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O que você precisa saber sobre o surto de gripe H3N2

Subtipo do vírus influenza está provocando surtos atípicos de gripe pelo Brasil. Conheça os sintomas, entenda a questão envolvendo a eficácia da vacina e saiba o que fazer em caso de suspeita da doença.

Por Luisa Costa
Atualizado em 30 dez 2021, 21h58 - Publicado em 29 dez 2021, 16h27

Além do Sars-CoV-2, outro vírus que está gerando preocupação é o H3N2, um subtipo do influenza, o vírus da gripe. Em São Paulo, as internações pela nova gripe já são 25% do total das causadas por síndrome respiratória na rede pública; no Rio de Janeiro, a doença causou mais mortes em dezembro no Rio de Janeiro do que a Covid-19.

Mas o que é o H3N2? O vírus influenza tem três tipos que circulam na população humana (A, B e C), e o H3N2 é uma nova cepa do subtipo A, batizada de Darwin. Não se trata de uma referência a Charles Darwin e sua teoria da evolução: a variante tem esse nome porque foi detectada pela primeira vez na cidade de Darwin, na Austrália. No Brasil, foi identificada pela primeira vez pelo Instituto Oswaldo Cruz, em amostras provenientes do Rio de Janeiro.

O tipo A do influenza é o mais comum e propício a causar epidemias sazonais de gripe. Ele é dividido em subtipos, como H1N1 e H3N2. As letras H e N se referem às proteínas hemaglutinina e neuraminidase – que ajudam o vírus a grudar nas células humanas e se replicar em nosso organismo, respectivamente. Os números que acompanham as letras H e N, por sua vez, indicam subtipos dessas proteínas.

Surtos de gripe acontecem principalmente no outono e inverno, períodos em que a circulação do vírus costuma aumentar. Agora, a doença aparece em um momento atípico, e a suspeita de especialistas é que isso esteja ocorrendo devido ao relaxamento de medidas contra a circulação do coronavírus. A população começou a sair e interagir mais, inclusive sem máscaras, e isso favorece a propagação de todos os vírus respiratórios. 

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A nova gripe causada pelo H3N2 provoca sintomas bem conhecidos: tosse, coriza, garganta inflamada, febre alta, dores de cabeça, dores no corpo e fraqueza. A doença apresenta mais risco para crianças menores de 5 anos, idosos e portadores de doenças crônicas.

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A recomendação de especialistas para quem apresenta esses sintomas é se recuperar em casa, se o quadro for leve. É importante fazer repouso, ter boa alimentação e se manter hidratado, além de usar medicamentos para amenizar dores e febre. Mas fique alerta: casos graves, com falta de ar ou febre de difícil controle, demandam buscar ajuda médica imediatamente.

Como os sintomas são parecidos com os da Covid-19, é importante se isolar e realizar um teste diagnóstico que poderá indicar se o quadro é ou não de gripe. No caso do H3N2, recomenda-se praticar distanciamento social de sete dias, além de utilizar máscaras (com boa vedação e que cubram nariz e boca) e manter higiene constante das mãos – medidas já bem conhecidas para evitar a disseminação do coronavírus.

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A vacina da gripe, disponível nos postos de saúde brasileiros, ajuda a proteger contra o H3N2 Darwin, embora essa variante não esteja incluída na composição atual do imunizante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está sempre de olho nas mutações que o influenza sofre e recomendou, em setembro, a inclusão da nova cepa em versões atualizadas da vacina.

Mas o imunizante disponível atualmente confere proteção parcial. Isso porque, mesmo tendo sido feito a partir de versões mais antigas do influenza, ele facilita o reconhecimento do H3N2 Darwin pelo organismo e seu combate pelo sistema imune.

O Instituto Butantan anunciou que a produção dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) para a fórmula atualizada da vacina contra a gripe vai começar em janeiro, para que as doses sejam encaminhadas ao Ministério da Saúde entre março e abril.

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