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O smartphone pode afetar sua saúde: veja como se proteger

Por EXAME.com
Atualizado em 8 mar 2024, 11h13 - Publicado em 19 out 2015, 18h15

Você sabia que usar seu smartphone pode prejudicar sua saúde? Os aparelhos estão se tornando um companheiro quase inseparável para muitas pessoas. 

O número de brasileiros que utiliza a internet a partir do smartphone chegou a quase 70 milhões no primeiro trimestre de 2015, segundo pesquisa da Nielsen IBOPE. Esse é um aumento de cerca de 10 milhões sobre os 58,6 milhões do trimestre anterior.

Dar uma espiadinha no smartphone antes de dormir pode ser prejudicial. Dan Siegel, professor de psiquiatria da Universidade da Califórnia, explica que ao entrarmos em contato com a luz emitida pela aparelho, nosso cérebro entende que ainda não é o momento de dormir.

Segundo ele, isso faz com que o órgão pare de liberar melatonina, um hormônio responsável pela regulação do sono. Sem as 7 ou 9 horas de sono recomendadas pelos médicos, os neurônios não conseguem descansar. Isso faz com que o cérebro não faça sua limpeza diária de toxinas, prejudicando o seu funcionamento no dia-a-dia. Devido a esse hábito, dores de cabeça ficam cada vez mais comuns. Siegel aconselha que as pessoas desliguem seus smartphones uma hora antes de ir dormir.

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Pescoço de texto

Quantas pessoas você já viu andando na rua com a cabeça baixa, enquanto usam o smartphone? Muitas delas poderão sofrer de uma doença chamada de pescoço de texto.

O mal é causado pelo tempo que as pessoas passam inclinadas em uma posição indevidas para que possam olhar a tela do aparelho. Segundo a fisioterapeuta Priya Dasoju, em entrevista ao site da BBC, a posição cria uma pressão intensa nas partes frontais e traseiras do pescoço.

Geralmente, as pessoas que sofrem de pescoço de texto sentem dores de cabeça, tensões da nuca e no pescoço, e até dores nos braços e nos ombros.

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Em alguns casos, o pescoço de texto pode se agravar para uma nevralgia occipital – uma condição neurológica em que os nervos occipitais ficam inflamados ou lesionados. Como a dor, normalmente, começa na parte de trás da cabeça ou é sentida na parte de trás dos olhos, ela pode ser confundida com uma enxaqueca.

O tratamento da doença pode ser simples, com o uso de remédios anti-inflamatórios e massagens. Ou, em alguns casos graves, o paciente precisa injetar um coquetel de esteroides nos nervos ao redor do pescoço.

Síndrome de esgotamento

Segundo Thomas Südhof, vencedor do prêmio Nobel de medicina, o uso de smartphones está relacionado com a síndrome de esgotamento.

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“Sempre estamos de guarda e através do e-mail temos contato minuto a minuto com nosso trabalho. A longo prazo isso não pode ser bom”, disse Südhof em declarações publicadas pelo Frankfurter Allgemeine Sonntagzeitung.

Com o uso frequente dos dispositivos móveis, as pessoas estão ficando cada vez mais nervosas e preocupadas. E o estresse, de acordo com Südhof, gera transformações no cérebro.

Tais mudanças podem afetar o cotidiano da pessoa, pois ela irá sentir extremo cansaço, dores de cabeça e no corpo. Por isso, o ganhador do prêmio Nobel recomenda fazer pausas no uso do smartphone. “Isso é algo que o bom senso diz. Tudo o que nos distrai ajuda, seja esporte, ioga, um bom livro ou música”, finaliza.

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Como evitar tudo isso?

“Passamos sete minutos por dia telefonando e duas horas e meia interagindo com o celular. Portanto, de oito horas ativas por dia, ele ocupa um terço”, afirma Alexander Markowetz, autor do livro Digitaler Burnout.

De acordo com Markowetz, o principal problema relacionado com o uso abusivo de smartphones está relacionado com a interrupção da concentração.

“Nós não fomos criados para a multitarefa, e dirigimos alternadamente a nossa consciência a diferentes atividades. Quando surge o tédio, mudamos de ocupação. Com o tempo, isso causa estresse.”

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Para o autor, é preciso que as pessoas façam dietas digitais para que utilizem o aparelho de forma mais saudável. O indivíduo precisa se condicionar e moldar seu ambiente para que o smartphone não desvie sua atenção. “Por exemplo: olhar as horas no relógio de pulso, em vez de ligar o telefone para isso.”

No caso das crianças, Markowetz aponta que o problema central é que os jovens não têm experiências offline. “Se hoje um jovem de 15 anos é obrigado a se desconectar, seu mundo desaba. Ele não pode perder nada.”

O autor conta que uma maneira de aplicar a dieta digital nas crianças é estabelecer horários para o uso dos smartphones. Os pais podem combinar dentro das classes e estabelecer, por exemplo, que depois das 20h00 todos recolhem os telefones celulares. Então estará claro para toda criança que não vai haver “festa do Whatsapp.”

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