Desenhar Milão ou estudar o Sol? O renascentista tinha sempre um caderno à mão para escrever seus afazeres de uma maneira enigmática. Sendo um um curioso incorrigível, se aventurou na matemática, física, astronomia, arquitetura, botânica, anatomia, música…
O dono dessa mente ativa não podia deixar uma ideia passar em branco. Por isso, ele costumava carregar um pequeno caderno por onde fosse, para registrar sempre que algo chamasse sua atenção. Confira um dos curiosos manuscritos que sobreviveram ao tempo.
Para não esquecer, Da Vinci anotou instruções para descobrir a medida da cidade de Milão e seus subúrbios, para posteriormente, desenhar a cidade.
Anotou em seu caderno que deveria encontrar um livro que trate de Milão e suas igrejas, a ser adquirido na papelaria a caminho de Cordusio (provavelmente a região de Milão em que hoje está a Praça Cordusio).
Em seu caderno ele também anotou que deveria descobrir as medidas do Corte Vecchio (o pátio do palácio do duque de Milão) e a medida do castelo do duque.
Em outro momento, sua curiosidade o levou a pedir a Messer Fazio (professor de medicina e direito em Pavia) para lhe explicar sobre proporção. E pediu ao Frade Brera para lhe mostrar o De Ponderibus, um texto medieval de mecânica.
Em uma das anotações, ele queria perguntar ao Maestro Antônio como as argamassas são posicionadas nos baluartes de dia ou de noite, e ao maestro Giovanni Francese sobre a medida do Sol.
Da Vinci queria encontrar um mestre em hidráulica e fazer com que ele falasse como consertar uma eclusa, um canal e um moinho à maneira lombarda.
Da Vinci também queria obter um texto sobre óptica do autor medieval Vitolone, que estava na Biblioteca de Pavia.
super.abril.com.br
Veja essa e outras matérias em