Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Amazonia 1, primeiro satélite 100% brasileiro, será lançado neste domingo; assista

O equipamento de R$ 270 milhões foi totalmente desenvolvido no Brasil e ajudará a monitorar o desmatamento das nossas florestas com resolução inédita.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 13 mar 2024, 15h35 - Publicado em 26 fev 2021, 18h46

O Amazonia 1 – primeiro satélite de grande porte totalmente projetado, desenvolvido e operado no Brasil – será lançado neste domingo (28) às 01h54 (horário de Brasília), marcando uma nova etapa da astronomia nacional. Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), órgãos ligados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o equipamento sairá de uma base da Agência Espacial Indiana em Sriharikota e ajudará no combate ao desmatamento da Amazônia.

Esse é o primeiro satélite de observação terrestre totalmente feito e operado no Brasil – outros programas do tipo, no passado, foram todos colaborações internacionais, como é o caso dos satélites CBERS, produzidos em parceria com a China. O Amazonia 1 (sem acento mesmo) vem sendo desenvolvido e testado desde 2008 e vai funcionar como um instrumento de monitoramento da Terra: ele ficará em uma órbita de 750 km altitude e passará pelo Brasil a cada cinco dias, fotografando o solo com uma câmera capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 60 metros de resolução.

As imagens serão usadas monitorar o desmatamento das florestas e fazer gerenciamento de recursos naturais, especialmente na região da Amazônia e nas áreas costeiras. Também servirão para gerar dados sobre a agricultura brasileira. O satélite é o primeiro dos três que formarão a chamada Missão Amazônia. Os outros integrantes do trio, chamados Amazonia-1B e Amazonia-2, ainda estão em desenvolvimento. A vida útil do Amazonia 1 é calculada em quatro anos.

O satélite de mais de 600 kg foi levado à Índia em dezembro de 2020 após uma sucessão de atrasos – há alguns anos, falava-se em lançar o satélite em 2018; depois, esperava-se concluir a missão em meados de 2020. No país asiático, ele foi integrado ao foguete Polar Satellite Launch Vehicle (PSLV) junto com outros satélites de vários países (incluindo EUA e a própria Índia). O lançamento do foguete poderá ser acompanhado ao vivo através das redes sociais do Ministério da Ciência.

Amazonia 1 sendo integrado ao PSLV.
(INPE/Divulgação)

Em órbita, ele se juntará aos satélites CBERS, feitos em parceria com a China, na missão de monitoramento das florestas brasileiras – mas o satélite 100% brazuca terá uma resolução maior em seus dados e também sobrevoará o Brasil em um intervalo de tempo menor (cinco dias, contra 28). Além disso, segundo o Inpe, o Amazonia 1 veio para comprovar a capacidade do Brasil de, por meio de parcerias internas, cobrir todas as etapas de desenvolvimento de peças e processos de engenharia necessárias para um satélite desse tamanho. No caso do CBERS, muita coisa teve que ser importada da China.

“Essa competência global em engenharia de sistemas e em gerenciamento de projetos coloca o país em um novo patamar científico e tecnológico para missões espaciais. A partir do lançamento do satélite Amazonia 1, o Brasil terá dominado o ciclo de vida de fabricação de sistemas espaciais para satélites estabilizados em três eixos”, informou o Inpe em nota.

O investimento nessa empreitada ultrapassou os R$ 270 milhões, sem contar os R$ 130 milhões que vão para a empresa indiana responsável pelo seu lançamento. O satélite só não será mais brasileiro porque não poderá ser lançado aqui: a Base de Alcântara, no Maranhão não tem capacidade para realizar o lançamento de um equipamento tão pesado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.