Depois de cada episódio de Black Mirror, o único consolo é pensar que as tecnologias assustadoras retratadas na série não existem no mundo real, certo? Errado.
Grande parte das engenhocas dos episódios mais sombrios da série já existem (ou, pelo menos, já estão quase saindo no mercado). Conheça nove delas.
Hoje, as abelhas ainda existem, mas estão em grave risco de extinção. Para contornar isso, um grupo de cientistas de Harvard está trabalhando em uma abelha robô de 3 cm que, assim como na série, ajudaria na polinização e evitaria um colapso mundial do ecossistema.
Você teve um dia difícil no trabalho. Assim que chega em casa, te alegra ver que um café fresquinho está sendo preparado – sem você precisar fazer nada.
Isso já é uma realidade: em 2016, cientistas do MIT criaram uma inteligência artificial capaz de ler suas emoções e interagir com elas, transformando o ambiente em que você está.
Já existem pessoas trabalhando em uma maneira de transferir a consciência humana para um computador. Um desses caras é o bilionário russo Dmitry Itskov. Desde 2013, ele tem investido grande parte de sua fortuna em pesquisas sobre o upload de mentes.
Uma mulher que acabou de perder o marido tenta lidar com a saudade usando um chatbot – uma inteligência artificial que consegue conversar com você a partir de um banco de dados.
Isso já existe: uma engenheira russa chamada Eugenia Kuyda criou um aplicativo chamado Luka, idêntico ao serviço da série.
Na vida real, já existem projetos de androides que sejam indiferenciáveis dos seres humanos. Isso ainda não é possível, mas a gente já avançou nesse sentido: um designer de Hong Kong criou uma Scarlett Johansson robô que conversa, tem várias expressões faciais, e até flerta com o interlocutor.
Em 2016, a Samsung registrou uma patente de lentes com microcâmeras, controladas a partir do seu smartphone e que possibilitariam uma experiência de realidade aumentada online. Já o Google prometeu um chip injetável para os olhos, com as mesmas funções das lentes da Samsung.
Não é à toa que os chefões da tecnologia cobrem suas câmeras. Um wi-fi pouco protegido significa uma casa vulnerável a ataques de hackers. Para se proteger, um bom começo é atualizar o sistema de proteção da sua internet sem fio para o protocolo de WPA2, mais difícil de invadir.
São muitos os episódios da série que brincam com a memória. A manipulação das lembranças já é real – pelo menos para ratos. Manipulando um neurotransmissor, a acetilcolina, cientistas conseguiram fazer com que as memórias assustadoras dos bichinhos fossem apagadas.
A ciência já acredita que é possível apagar as consequências emocionais de participar de situações terríveis como as guerras. O laboratório do Pentágono trabalha há anos com aparelhos de estimulação magnética que conseguem instigar ou suprimir emoções em pleno campo de batalha.
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