Ceia podre, um bode incendiado, um dia oficial só para cair na porrada… Se você acha o Natal da sua família estranho, pense melhor.
Na província de Chumbivilcas, no Peru, as pessoas se juntam em ginásios esportivos com um único propósito: sair na porrada. Chamado de festival Takanakuy, o evento promete resolver pendências entre vizinhos para que a comunidade evite a violência desorganizada.
As pessoas escolhem contra quem querem lutar – o motivo pode ser uma briga pessoal ou disputa comercial, por exemplo. Aí um juiz coordena a luta para que as regras sejam cumpridas: não pode bater no adversário caído, morder ou puxar cabelos, por exemplo.
Todo ano, desde 1966, a cidade sueca de Gävle constrói um bode natalino gigantesco, feito de palha, para comemorar as festas. Ele é uma figura mítica ligada ao deus Thor, que andava em carruagens puxadas por bodes, e representa o início das festividades.
O problema é que, para o terror do governo local, a população acha mais graça em queimar o bode do que ter um ornamento de Natal. Ele já sofreu até tentativa de sequestro via helicóptero e só sobreviveu graças a esquemas gigantes de segurança.
Na Catalunha, as crianças cultivam um tronco de árvore (“Tió”). Ele ganha um rostinho e cobertor, e é alimentado e aquecido todo dia. No Natal, elas batem no tronco com gravetos, cantando “Caga, Tió" – literalmente pedindo para o tronco defecar seus presentes.
Antes, os pais depositam, em segredo, presentes debaixo da manta. Assim, depois que surraram o tronco o suficiente, as crianças retiram o cobertor e descobrem que o "intestino" do tronco deu origem aos presentes de Natal.
Em alguns lugares do Canadá, ainda rola uma antiga tradição chamada “mummery”. As pessoas vestem máscaras – bonitinhas ou assustadoras – e saem entrando nas casas da vizinhança. O morador só se livra dos visitantes quando consegue adivinhar quem é quem.
Ir à missa na véspera de Natal não tem nada de estranho para nós. Mas em Caracas, capital da Venezuela, as crianças ganham passe livre para ir de patins à primeira missa do dia. A tradição inclui até festivais de rua, com brinquedos infláveis.
Na Groenlândia, a ceia começa sete meses antes das festividades, porque o prato típico é o Kiviak. Caçam-se aves típicas, que são colocadas dentro de uma pele de foca e enterradas. Aí elas fermentam até o Natal, quando são preparadas para o banquete.
super.abril.com.br
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