As superstições existem desde que o homem se entende por homem. Embora não haja comprovação científica de que funcionem, crendices de todo o tipo resistem até hoje. Confira como surgiram algumas das superstições mais populares do mundo.
Os antigos gregos refletiam sua imagem em uma tigela com água para saber seu destino. Se o recipiente caísse e quebrasse, a pessoa morreria ou teria dias ruins pela frente. Os romanos acrescentaram a duração de sete anos, tempo de cada ciclo da vida.
Quando os primeiros espelhos de vidro surgiram, ainda na Idade Média, a superstição passou também a ter função econômica: como eram objetos muito caros, os empregados eram avisados de que quebrá-los dava azar.
Acredita-se que os primeiros a usar o trevo de quatro folhas como talismã tenham sido os druidas, antigos sacerdotes celtas, no primeiro milênio a.C.: quem tivesse uma dessas plantinhas conseguiria enxergar demônios na floresta – e, assim, escapar deles.
O poder do trevo viria de sua raridade na natureza — em geral ele tem apenas três folhas. Além disso, o quatro era tido como um número importante: são quatro as estações do ano, os pontos cardeais e as fases da Lua.
Uma hipótese diz que a origem está na associação do dogma cristão da Santíssima Trindade e o triângulo formado pela sombra de uma escada em uma parede. Passar debaixo da escada seria como profanar o triângulo sagrado, um pecado gravíssimo.
Outra teoria diz que a crença surgiu na Europa medieval. Invasores encostavam escadas nos muros para invadir as fortalezas, e a principal defesa era derramar óleo fervendo sobre os inimigos. Quem estivesse embaixo da escada podia ser atingido.
Para um historiador romano do século 1, a crença de que suas orelhas esquentam quando falam mal de você viria de um “mercúrio universal”, que permitiria que as palavras chegassem aos seus ouvidos, mesmo à distância.
Por causa dos hábitos noturnos, os gatos eram associados às forças ocultas na Idade Média: para muitos, eles seriam bruxas disfarçadas. Os bichanos eram tão mal vistos que, no século 15, estavam na lista dos perseguidos pela Inquisição.
Antigamente, em Roma, pássaros voando à esquerda eram sinal de mau agouro. No cristianismo, os eleitos de Deus permaneciam à sua direita. Com o tempo, começar o dia com o pé direito virou sinônimo de boa sorte.
Essa forma de espantar o azar já existia entre indígenas do continente americano. O hábito vem da crença de que as árvores eram a morada dos deuses: sempre que alguma culpa os afligia, batiam no tronco para pedir perdão.
Outra possível origem para a superstição liga-se aos druidas, os sacerdotes celtas, que davam suas batidas nos troncos para afugentar os maus espíritos. Eles acreditavam que as árvores mandavam os demônios de volta às profundezas.
A má fama da data está ligada a dois mitos nórdicos. Um deles conta que Loki, o deus do mal, entrou na morada dos deuses (onde rolava um banquete para 12 divindades), e matou o amado deus Balder. A partir daí, o número 13 virou sinônimo de desgraça.
Segundo outro mito, quando os nórdicos se converteram ao cristianismo, a deusa do amor, Friga, foi transformada em bruxa e exilada. Como vingança, ela se reunia às sextas-feiras com mais 11 bruxas e o próprio demônio (ao todo, 13 participante) para amaldiçoar os homens.
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