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Como é um parto humanizado?

Método valoriza as vontades da gestante, mas só deve ser feito em gravidez de baixo risco. Saiba como ele funciona – e quem são os profissionais envolvidos.

Por Marcelo Testoni
22 abr 2021, 19h12

Um parto humanizado dá mais ênfase às vontades da gestante. Ela é quem decide como e onde quer ter seu bebê, mas sem ignorar a opinião de médicos e enfermeiros. Não se trata de um simples parto normal, pois nem mesmo anestesia é aplicada. O conceito surgiu no final dos anos 1990 e incentiva nascimentos de maneira espontânea, sem as intervenções típicas da cesariana.

O parto, em geral, ocorre em casa ou em uma clínica particular. O ambiente caseiro é o ideal para transmitir tranquilidade e conforto à gestante. É preciso haver privacidade, silêncio, pouca luz, música relaxante, aromatização com incenso, ducha quente ou banho de ofurô e dieta livre (jejum não obrigatório). O cordão umbilical só é cortado depois de a atividade sanguínea cessar.

A gestante não é obrigada a ficar deitada. Ela pode definir a posição que for mais confortável (assim como a quantidade de acompanhantes no ambiente). As mais comuns são de cócoras, quatro apoios, de lado, em pé e ajoelhada. O procedimento pode incluir massagens e exercícios para aliviar a dor, melhorar a respiração e fortalecer a musculatura.

Em geral, a mulher se sente valorizada e tem uma percepção mais positiva da experiência do parto, fortalecendo os vínculos afetivos com o bebê. Além disso, como não há cirurgia nem medicamentos, a recuperação hormonal e imunológica é mais rápida. Isso também traz menos riscos de complicações respiratórias e traumas ao bebê. Um parto humanizado pode custar de R$ 5 mil a R$ 30 mil.

Mas vale o aviso: esse tipo de parto só pode ser feito se a gravidez for de baixo risco. Por isso, como em qualquer gravidez, a gestante deve fazer o pré-natal para se certificar de que a sua saúde e a do bebê estão bem. Além disso, nem todo obstetra manja do assunto. Em grupos de apoio, é mais fácil encontrar um profissional que goste e seja experiente nesse tipo de parto.

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DREAM TEAM

Veja quem também participa de um parto humanizado

Acompanhante(s)

Cônjuges, parceiros, parentes: aqueles necessários para dar carinho e atenção.

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Doula

Assistente de parto, com ou sem registro médico, que dá suporte físico e emocional à mãe antes, durante e após o parto.

Obstetra

Acompanha todo o processo, do pré-natal ao pós-parto.

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Onatologista

Responsável pela saúde do recém-nascido e por qualquer emergência com ele durante e após o parto.

FAÇA-SE A LUZ

Conheça outras formas de parto

Normal

A criança nasce de forma natural, mas o controle do médico é maior (a mulher, por exemplo, fica em posição de frango assado para facilitar o trabalho do profissional). Em geral, o procedimento é hospitalar.

Normal “anormal”

Parto normal com intervenções, como uso de medicamentos, episiotomia (corte do períneo, área muscular entre a vagina e o ânus) e uso de fórceps para retirar o bebê.

Cesariana

Cirurgia agendada para o nascimento ou feita em casos de emergência, como posição inadequada do feto ou deslocamento de placenta. O Brasil é um dos países que mais realiza esse tipo de parto (veja gráfico abaixo), o que pode ser um problema. O bebê que nasce por cesariana tem 120 vezes mais chances de desenvolver problemas respiratórios.

Natural

Espécie de meio-termo entre o normal e o humanizado. Não há indução, cortes ou anestesias, mas a opinião e a decisão médica têm mais peso do que o instinto maternal.

Gráfico.
(Gráfico: Cristina Kashima/Estudio Nono/Mundo Estranho)

Fontes: Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde. Consultoria: Anatalia Lopes Basile, enfermeira obstetra do Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, de São Paulo) e coordenadora do Programa Parto Seguro, e Alberto Jorge de Sousa Guimarães, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz (São Paulo).

 

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