que os do iPhone, o Google teria uma faca e um queijo na mão que nem mesmo a Microsoft teve. Se isso vai ser bom para você? Nenhum monopólio seria. Mas só a ameaça já faz a concorrência se mexer. E até melhorou o iPhone.

O celular mais conectado

Programas do Android vêm prontos para o dia em que a Internet e o GPS estiverem em todo lugar

AMÉLIA ONLINE

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Você escolhe o prato e o Cooking Capsules faz o resto: mostra um vídeo que ensina a preparar, baixa a lista de ingredientes e indica quais mercados perto da sua casa têm o que você precisa para cozinhar.

CADÊ O PESAL?

O tipo de programa mais comum aqui são as redes sociais via GPS, como a Commandro, que mostra num mapa onde os seus amigos estão. Seria o fim da privacidade? Seria, mas, se as pessoas gostarem, a coisa pega.

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COMPARADOR DE PREÇOS

O Android Scan é um leitor de códigos de barras esperto: você escaneia a etiqueta daquela sua caixa de Sucrilhos vazia e ele compara preços nos supermercados. Não serve só para Sucrilhos, claro.

TÁXIIII!!!

Comeu um bombom de licor e não pode mais pegar no volante? Sem galho: o Call a Cab dá uma força. Ele cruza registros da internet e dados de GPS para mostrar os telefones dos pontos de táxi mais próximos.

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