Entenda a década que misturou Hollywood, jazz e toda uma revolução comportamental nos EUA.
Os Roaring Twenties (“ruidosos anos 20”) foram um período de efervescência econômica e cultural dos EUA pós-Primeira Guerra. Uma década marcada pela prosperidade no país e pela modernização dos costumes à velocidade da luz.
A atmosfera do período aparece em filmes como "Cantando na Chuva" (1952) e “O Grande Gatsby” (2013). “Babilônia” (2023), estrelado por Brad Pitt e Margot Robbie, é outro que mostra os excessos e a depravação da Hollywood de cem anos atrás.
Chamadas de “melindrosas” no Brasil, elas redefiniram a imagem da mulher moderna. Com seus cabelos curtos (inspirados na estilista Coco Chanel), curtiam a vida adoidado em grandiosas festas onde dançavam um jazz frenético.
Se a década foi embalada pelo som dos jazzistas, o termo que deu nome ao período (juntamente com Roaring Twenties) veio do grande narrador do lifestyle de ricos e inconsequentes: F. Scott Fitzgerald, com sua coletânea Contos da Era do Jazz (1922).
Foi nessa época que a meca do cinema consolidou um método de promover atores e atrizes dando glamour à sua persona e transformando-os em semideuses. Um exemplo: o cortejo fúnebre do astro Rodolfo Valentino, em 1926, atraiu 100 mil pessoas em Nova York.
A revolução comportamental também resultou em excentricidades. E pouca gente foi mais excêntrica que Suzanne Lenglen. Primeira estrela feminina do tênis, ela jogava com vestidos de seda, fumava e bebia conhaque nas quadras “para acalmar os nervos”.
O Congresso americano proibiu o comércio e o consumo de bebidas alcoólicas em 1920. Era uma resposta à pressão dos religiosos – mas teve efeito inverso. O país foi tomado por bares clandestinos (os speakeasies), e gângsteres enriqueceram com o tráfico de birita.
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