Cinco vezes que os humanos se deram mal ao mexer com a natureza

Tem a guerra contra emus, uma cidade em chamas, gatos paraquedistas…

 Cinco vezes que os   humanos se deram   mal ao mexer com a   natureza 

Depois da 1ª Guerra Mundial, soldados australianos receberam terras no oeste do país. Só que a região era o restaurante sazonal dos emus, que migravam durante o seu período reprodutivo. Resultado: os animais devoraram as fazendas de trigo.

 A Guerra dos Emus 

Os agricultores enlouqueceram com a presença de 20 mil emus. Eles pediram ajuda do Ministério da Defesa Australiano, que declarou guerra aos animais. Soldados e metralhadoras não foram suficientes e as aves, espertas e rápidas, deram um baile no exército. 

Seis dias, muitas balas e só algumas aves mortas depois, o país decidiu abandonar a causa. A Austrália, oficialmente, perdeu uma guerra para os emus. 

Em 27 de maio de 1962, a prefeitura de Centralia, nos EUA, decidiu se livrar do lixo de um aterro sanitário de forma rápida. A decisão: tacar fogo em tudo. O que poderia dar errado?

 A cidade do fogo 
 eterno 

O aterro não estava ali por acaso. Anteriormente, o grande buraco no solo era uma mina de carvão. O lixo queimou, mas as chamas encontraram o combustível que sobrou. O fogo se espalhou pela rede subterrânea de túneis, abrindo rachaduras no solo e liberando gases tóxicos.

Após diversas tentativas de apagar o fogo, o governo desistiu, vendo que a solução para o problema seria impraticável. Centralia hoje é uma cidade fantasma. Espalhadas por uma área de 15km, as chamas devem continuar pelo próximos 250 anos.

O líder chinês queria eliminar quatro animais considerados pragas: ratos, moscas, mosquitos – e pardais. Para além das doenças, Mao acreditava que essas aves comiam os grãos das plantações, diminuindo os ganhos da economia do país.

 Os pardais de   Mao Tse Tung 

Em 1958, uma campanha de extermínio dos pardais começou no país: ninhos foram destruídos, e a população espantou as aves com panelas, frigideiras e saraivadas de tiros. Estima-se que quase 1 bilhão de pardais foram mortos.

Sem as aves, a população de gafanhotos do país disparou. E eram eles, não os pardais, a verdadeira ameaça: as plantações foram devastadas pelos insetos, o que gerou a Grande Fome Chinesa, em que quase 50 milhões de pessoas morreram de fome.

O rio era responsável por levar sedimentos da América do Norte até o Golfo do México. Isso até 1718, quando os franceses fundaram Nova Orleans. Eles ficaram incomodados com suas cheias e construíram diques para conter as inundações.

 Os diques do   Mississipi 

A construção dos diques diminuiu a formação do delta do Mississipi (área em que o rio termina e se divide em vários canais), que fazia a reciclagem do solo e formava pântanos. Resultado: o estado da Louisiana, onde o rio desemboca, está sendo, aos poucos, engolido pelo mar.

Sem os deltas para o depósito dos sedimentos, o rio leva tudo para o fundo do Golfo do México. O estado já perdeu mais de 5 mil quilômetros quadrados de terra – é como ter um campo de futebol tragado pelo mar a cada 100 minutos.

Em 1950, a ilha de Bornéu enfrentava um surto de malária. A solução da Organização Mundial da Saúde para conter o mosquito transmissor da doença foi jogar um tipo de inseticida na ilha. Os mosquitos morreram – e a doença foi controlada 

 Os gatos   paraquedistas
 de Bornéu 

Mas o inseticida teve outras consequências. Ele envenenou insetos que eram parte do cardápio das lagartixas – que, por sua vez, são o prato dos gatos. Os bichanos então, começaram a morrer envenenados. E, quando os gatos morrem, os ratos fazem a festa.

A população de ratos começou a crescer, e Bornéu foi tomada por surtos de outras doenças, como tifo e peste. A solução foi a Operação Cat Drop. Acredita-se que 14 mil gatos desceram de paraquedas na ilha para salvar o dia.

super.abril.com.br

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