Como era a rotina criativa de Einstein, Darwin e outros 6 gênios 

Einstein dormia 10 horas por noite, enquanto Picasso virava a madrugada. Conheça a rotina de algumas das mentes mais brilhantes da humanidade. E entenda por que não há receita para o sucesso. 

Como era a rotina criativa de Einstein, Darwin e outros 6 gênios 

Depois de cinco anos a bordo do navio Beagle, Darwin se mudou com a esposa para o interior da Inglaterra. Lá, ele tinha uma rotina de trabalho de 3 horas por dia. Tudo começava com uma caminhada e café da manhã.

Charles Darwin (1809 – 1882)

Às 8h, ia para o escritório, onde permanecia por 90 min. Um leve intervalo, para ouvir sua esposa ler as cartas da família em voz alta. Voltava ao escritório às 10h30. Ao meio dia, soltava um suspiro: “Hoje foi um bom dia de trabalho”, e pronto. Fim do expediente.

A principal dica de Einstein para quem quer ter uma rotina criativa: reservar períodos para não fazer nada. Na década de 1930 (época em que lecionava na Universidade de Princeton), levantava às 9h, tomava café, lia o jornal, e às 10:30 ia caminhando para a faculdade.

Albert Einstein (1879 – 1955)

Chegando lá, o cientista trabalhava durante incríveis… duas horas. Sim: às 13h Einstein batia o ponto e voltava para almoçar em casa às 13h30. Então passava o resto da tarde em casa, recebendo visitas, respondendo correspondências ou trabalhando em pesquisas teóricas. 

Se a rotina fosse uma pessoa, provavelmente se chamaria Immanuel Kant. O filósofo prussiano cumpria suas obrigações com a regularidade de um relógio suíço. Acordava às 5h para tomar um chá e fumar seu cachimbo. 

Immanuel Kant (1724 – 1804)

Começava a dar aulas na Universidade de Königsberg às 7h, e ficava por lá até às 11h. O almoço (sempre em um restaurante ou pub) podia se estender até as 15h. Também costumava visitar amigos, e às 19h estava de volta em casa. A hora de dormir era sempre às 22h. 

Para King, o autor não deve esperar pela inspiração, mas sim sentar e escrever – o que ele faz todos os dias, incluindo feriados e aniversários. Ele não sai da escrivaninha até completar, no mínimo, duas mil palavras.

Stephen King (1947 – )

O processo começa entre 8h e 8h30, após uma caminhada. Em alguns dias, ele atinge a meta antes do meio-dia, mas geralmente fica até as 13h30. A tarde e noite são dedicadas ao lazer: tirar cochilos, escrever cartas, passar tempo com a família e assistir a jogos de beisebol.

A Rainha do Crime não tinha um local fixo de trabalho. Em sua autobiografia, ela conta que escrevia em boosts de inspiração, sem uma rotina estabelecida. As idéias podiam vir a qualquer momento. Mesmo em uma roda de amigos, Christie dava um jeito. 

Agatha Christie (1890 – 1976)

Ela saía rapidinho, botava  as ideias no papel e depois voltava como se nada tivesse acontecido. Isso permitiu que a autora viajasse o mundo com o segundo marido, o arqueólogo Max Mallowan – que foi grande fonte de inspiração para suas histórias. 

Picasso costumava acordar às 11h. Seu “expediente” só começava às 14h, quando ele se trancava no ateliê e não saía até o pôr do Sol. Só dava a cara de novo no jantar.  O malaguenho raramente conversava enquanto comia vegetais, peixe, uvas e arroz doce, junto com água ou leite. 

Pablo Picasso (1881 – 1973) 

Depois do jantar, ele estava pronto para outra sessão de pintura no ateliê, que só terminava às 3h da manhã.  Picasso é a prova de que dá para ter os hábitos noturnos de um adolescente e ainda ser produtivo: foram mais de 140 mil trabalhos ao longo da vida. 

60 grãos de café por xícara. Para Beethoven, essa era a medida perfeita para começar o dia. Ele fazia questão de contá-los um por um, logo depois de acordar, às 6h da manhã. Ele não perdia muito tempo antes de sentar numa escrivaninha e começar a compor. 

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Ele compunha até 14h ou 15h, com um almoço no meio. Depois, hora da caminhada. À noite, ele gostava de apreciar outros artistas de Viena. Caso não estivesse rolando nada de interessante, tomava uma sopa com vinho,  além da habitual cerveja e cachimbo antes de dormir, às 22h. 

O pai da psicanálise podia se dar ao luxo de dedicar quase o dia inteiro ao trabalho. Sua esposa, Martha, cuidava de praticamente tudo. Ele acordava às 7h, tomava café e fazia a barba. Atendia os pacientes das 8h ao meio-dia. O almoço devia estar na mesa às 13h. 

Sigmund Freud (1856 – 1939)

Às 15h ele retornava para mais sessões de psicanálise até as 21h. Então preenchia o resto da noite estudando, lendo ou escrevendo artigos para periódicos científicos. Freud só ia se deitar às 1h da manhã. 13 horas de trabalho no total. Provavelmente o maior workaholic desta lista.

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