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Catnip pode servir como repelente de mosquitos para gatos, sugere estudo

Conhecida por acalmar os bichanos, a erva apresentou essa nova propriedade em um teste recente. Mas vale a lembrança: consulte um veterinário antes de oferecer qualquer tratamento ao seu animal.

Por Carolina Fioratti
21 jan 2021, 17h10

O catnip, conhecido também como erva de gato, é um grande aliado dos donos de felinos. A planta faz com que ele comece a rolar no chão, levando-o a um certo estado de euforia que dura cerca de dez minutos. Depois, ele se acalma e relaxa por algumas horinhas – o que faz muita gente crer que eles ficam “chapados”.

Mas os motivos pelos quais os animais aceitam a erva com tanta facilidade ainda não estava claro – afinal, quem tem gato em casa sabe que são poucas as coisas que realmente prendem a atenção deles.

Masao Miyazaki, bioquímico e veterinário da Universidade de Iwate (Japão), resolveu investigar a origem desse fenômeno. O estudo, publicado na revista Science Advances, mostrou que o catnip não apenas ativa o sistema opioide dos animais, mas também apresenta um possível potencial repelente, o que pode levá-los a rolar e se esfregar nas plantas de forma instintiva. É a primeira pesquisa a estabelecer uma ligação direta entre as plantas e seus efeitos protetores sobre os gatos. 

Os pesquisadores levaram em consideração a erva-do-gato (Nepeta cataria) e a videira-de-prata (Actinidia polygama), duas plantas que contém uma série de compostos bioativos responsáveis por causar as diversas sensações nos bichinhos, sobretudo o nepetalactol.

No teste, gatos domésticos e selvagens foram expostos a uma amostra de nepetalactol e a de uma substância salina. A maioria dos gatos escolheu rolar na que continha nepetalactol. O experimento foi repetido com outros animais, como leopardos, onças e linces, além de cães e ratos. Todos os felinos do grupo, assim como os gatos, escolheram o bioativo do catnip. Veja o vídeo:

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Além de analisar a preferência dos animais, os pesquisadores também mediram a quantidade de beta-endorfinas presente na corrente sanguínea de cinco gatos, antes e depois da exposição. A beta-endorfina é um dos hormônios que ativa o sistema opioide do corpo, responsável por aliviar dores e induzir ao prazer.

Como esperado, os níveis do hormônio no organismo dos bichinhos aumentaram após a exposição às ervas. Mas os pesquisadores ainda não estavam convencidos de que o interesse dos animais estava puramente ligado à “brisa” provocada pelo catnip. Por isso, eles resolveram testar o tal potencial repelente do nepetalactol – algo que já havia sido sugerido, mas nunca testado.

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Para isso, eles sedaram alguns gatos, passaram nepetalactol em suas cabeças e os expuseram a mosquitos. Outro grupo de animais também foi exposto aos insetos, mas sem receber o tratamento com o bioativo. De acordo com a pesquisa, os “desprotegidos” apresentaram duas vezes mais chances de serem picados. Os pesquisadores, então, formularam a hipótese de que gatos ancestrais se esfregavam nas plantas sem grandes pretensões até perceberam que, com isso, tiravam um duplo benefício: relaxamento e proteção. 

Dessa forma, o ato dos animais de rolar na erva seria mais um comportamento funcional (uma possível herança da seleção natural) do que pura diversão. Afinal, na natureza, ter uma arma contra os insetos é uma baita vantagem.

Mas é claro: mais estudos são necessários para que essa hipótese seja confirmada. Vale lembrar também que a propriedade repelente da erva de gato não está totalmente clara. Logo, o uso do catnip para tais fins não é recomendado. Caso o seu pet esteja sofrendo por causa de mosquitos, consulte um veterinário para saber o que pode ser oferecido a ele.

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