A série do Cartoon Network narra as aventuras de um avô cientista bêbado com seu neto – e, em alguns momentos, se ampara na ciência produzida fora das telas. Confira alguns deles (mas cuidado com os spoilers).
Rick é capaz de abrir passagens para quaisquer realidades que você possa imaginar. E apesar de não existirem evidências de que humanos consigam driblar espaço e tempo, pensamentos nessa linha ainda têm certo respaldo entre os cientistas.
Um desses pensamentos é a “teoria da simulação”, que ficou famosa com o filósofo britânico Nick Bostrom. Ela supõe que a realidade que enxergamos e vivemos pode ser uma simulação produzida por seres super inteligentes em algum canto do universo.
As viagens entre dimensões só acontecem porque Rick produz matéria escura concentrada e a utiliza como combustível em sua nave. O interessante é que a substância também já foi considerada por nós para expandir nossos rolês pelo espaço.
Cientistas já levantaram a hipótese de que, para visitar outras galáxias, poderíamos capturar partículas de matéria escura chamadas neutralinos. Eles se anulam quando entram em contato e, assim, poderiam alimentar o motor da espaçonave.
No episódio “Parque da Anatomia”, Rick e Morty encolhem para visitar o interior do corpo de outro personagem e descobrir por que seu sistema imune está falhando. É nesse episódio que acontece o maior número de bolas dentro da série.
Os personagens fogem da hepatite A no fígado, representada por um monstro amarelo, e encontram a tuberculose nos pulmões. O desenho acerta ao detalhar a atuação da doença – ao mostrar, por exemplo, os tecidos cicatriciais criados pelo organismo.
Na 2ª temporada, um alienígena se infiltra na família de Rick e Morty. Sem que ninguém perceba, ele implanta memórias afetivas no cérebro de todos os personagens. Resultado: todos agem naturalmente em relação aos novos membros que não param de surgir.
Estudos mostraram que é possível implantar memórias falsas em uma pessoa, apenas dizendo para ela que certa história é verdade. Por querer ter vivido aquele momento, podemos nos deixar levar pela emoção e dizer que lembramos de tudo com detalhes.
A mãe de Morty, Beth, é cirurgiã-veterinária, mas tem o sonho de operar o coração de uma pessoa. Ela consegue realizá-lo com a ajuda de um óculos 3D que Rick deixou com a família – e que funciona da mesma forma que simuladores atuais de realidade virtual.
Mas o exemplo de realidade virtual mais interessante da série é o jogo “Roy: A Life Well Lived”. Disponível em um fliperama de um universo visitado pela dupla, o jogo consiste na vida de uma pessoa terrestre comum – que fascina Rick pela simplicidade.
super.abril.com.br
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